AVALIAÇÃO DO RISCO CARDIOVASCULAR SEGUNDO OS CRITÉRIOS DE FRAMINGHAM EM ADULTOS
Resumo
Objetivo: Estimar o risco de ocorrência de evento cardiovascular nos próximos 10 anos, bem como identificar os fatores associados em indivíduos adultos de Tubarão, Santa Catarina. Material e Métodos: Foi realizado estudo transversal, de base populacional, aplicando-se o escore de Framingham, em amostra randomizada de 358 adultos de Tubarão, Santa Catarina, para avaliação do grau de risco e sua associação com variáveis que podem influenciar esse risco cardiovascular, como alcoolismo, sedentarismo, nível de escolaridade, além das já previstas no escore, como sexo, idade e tabagismo. Os testes de significância usados foram o teste chi-quadrado de Pearson, e o teste exato de Fisher. Razão de prevalência foi utilizada como medida de associação. Resultados: Dos 358 indivíduos analisados, 64,8% eram de mulheres, da cor branca (87%), com escolaridade superior a oito anos de estudo (51%), com companheiro fixo (68,7%), sedentários (60,6%), não tabagistas (69,3%) e não alcoolistas (91,8%). A prevalência de obesidade foi de 26,5%. O risco percentual médio foi 2,6% ± 3,7%, sendo 94,9% situando-se na categoria de baixo risco. Sexo masculino (RP=1,13 [1,07-1,20] p<0,001), idade avançada (RP=1,01 [1,00-1,01] p=0,012) foram fatores associados ao médio e ao alto risco cardiovascular de forma independente ao desfecho, enquanto a maior escolaridade se comportou como fator de proteção (RP=0,99 [0,98-1,00] p=0,039). Conclusão: A população estudada apresentou baixo risco para eventos cardiovasculares. Porém, a associação de fatores de risco potencialmente modificáveis com moderado e alto risco sugere que a modificação do estilo de vida de maneira precoce deve acontecer nessa população, para redução do risco cardiovascular. DESCRITORES Doenças Cardiovasculares. Grau de Risco. Fatores de Risco. Prevenção Primária.Downloads
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Publicado
2016-08-04
Como Citar
DELLA JÚNIOR, A. P., SCHUELTER-TREVISOL, F., SEBOLD, F. J. G., NAKASHIMA, L., PEREIRA, M. R., & TREVISOL, D. J. (2016). AVALIAÇÃO DO RISCO CARDIOVASCULAR SEGUNDO OS CRITÉRIOS DE FRAMINGHAM EM ADULTOS. Revista Brasileira De Ciências Da Saúde, 20(3), 183–188. Recuperado de https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/rbcs/article/view/22697
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Seção
Pesquisa