Ação antimicrobiana de enxaguatórios bucais sobre bactérias formadoras do biofilme dentário

Resumo

Introdução: A cárie dentária é uma doença que resulta na dissolução da estrutura dentária mediante a produção de ácidos orgânicos. Diante disso, várias substâncias antisépticas vêm sendo utilizadas como adjuntos aos procedimentos mecânicos rotineiros de higiene oral. Objetivo: Avaliar, in vitro, a sensibilidade de espécies bacterianas encontradas na cavidade oral, frente aos enxaguatórios bucais freqüentemente utilizados na odontologia, a citar: Listerine®, Plax®, Oral B® e Cepacol®. Metodologia: Utilizou-se abordagem indutiva com procedimento estatístico comparativo mediante técnicas de observação direta intensiva em laboratório. Foi empregada a clorexidina 0,12% e a água destilada como controle positivo e negativo, respectivamente. Nos testes utilizaram-se linhagens bacterianas de Streptococcus mutans ATCC 25175 e Streptococcus oralis ATCC 10557. Cada cepa foi reativada em caldo nutritivo Brain Heart Infusion (BHI) e com o auxílio de swabs foram semeadas em placas contendo ágar sangue. Por meio do método da difusão em ágar e técnica do ágar recortado se realizaram os testes de susceptibilidade, com incubação em microaerofilia a 37°C por 48 horas, em duplicata. Resultados: Constatou-se que todos os colutórios inibiram o crescimento bacteriano. Dentre os enxaguatórios, o Plax® foi o que apresentou os melhores resultados sobre as cepas de S. mutans e S. oralis, com halos medindo 18 mm e 16 mm, respectivamente, enquanto o Listerine® mostrou os menores espectros de ação frente às linhagens bacterianas avaliadas com halos medindo 9 mm na cepa de S. mutans e 11 mm no S. oralis. Conclusão: Apesar dos enxaguatórios bucais testados apresentarem atividade antimicrobiana contra as duas cepas de referência superior à do placebo, esta foi inferior à da clorexidina.