VINHO TINTO MELHORA O PERFIL LIPÍDICO, MAS NÃO ATENUA O ESTRESSE OXIDATIVO PROVOCADO PELO TREINAMENTO RESISTIDO ATÉ A FALHA CONCÊNTRICA

Resumo

Objetivo: analisar os efeitos do vinho tinto sobre o dano muscular, estresse oxidativo e perfil lipídico em praticantes de exercício resistido, realizados até a falha concêntrica, por três semanas. Material e Métodos: onze jovens, distribuídos randomicamente em grupo experimental (GE) (n=6; 25±3 anos) e grupo controle (GC) (n=5; 27±5 anos) consumiram 120 mL (mulheres) ou 180 mL (homens) de vinho tinto antes de cada treino. Realizaram três semanas de treinamento intenso de exercício resistido e mais uma semana de treinamento regenerativo, com três sessões semanais, sendo cada sessão antecedida do consumo de vinho tinto ou água. Medidas de lipoproteínas, glicemia, triglicerídeos, creatinoquinase, malondialdeído e teste psicométrico de fadiga foram feitas no início, durante e ao final do estudo. Os dados estão apresentados como média e desvio padrão, tratados no ANOVA one way para p<0,05. Resultados: glicemia, triglicerídeos e lipoproteínas HDL-c não foram alterados em nenhum dos grupos. No entanto, ocorreu redução significativa nos níveis séricos de lipoproteínas totais no GE (220±33 vs 149±22; p=0,002). Nenhum dos grupos apresentou alteração no teste psicométrico de fadiga ou na creatinoquinase (p>0,05). Entretanto, a atividade de malondialdeído aumentou dos níveis basais para o final do treinamento em ambos os grupos (p<0,05). Conclusão: o consumo moderado de vinho tinto antes das sessões de treino com exercício resistido de alta intensidade melhora o perfil lipídico de jovens, mas não previne dano muscular e estresse oxidativo induzido por este tipo de treinamento. DESCRITORES Vinho. Estresse Oxidativo. Lipoproteínas. Treinamento de Resistência.