Avaliação da resistência à flexão biaxial de cerâmicas processadas pelo sistema CAD/CAM Cerec inLab.

Resumo

Introdução: As cerâmicas odontológicas são consideradas atualmente os materiais de escolha para confecção de restaurações onde se buscam excelência no resultado estético. Entretanto, a resistência mecânica desses materiais é uma propriedade importante para que se possa indicar com segurança qual o tipo de restauração para cada tipo de cerâmica. Objetivo: O objetivo deste estudo foi avaliar a resistência à flexão biaxial de diferentes cerâmicas processadas pelo sistema CAD/CAM Cerec inLab. A hipótese foi a de a resistência à flexão é influenciada pelo tipo de cerâmica. Metodologia: Quarenta discos cerâmicos foram confeccionados de acordo com a norma ISO 6872 (diâmetro: 15 mm, espessura: 1,2 mm), sendo dez amostras de cada tipo de cerâmica, de maneira que duas eram vítreas: Vita Mark II (Vita Zahnfabrik) e ProCad (Ivoclar Vivadent) e duas cristalinas: e-max ZirCad (Ivoclar Vivadent) e Vita In-Ceram 2000 YZ cubes (Vita Zahnfabrik). Todas as amostras foram submetidas ao ensaio de resistência à flexão biaxial (ISO 6872) em máquina de ensaio universal (EMIC, 1 mm/min). Os dados obtidos (MPa) foram analisados estatisticamente utilizando o teste não paramétrico de Kruskal-Wallis e o de comparação múltipla de Dunn (p<0.05). Resultados: Os valores (mediana,médias±dp) obtidos para os grupos experimentais foram: Vita Mark II (101,7, 102,1±13,65 MPa), ProCad (165,2, 160±34,7 MPa), e-max ZirCad (804,2, 800,8±64,47 MPa) e Vita YZ (792,7, 807±100,7 MPa). Os resultados demonstraram que o tipo de cerâmica influenciou os resultados de resistência à flexão (p<0,0001). As cerâmicas e-max ZirCada e Vita YZa apresentaram valores de resistência à flexão semelhantes entre si e estatisticamente superiores aos grupos ProCadb e Vita Mark IIb, os quais são semelhante entre si (teste de Dunn). Conclusão: Diante destes resultados, pode-se concluir que todas as cerâmicas analisadas apresentaram valores de resistência à flexão aceitáveis clinicamente, segundo a ADA, e que as cerâmicas de maior resistência estão mais indicadas para áreas de elevada carga mecânica e para confecção de próteses fixas.