Acesso e Utilização de Serviços Odontológicos no Estado da Paraíba: Um Estudo a partir da Pesquisa Nacional por Amostra De Domicílios

Autores

  • Alessandra Gabriela Leonel Fonsêca
  • Wilton Wilney Nascimento Padilha

Resumo

Objetivo: O presente estudo teve como objetivo analisar o acesso e a utilização de serviços odontológicos no Estado da Paraíba, a partir dos dados constantes na base do suplemento de saúde da PNAD 2003. Metodologia: Foi utilizada uma abordagem indutiva com procedimento comparativo-estatístico através da documentação indireta, usando como base de dados o suplemento de saúde da PNAD 2003, disponível no site do IBGE. Os dados analisados foram: o acesso a serviços odontológicos e as variáveis demográficas (sexo e área de residência), sócio-econômicas (renda mensal familiar) e epidemiológicas (avaliação do próprio estado de saúde). Resultados: Foi encontrado um percentual de 19,7% pessoas que nunca consultaram o dentista. Sendo a maioria destes, homens (55,6%), residentes na zona urbana (63,1%), com renda mensal familiar de até um salário mínimo (38%), na faixa de 0 a 4 anos de idade (40,8%). Entre os indivíduos que já consultaram o dentista prevaleceram mulheres (53,5%), residentes na zona urbana (79,6%), com renda mensal de uma a dois salários mínimos (28,5%), na faixa de 20 a 39 anos de idade (37,8%) e a maior parte o fez há menos de um ano (46,3%). Em relação à auto-avaliação do estado de saúde, 75,2% dos indivíduos classificou como “muito bom e bom”, a maioria deles, homens (50,2%), residentes na zona urbana (76,1%), com renda mensal de um a dois salários mínimos (29,7%), na faixa de 20 a 39 anos de idade (33,4%). Conclusões: Os resultados sugerem que: a) indivíduos menos favorecidos em termos sócio-econômicos apresentam maior limitação de acesso aos serviços odontológicos; b) não houve relação entre a auto-avaliação do estado de saúde e a utilização dos serviços odontológicos; c) a proporção de indivíduos que responderam nunca ter ido ao dentista na vida diminuiu a medida que sua idade corresponde a tempos de exposição suficientes ao risco de desenvolvimento de problemas bucais; d) apesar da maioria dos homens nunca terem ido ao dentista, avaliam seu estado de saúde como muito bom e bom, o que sugere uma separação entre a saúde bucal e seu estado de saúde geral; e) a condição de moradia não influenciou no acesso aos serviços odontológicos.

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PAINÉIS