O USO DA MODELAGEM COM EQUAÇÕES ESTRUTURAIS NA ANÁLISE DA INFLUÊNCIA DA COR/RAÇA E STATUS

Autores

  • Bruno Luciano Carneiro Alves de OLIVEIRA Doutorando em Saúde Coletiva pelo Instituto de Estudos em Saúde Coletiva da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IESC/UFRJ); Enfermeiro do Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão (UFMA).
  • Alécia Maria da SILVA Mestranda do Programa de Mestrado Profissional em Saúde da Família da Universidade Federal do Maranhão – UFMA/ENSP. Enfermeira da Estratégia Saúde da Família. Cururupu, MA, Brasil.
  • Lívia dos Santos RODRIGUES Doutoranda em Saúde Coletiva pelo Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva da Universidade Federal do Maranhão – UFMA. São Luís, MA, Brasil.
  • Adriana Sousa RÊGO Pós-doutoranda em Saúde Coletiva pelo Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva da Universidade Federal do Maranhão – UFMA. São Luís, MA, Brasil.

Resumo

Introdução: O uso da variável cor/raça em estudos quantitativos tem sido cada vez maior. Contudo, esses estudos são alvo de críticas devido à difícil separação dos reais efeitos da cor/raça daqueles induzidos por outras variáveis. O emprego de Modelagem com Equações Estruturais (MEE) na saúde pode ser útil na análise de corretas estimativas do impacto dessa variável e melhorar a qualidade do ajuste pelas covariáveis confundidoras. Objetivo: Apresentar um exemplo da MEE na análise dos efeitos diretos e indiretos da cor/raça e Status Socioeconômico (SES) sobre a Saúde de idosos brasileiros. Material e Métodos: Trata-se de estudo transversal que incluiu 28.769 idosos com ≥60 anos de idade da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2008. A variável Saúde é um constructo, que foi medida pelas variáveis autoavaliação do estado de saúde, incapacidade funcional e o número de condições crônicas. As variáveis exploratórias foram: cor/raça autorreferida e o SES. Este constructo mediu-se pelas variáveis escolaridade, renda domiciliar per capita e número de moradores no domicilio. Resultados: O efeito direto da cor/raça sobre a Saúde foi pequeno e negativo. O efeito total (direto e indireto) foi positivo e significante, porém menor que o indireto mediado pela SES, sendo esse o maior efeito da cor/raça sobre a Saúde. O maior efeito observado sobre a Saúde foi da SES. Este efeito é negativo e moderado. Conclusões: Verificou-se que a cor/raça explica parcialmente a Saúde dos idosos, mas esse efeito é menor do que o gerado pela SES. A MEE permitiu contornar alguns problemas metodológicos relacionados ao uso da variável cor/raça em saúde. DESCRITORES Origem Étnica e Saúde. Idosos. Análise Estatística. Desigualdades em Saúde.

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Biografia do Autor

Bruno Luciano Carneiro Alves de OLIVEIRA, Doutorando em Saúde Coletiva pelo Instituto de Estudos em Saúde Coletiva da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IESC/UFRJ); Enfermeiro do Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão (UFMA).

Instituto de Estudos em Saúde Coletiva da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IESC/UFRJ); Enfermeiro do Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão (UFMA).

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Publicado

2016-06-28

Como Citar

OLIVEIRA, B. L. C. A. de, SILVA, A. M. da, RODRIGUES, L. dos S., & RÊGO, A. S. (2016). O USO DA MODELAGEM COM EQUAÇÕES ESTRUTURAIS NA ANÁLISE DA INFLUÊNCIA DA COR/RAÇA E STATUS. Revista Brasileira De Ciências Da Saúde, 20(2), 149–156. Recuperado de https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/rbcs/article/view/23106

Edição

Seção

Pesquisa