https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/rec/issue/feedRevista Espaço do Currículo2025-03-27T11:06:12-03:00Profa. Dra. Ana Claudia da Silva Rodrigues e Prof. Dr. Rafael Ferreira de Souza Honoratorec@ce.ufpb.brOpen Journal Systems<p>A <strong>Revista Espaço do Currículo - REC</strong> é uma publicação eletrônica de fluxo contínuo, com edições quadrimestrais e <strong>qualis A3 (2017-2020) em Educação</strong>, organizada pelo Grupo de Estudos e Pesquisas em Políticas Curriculares da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Seu objetivo é divulgar estudos curriculares nacionais e internacionais que dialoguem com as diversas vertentes epistemológicas do campo, destacando a relação entre sociedade, educação e currículo. A seleção dos artigos submetidos é feita por um Conselho Editorial formado por pesquisadores de diversas instituições e países. <em>A revista não cobra taxas para a publicação dos textos</em>.</p> <p><strong>Financiamento do Periódico</strong></p> <p>A REC é mantida financeiramente pela Universidade Federal da Paraíba - UFPB.</p>https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/rec/article/view/72080POR UM CIBERCURRÍCULO UBÍQUO PARA ESCOLAS E UNIVERSIDADES QUE SE QUER QUE SEJA NÔMADE2025-02-17T15:33:00-03:00José Damião Trindade Rochadamiao@uft.edu.brPedro Henrique Ribeiro Fernandespedrofe1636@gmail.com<p>A partir da concepção de cibercultura como fenômeno técnico, num espaço/tempo cheios de tecnologias, de linguagem hipermidiática e movimento sociocultural com implicações na relação com o saber, com o mundo, com o outro, e conosco mesmos, abordaremos as tecnologias digitais como fundamento da aprendizagem ubíqua na era da mobilidade. Nossa questão norteadora perpassa pela pergunta: como tornar a sala de aula interativa com alunos organizados em filas, enquadrados por paredes e muros físicos, embasados em currículos organizados em disciplinas hierarquicamente isoladas? A partir desse pressuposto, trazemos uma amostra da pós-graduação no Tocantins para refletirmos a conexão contínua nos espaços ciber de hipermobilidade e (des)territorializar o currículo prescritivo oficial, centrado na disciplinarização do saber, perspectivando um cibercurrículo generativo, pervasivo (que se espalha, infiltra ou penetra facilmente em algo ou alguém), um cibercurrículo ubíquo para escolas e universidades que se quer que sejam nômades.</p>2025-03-27T00:00:00-03:00Copyright (c) 2025 Revista Espaço do Currículohttps://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/rec/article/view/71717PRÁTICAS EDUCATIVAS NÃO ESCOLARES PARA OUTROS CURRÍCULOS POSSÍVEIS2025-03-27T11:05:31-03:00Nilma Margarida de Castro Crusoénilcrusoe@gmail.com<p>Este artigo apresenta resultados de pesquisas em espaços não escolares de educação. Em diálogo com Paulo Freire busca-se estabelecer uma relação entre a pedagogia do oprimido, a perspectiva de humanização, e as práticas educativas em espaços sociais não escolares, cuja tônica é a formação de uma consciência crítica, que permita a homens e mulheres, se reconhecerem como seres no mundo. Nesse diálogo, aponta-se outros currículos possíveis na medida em que demonstra a retroalimentação existente entre espaços formativos, escolares e não escolares. Considera-se tencionar a necessidade de se estabelecer uma Base Nacional Comum Curricular (BNCC), na educação brasileira e, mais especificamente, se há possibilidade de tal intento em um contexto marcado por múltiplas configurações de currículos e práticas educativas, atravessadas por culturas, representações, discursos e processos de diferenciações que, obviamente, escapam a um modelo de ser, de pensar e de viver o mundo da vida.</p>2025-03-24T00:00:00-03:00Copyright (c) 2025 Revista Espaço do Currículohttps://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/rec/article/view/72323EDUCAÇÃO INTEGRAL E AS (IM)POSSIBILIDADES PARA AS JUVENTUDES2025-03-27T11:05:36-03:00Juares da Silva Thiesenjuares.thiesen@ufsc.br<p>O texto resulta de sistematização da conferência apresentada na mesa temática: <em>Educação Integral e as (im)possibilidades para as juventudes</em>, durante o XI Colóquio Internacional de Políticas Curriculares - VII Seminário Nacional do Grupo de Pesquisa Currículo e Práticas Educativas e IV Simpósio da Região Nordeste, evento realizado em João Pessoa em outubro de 2024. No trabalho, busco demonstrar que a escolarização básica e das juventudes em perspectiva integral no Brasil, esteve e ainda se mantém associada à ideários de formação humana, disputando espaços e projetos entre outros interesses sociais, especialmente das forças liberais que veem e projetam a juventude como um ativo para o mercado e a vida produtiva. Com esse propósito, inicialmente situo a educação integral no conjunto das abordagens que a concebem como alternativa para outro mundo possível, para em seguida destacar projetos de educação integral dirigidos às juventudes que desafiaram e seguem desafiando forças de um modelo social marcado por interesses predominantemente econômicos, no qual o sentido público da educação vai sendo deslocado para um serviço de natureza privada. Concluo defendendo que as utopias da formação humana integral precisam ser recolocadas nos termos das lutas concretas, bem situadas, articulando-se concepções teóricas com estratégias de ocupação dos espaços políticos, lá onde são tomadas as decisões mais substantivas.</p>2025-03-17T00:00:00-03:00Copyright (c) 2025 Revista Espaço do Currículohttps://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/rec/article/view/71791CURRÍCULOS FREIREANOS NA BUSCA DE MUNDOS POSSÍVEIS EM TEMPOS DE AVANÇOS DA EXTREMA DIREITA NO BRASIL2025-03-27T11:05:33-03:00Francisco Thiago Silvafthiago2002@yahoo.com.br<p>O artigo investigou pistas e elementos de um currículo freireano na busca de outros mundos possíveis diante do avanço das ideias e ações da extrema direita no Brasil. O recorte temporal para a reflexão é de 2017 a 2024. A metodologia empregada foi a revisão bibliográfica das obras principais de Paulo Freire e também a consulta no “Google Acadêmico” de textos que trouxessem as contribuições do intelectual para o campo do currículo. Com o intuito de complementar e consubstanciar os dados investigativos foi realizado um estado da arte inventariando pesquisas nos seguintes bancos de dados: BDTD, SciELO e nos anais do GT 12 de Currículo da Anped. Os resultados apontaram que um currículo (freireano) que colabore no enfrentamento das ideias extremistas da direita tem as seguintes bases: i. não se reduz a conteúdos; ii. é baseado na ação dialógica; iii. não se sustenta na prescrição, mas na vivência e na realidade local; iv. deve ser pensado a partir da vida humana e do subalterno; v. não abre mão da “curiosidade epistemológica”. vi. tem como eixos a integração e a interdisciplinaridade; vii. busca outros conteúdo e culturas, outras formas de bem estar e viii. repudia a violência e o preconceito/discriminação.</p>2025-03-18T00:00:00-03:00Copyright (c) 2025 Revista Espaço do Currículohttps://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/rec/article/view/71709OS OBJETOS DE CONHECIMENTO PODEM ERRAR DE ENDEREÇO?2025-03-27T11:05:39-03:00Clívio Pimentel Juniorclivio.pimentel@gmail.com<p><span class="TextRun SCXW221984399 BCX8" lang="PT-BR" xml:lang="PT-BR" data-contrast="auto"><span class="NormalTextRun SCXW221984399 BCX8">Neste texto de posicionamento teórico, a</span><span class="NormalTextRun SCXW221984399 BCX8">ssumindo uma perspectiva epistemológica e política pós-estrutural, </span><span class="NormalTextRun SCXW221984399 BCX8">busca-se </span><span class="NormalTextRun SCXW221984399 BCX8">desenvolve</span><span class="NormalTextRun SCXW221984399 BCX8">r</span> <span class="NormalTextRun SCXW221984399 BCX8">um</span><span class="NormalTextRun SCXW221984399 BCX8"> argumento </span><span class="NormalTextRun SCXW221984399 BCX8">crítico </span><span class="NormalTextRun SCXW221984399 BCX8">sobre</span> <span class="NormalTextRun SCXW221984399 BCX8">a</span><span class="NormalTextRun SCXW221984399 BCX8"> significação d</span><span class="NormalTextRun SCXW221984399 BCX8">os</span><span class="NormalTextRun SCXW221984399 BCX8"> objetos de conhecimento</span><span class="NormalTextRun SCXW221984399 BCX8"> na </span><span class="NormalTextRun SCXW221984399 BCX8">política </span><span class="NormalTextRun SCXW221984399 BCX8">curricular </span><span class="NormalTextRun SCXW221984399 BCX8">das Ciências da Natureza, na </span><span class="NormalTextRun SCXW221984399 BCX8">B</span><span class="NormalTextRun SCXW221984399 BCX8">ase Nacional Comum Curricular</span> <span class="NormalTextRun SCXW221984399 BCX8">(BNCC)</span><span class="NormalTextRun SCXW221984399 BCX8">,</span> <span class="NormalTextRun SCXW221984399 BCX8">como </span><span class="NormalTextRun SCXW221984399 BCX8">um envio</span> <span class="NormalTextRun SCXW221984399 BCX8">objetivo</span><span class="NormalTextRun SCXW221984399 BCX8"> ao outro</span><span class="NormalTextRun SCXW221984399 BCX8">, passível de ser unicamente entendido </span><span class="NormalTextRun SCXW221984399 BCX8">nos fazeres curriculares d</span><span class="NormalTextRun SCXW221984399 BCX8">a relação educativa</span><span class="NormalTextRun SCXW221984399 BCX8">.</span> <span class="NormalTextRun SCXW221984399 BCX8">Nesse trajeto, </span><span class="NormalTextRun SCXW221984399 BCX8">ao mobilizar noções filosóficas </span><span class="NormalTextRun SCXW221984399 BCX8">derridianas </span><span class="NormalTextRun SCXW221984399 BCX8">como </span><span class="NormalTextRun SpellingErrorV2Themed SCXW221984399 BCX8">destinerrância</span><span class="NormalTextRun SCXW221984399 BCX8">, </span></span><span class="TextRun SCXW221984399 BCX8" lang="PT-BR" xml:lang="PT-BR" data-contrast="auto"><span class="NormalTextRun SpellingErrorV2Themed SCXW221984399 BCX8">différance</span></span><span class="TextRun SCXW221984399 BCX8" lang="PT-BR" xml:lang="PT-BR" data-contrast="auto"><span class="NormalTextRun SCXW221984399 BCX8">, hospitalidade, </span><span class="NormalTextRun SCXW221984399 BCX8">ao lado de metáforas pós-estruturalistas diversas </span><span class="NormalTextRun SCXW221984399 BCX8">provenientes do</span><span class="NormalTextRun SCXW221984399 BCX8"> campo d</span><span class="NormalTextRun SCXW221984399 BCX8">o currículo</span><span class="NormalTextRun SCXW221984399 BCX8"> como texto, rede transformativa</span><span class="NormalTextRun SCXW221984399 BCX8"> e</span><span class="NormalTextRun SCXW221984399 BCX8"> conversa complicada,</span> <span class="NormalTextRun SCXW221984399 BCX8">discorre-se sobre</span> <span class="NormalTextRun SCXW221984399 BCX8">a</span><span class="NormalTextRun SCXW221984399 BCX8"> vinculação determinística </span><span class="NormalTextRun SCXW221984399 BCX8">e instrumental </span><span class="NormalTextRun SCXW221984399 BCX8">entre aprendizagem de objetos de conhecimento e</span><span class="NormalTextRun SCXW221984399 BCX8"> condutas</span><span class="NormalTextRun SCXW221984399 BCX8"> socia</span><span class="NormalTextRun SCXW221984399 BCX8">is</span> <span class="NormalTextRun SCXW221984399 BCX8">via significação da</span><span class="NormalTextRun SCXW221984399 BCX8"> cidadania</span><span class="NormalTextRun SCXW221984399 BCX8"> na</span> <span class="NormalTextRun SCXW221984399 BCX8">BNCC</span><span class="NormalTextRun SCXW221984399 BCX8">, </span><span class="NormalTextRun SCXW221984399 BCX8">tentando desconstruir </span><span class="NormalTextRun SCXW221984399 BCX8">o</span><span class="NormalTextRun SCXW221984399 BCX8">s </span><span class="NormalTextRun SCXW221984399 BCX8">discursos</span> <span class="NormalTextRun SCXW221984399 BCX8">de controle do outro nas relações de produção de sentidos e conhecimento </span><span class="NormalTextRun SCXW221984399 BCX8">na </span><span class="NormalTextRun SCXW221984399 BCX8">escolar</span><span class="NormalTextRun SCXW221984399 BCX8">ização</span><span class="NormalTextRun SCXW221984399 BCX8">. Ao </span><span class="NormalTextRun SCXW221984399 BCX8">explora</span><span class="NormalTextRun SCXW221984399 BCX8">r</span> <span class="NormalTextRun SCXW221984399 BCX8">o modo como </span><span class="NormalTextRun SCXW221984399 BCX8">a</span><span class="NormalTextRun SCXW221984399 BCX8">s noções </span><span class="NormalTextRun SCXW221984399 BCX8">filosóficas </span><span class="NormalTextRun SCXW221984399 BCX8">e </span><span class="NormalTextRun SCXW221984399 BCX8">as </span><span class="NormalTextRun SCXW221984399 BCX8">teorias curriculares </span><span class="NormalTextRun SCXW221984399 BCX8">pós-estruturais </span><span class="NormalTextRun SCXW221984399 BCX8">permitem </span><span class="NormalTextRun SCXW221984399 BCX8">ressignificar a relação entre </span><span class="NormalTextRun SCXW221984399 BCX8">o </span><span class="NormalTextRun SCXW221984399 BCX8">sujeito e</span> <span class="NormalTextRun SCXW221984399 BCX8">o </span><span class="NormalTextRun SCXW221984399 BCX8">conhecimento n</span><span class="NormalTextRun SCXW221984399 BCX8">o</span><span class="NormalTextRun SCXW221984399 BCX8"> currículo</span><span class="NormalTextRun SCXW221984399 BCX8">,</span><span class="NormalTextRun SCXW221984399 BCX8"> pensando-os como envios </span><span class="NormalTextRun SpellingErrorV2Themed SCXW221984399 BCX8">destinerrantes</span><span class="NormalTextRun SCXW221984399 BCX8"> cuja indeterminação exerce papel constitutivo da própria estrutura relacional educativa,</span> <span class="NormalTextRun SCXW221984399 BCX8">defende-se que as perspectivas trabalhadas facultam </span><span class="NormalTextRun SCXW221984399 BCX8">não apenas a crítica </span><span class="NormalTextRun SCXW221984399 BCX8">à</span> <span class="NormalTextRun SCXW221984399 BCX8">racionalidades</span> <span class="NormalTextRun SCXW221984399 BCX8">deterministas e prescritivas de currículo expressas nas políticas das Ciências da Natureza na BNCC, como</span><span class="NormalTextRun SCXW221984399 BCX8">,</span><span class="NormalTextRun SCXW221984399 BCX8"> também</span><span class="NormalTextRun SCXW221984399 BCX8">,</span><span class="NormalTextRun SCXW221984399 BCX8"> permitem </span><span class="NormalTextRun SCXW221984399 BCX8">abrir as perspectivas formativas da cidadania à </span><span class="NormalTextRun SCXW221984399 BCX8">indeterminação</span><span class="NormalTextRun SCXW221984399 BCX8">, ao </span><span class="NormalTextRun SCXW221984399 BCX8">imprevisível, ao </span><span class="NormalTextRun SCXW221984399 BCX8">porvir</span><span class="NormalTextRun SCXW221984399 BCX8">, forjando espaço para o emergir da diferença no currículo</span><span class="NormalTextRun SCXW221984399 BCX8">.</span></span></p>2025-03-14T00:00:00-03:00Copyright (c) 2025 Revista Espaço do Currículohttps://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/rec/article/view/67285AS LICENCIATURAS EM EDUCAÇÃO DO CAMPO NO PROCAMPO2025-03-27T11:05:49-03:00Ehrick Eduardo Martins Melzerehrickmelzer@ufpr.br<p>O objetivo do presente artigo foi o de analisar diferentes licenciaturas em educação do campo (LEDOCs) no que toca às formas de seus desenhos curriculares. O que motivou a presente análise foi o movimento da política educacional do Programa de Apoio à Formação Superior em Licenciatura em Educação do Campo (PROCAMPO) que inseriu dentro das Universidades e Institutos Federais de todo o Brasil inovações curriculares como a Alternância Pedagógica e a formação por área de conhecimento. Desta forma, foram analisados os Projetos Pedagógicos de Cursos de dezesseis instituições em relação ao: a) debate em torno da área de conhecimento; b) o debate da agroecologia e (c) a opção de cada curso e o arranjo curricular para trabalhar com a interdisciplinaridade e propiciar uma formação multidisciplinar por área de conhecimento. A análise pautou-se pelos textos curriculares e as matrizes desenvolvidas. Da análise dos dados o que se percebeu é que uma minoria de cursos traz debates mais aprofundados sobre Ciências da Natureza e Agroecologia em seus projetos. Também percebeu-se uma diversidade de formatos curriculares que se organizaram em três currículos distintos. De maneira geral o que se pode compreender é que o PROCAMPO impulsionou inovações curriculares nas Universidades brasileiras e contribuiu para o estabelecimento de uma diversidade curricular nas licenciaturas.</p>2025-02-27T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Espaço do Currículohttps://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/rec/article/view/66462PEDAGOGIA HISTÓRICO-CRÍTICA E O CURRÍCULO DOS CURSOS DE ENGENHARIA CIVIL DO SISTEMA ACAFE2025-03-27T11:05:50-03:00Rogerio Augusto Bilibiorogerio.bilibio@unoesc.edu.brMarcio Giusti Trevisolmarcio.trevisol@unoesc.edu.brDavi Alexandre Schoenardiedavischoenardie2002@gmail.com<p>Este ensaio analisa as ementas dos componentes humanísticos nos cursos de Engenharia Civil das instituições de ensino da Associação Catarinense das Fundações Educacionais a partir das contribuições da Pedagogia Histórico-Crítica. O problema investigativo se formula no seguinte questionamento: qual o sentido pedagógico das ementas dos Componentes Humanísticos nos Cursos de Engenharia Civil do Sistema ACAFE a partir da proposta educacional da PHC? Trata-se de uma pesquisa de método histórico-crítico, abordagem qualitativa e objetivo exploratório, com coleta de dados bibliográfica e documental. Os dados foram analisados por meio da análise de conteúdo, considerando três categorias: historicização, concreticidade e neotecnicismo. A amostra é composta por cinco cursos de Engenharia Civil ofertados por instituições do sistema ACAFE. O estudo se divide em três momentos: primeiramente, delimitam-se os pontos principais da PHC. No segundo momento, descreve-se a metodologia, o universo e a amostra da pesquisa. No terceiro momento são feitas as análises dos componentes a partir da PHC. Os resultados apontam que, mediante a carga horária e os ementários estudados, não se pode afirmar que exista uma preocupação de um ensino crítico. Assim, as ementas dos componentes não apresentam uma filiação pedagógica alinhada à perspectiva da PHC. Ao contrário, as ementas reproduzem o neotecnicismo mascarado por um discurso de inovação pedagógica. Portanto, o sentido pedagógico dos componentes humanísticos dos cursos de Engenharia Civil é tomado pelas ingerências do mercado, na reprodução massiva de um ensino sem criticidade e voltado à formação de mão de obra qualificada para o mercado global.</p>2025-02-27T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Espaço do Currículohttps://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/rec/article/view/68490O PENSAMENTO FREIREANO NA DÉCADA DE 1950 SOBRE O “DESENVOLVIMENTO ESTÉTICO DA ALUNA-PROFESSORA”2025-03-27T11:05:44-03:00Teresinha Vilelatecabedelo21@gmail.comAristóteles Berinoaristotelesberino@yahoo.com.br<p>Esta escrita consiste em apresentar o pensamento freireano no início do seu itinerário educacional em Recife, seus colaboradores e algumas das suas contribuições. Traz parte do resultado de uma pesquisa, que buscou fazer um levantamento dos registros na década de 1950, de Paulo Freire, em Recife. Para tanto, detemo-nos no <em>Livro de Atas da Escolinha de Arte do Recife</em>. Como resultado obtivemos dados da participação de Paulo Freire como membro da Direção da Escolinha de Arte do Recife. Com estes documentos foi possível consolidar as ideias de Paulo Freire, contidas numa carta de 1958, que retrata seu comprometimento com o currículo e com a formação estética nos projetos da Escolinha de Arte do Recife. Desta forma, acreditamos que os resultados são relevantes para compreender, tanto sua contribuição para a história do ensino da arte, quanto o lugar da estética na sua concepção de educação.</p>2025-02-27T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Espaço do Currículohttps://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/rec/article/view/68469CONTRIBUIÇÕES DE ARTISTAS CONTEMPORÂNEOS/AS PARA O ENSINO DE ARTE NA EDUCAÇÃO INFANTIL2025-03-27T11:05:47-03:00Bruna Thais Rodrigues Furyamabruna.btr23@gmail.comRegina Ridão Ribeiro de Paulareginaridao@gmail.comHeloisa Toshie Irie Saitohtisaito@uem.br<p>Esta pesquisa tem como objetivo identificar, por meio dos pressupostos teóricos da Teoria Histórico-Cultural e da Pedagogia Histórico-Crítica, as contribuições que o ensino de arte e a aproximação de artistas contemporâneos/as acrescentam para o desenvolvimento de crianças da Educação Infantil. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, de caráter investigativo, que aproxima os estudos de Elkonin (2017) e Leontiev (2004) em uma abordagem que envolve os estágios do desenvolvimento infantil e a atividade principal de cada um deles na primeira infância, com a arte contemporânea. Primeiramente, relaciona-se o contexto da Educação Infantil e do ensino de arte sob a perspectiva da Pedagogia Histórico-Cultural para o desenvolvimento de crianças na primeira infância. Posteriormente, analisa-se as obras de arte contemporâneas e suas contribuições para a Educação Infantil. Ademais, conclui-se que o ensino da arte, em especial da arte contemporânea, na Educação Infantil traz contribuições para a aprendizagem e o desenvolvimento da criança. Os resultados alcançados a partir desta pesquisa evidenciam a importância de o(a) professor(a) estruturar e sistematizar um ensino de arte que supere as atividades mecanizadas, naturalizadas e espontaneístas com crianças, porém, sem recair puramente em um tecnicismo. Defende-se um ensino da arte que possibilite o acesso da criança a conhecimentos históricos e culturais que a humanizem, com ênfase no desenvolvimento de suas funções psíquicas superiores.</p>2025-02-27T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Espaço do Currículohttps://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/rec/article/view/70457CIDADANIAS, CONVERSAS E CURRÍCULOS2025-03-27T11:05:42-03:00Rafael Marques Gonçalvesrafamg02@gmail.comDiego Rosadiegorosaop@gmail.com<p>O presente artigo busca examinar e refletir sobre conexão entre o direito à educação e a cidadania nos dias atuais, por meio das práticas educacionais realizadas por professores e estudantes nas escolas. Ao observar de perto a rotina da sala de aula, foi possível compreender como os currículos são construídos e aplicados, e como se relacionam com a sociedade, muitas vezes divergindo das propostas pedagógicas oficiais. O desenvolvimento de uma sociedade mais democrática e cidadã requer uma mudança na cultura educacional, baseada na cooperação entre indivíduos e na diversidade de métodos de aprendizagem. A partir das ideias da pesquisa no/do/com os cotidianos, destaca-se a importância das atividades do dia a dia, considerando a diversidade e as peculiaridade dos indivíduos envolvidos nos currículos <em>pensadospraticados</em>. Assimilar e incluir diferentes visões de mundo implica, portanto, reconhecer e valorizar os próprios sujeitos na criação do conhecimento, além de promover a colaboração e o diálogo essenciais para o desenvolvimento de pessoas mais conscientes e engajadas na mudança social. O projeto sugerido compromete-se com a interação e relação dinâmica entre as teorias de aprendizagem e as práticas cotidianas no contexto educativo, tornando-se uma ferramenta fundamental para compreender, valorizar e disseminar os saberes além das fronteiras acadêmicas.</p>2025-02-27T00:00:00-03:00Copyright (c) 2025 Revista Espaço do Currículohttps://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/rec/article/view/66062COMPONENTES CURRICULARES E CONTEÚDOS DISCIPLINARES DOS CURSOS DE MEDICINA VETERINÁRIA DO BRASIL2025-03-27T11:06:09-03:00Eric Mateus Nascimento de Paulaericmateus@unifimes.edu.brAdolorata Aparecida Bianco Carvalhoadolorata.carvalho@unesp.br<p>Os cursos de graduação em Medicina Veterinária no Brasil têm certa autonomia para construção dos seus projetos político-pedagógicos, desde que componentes curriculares básicos obrigatórios estejam inclusos. Devem ainda garantir uma formação generalista, humanista, crítica e reflexiva com relação às atividades inerentes ao exercício profissional, no âmbito de seus campos específicos de atuação. O presente trabalho objetivou analisar os cursos de graduação em Medicina Veterinária existentes no Brasil, relacionando os componentes curriculares e as disciplinas ministradas por área de formação. Foi desenvolvido um estudo exploratório, descritivo e quantitativo, por meio de pesquisa e análise documental em matrizes curriculares de 196 cursos, públicos e privados. Observou-se uma média de carga horária total de 4.547,6 horas. Desse quantitativo, 3.815,7 são referentes às disciplinas obrigatórias, 459,8 ao estágio curricular supervisionado, 53,5 para trabalho de conclusão de curso, 96 para disciplinas optativas e 122,6 para atividades complementares. Dentro das disciplinas obrigatórias, 1.224,5 horas são destinadas às Ciências Biológicas e da Saúde, 299,1 horas às Ciências de Humanas e Sociais, e 2.292,9 horas às Ciências da Medicina Veterinária. Conclui-se que os cursos de graduação de Medicina Veterinária no Brasil têm cumprido, seguindo a legislação, a inclusão dos componentes obrigatórios em seus currículos. Contudo, existem variações entre os estados e as regiões brasileiras nessa distribuição de carga horária, em que a região Norte se destacou com os maiores números destinados às disciplinas obrigatórias e optativas, a região Centro-Oeste para o Trabalho de Conclusão de Curso, e a região Sul para o estágio curricular supervisionado.</p>2025-02-27T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Espaço do Currículohttps://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/rec/article/view/72923PASOLINI, PEDAGOGIA PÚBLICA, PRESENÇA SUBJETIVA2025-03-27T11:06:12-03:00William F. Pinarwilliam.pinar@ubc.ca<p>Neste artigo, invoco o intelectual italiano pós-Segunda Guerra Mundial Pier Paolo Pasolini, justapondo a pedagogia pública de Pasolini – sua presença subjetiva sempre sincronizada com o momento histórico – com um artigo de 2013 composto pelos acadêmicos norte-americanos contemporâneos Jake Burdick e Jennifer Sandlin, que discutem o que chamo de engenharia discursiva, descartando conceitos canônicos de educação (sem argumentos ou evidências), fantasiando que, ao mudar o que dizemos, podemos mudar o mundo. Infelizmente, Pasolini sabia melhor. Sem a segurança de um professor titular, Pasolini arriscou sua vida para ensinar ao público italiano, chamando a atenção para o caminho catastrófico que a humanidade tomou, especificamente substituindo a virtualidade pela realidade, uma tecnologização que imaginamos nos deixar imunes às consequências do capitalismo desenfreado. Com foco no romance inacabado de Pasolini, <em>Petrolio</em> (petróleo ou óleo cru), e em um filme de 2014 que se concentra nos últimos dias antes do assassinato de Pasolini, concluo essa justaposição curricular na esperança de esculpir o que Tetsuo Aoki chamou de espaço generativo de diferença, no qual podemos reexperimentar – até mesmo reativar – um momento antropológico anterior, quando ainda éramos – mais ou menos – “humanos”.</p>2025-02-20T00:00:00-03:00Copyright (c) 2025 Revista Espaço do Currículo