UM ENSAIO CLÍNICO RANDOMIZADO SOBRE A DOENÇA DE PARKINSON: RITMOS BINÁRIO E QUATERNÁRIO NA QUALIDADE DE VIDA, SONO E SONOLÊNCIA.
Dança na qualidade de vida, sono e sonolência na doença de Parkinson.
DOI:
https://doi.org/10.22478/ufpb.2317-6032.2023v27n01.62620Palavras-chave:
Doença de Parkinson, Dança, Qualidade de vida, SonoResumo
Objetivo: comparar o efeito dos ritmos binário e quaternário da dança na qualidade de vida, sono e sonolência diurna em indivíduos com a doença de Parkinson. Método: 31 indivíduos (66,6±10,2 anos), diagnosticados clinicamente, recrutados por meio da Associação Parkinson Santa Catarina (APASC), randomizados em dois grupos de acordo com o ritmo binário - 18 indivíduos (68,3±8,6 anos) e ritmo quaternário - 13 indivíduos (64,3±14,8 anos), com intervenção duas vezes/semana, 45 minutos/aula, por 12 semanas. Utilizou-se um questionário dividido em seis partes: 1) Mini exame do estado mental (MEEM); 2) Identificação pessoal e clínica; 3) Estágios de incapacidade de Hoehn e Yarh; 4) Qualidade de vida (PDQ-39); 5) Sonolência diurna (Escala de Epworth); 6) Escala de sono (PDSS). Para análise dos dados fez-se uso do pacote estatístico SPSS, versão 20.0; teste de Anova two way para análise pré e pós separadamente, teste Sydak para comparação dos grupos com nível de significância de 5% e teste de Cohen para verificação do tamanho de efeito dos resultados. Resultado: observou-se que o GB apresentou melhora significativa na variável da QV “mobilidade” (p=0,017), “AVD” (p=0,027), “emocional” (p=0,003) e “desconforto” (p=0,006); O GQ obteve melhora nas variáveis “emocional” (p=0,001), “comunicação” (p=0,007) e “desconforto” (p=0,002), somente o GB apresentou melhora significativa na qualidade do sono (p=0,002); Na sonolência diurna não houve diferença intergrupo (p= 0,181). Conclusão: Os protocolos de dança do ritmo binário e quaternário mostraram eficácia na melhora da QV e o ritmo binário mostrou eficácia na qualidade do sono.