Análise da atividade antimicrobiana do ácido fosfórico associado ou não a clorexidina 2% sobre Streptococcus mutans e Lactobacillus casei

Resumo

Introdução: o ácido fosfórico 37% age no esmalte dentário aumentando a área e a energia de superfície. Alguns fabricantes, contudo, associam a clorexidina 2%, agregando assim efeito antimicrobiano ao produto. Objetivo: analisar a atividade antimicrobiana do ácido fosfórico 37%, associado ou não a clorexidina 2%, frente a cepas de S. mutans e L. casei. Metodologia: utilizou-se abordagem indutiva com procedimento comparativo e técnica de observação direta em laboratório. Cepas de S. mutans (ATCC 25175) e L. casei (ATCC 9595) padronizadas na escala 0,5 de Mac Farland foram semeadas com ‘swabs’ em placas de ágar sangue (Mueller-Hinton acrescido de 5% de sangue). Para o teste de difusão em ágar, cinco grupos foram avaliados pela técnica dos poços: G1 (controle negativo): soro fisiológico; G2: água destilada; G3: ácido fosfórico 37%; G4: ácido fosfórico 37% associado à clorexidina 2%; G5 (controle positivo): clorexidina 0,12%. Realizaram-se os procedimentos em duplicata. As placas foram mantidas em microaerofilia a 37ºC por 48h e, em seguida, procedeu-se a mensuração, em milímetros, dos halos de inibição. Resultados: as médias aritméticas (em mm) para S. mutans foram: 0,00 (G1 e G2); 26,50 (G3); 25,00 (G4); 23,50 (G5). As médias (em mm) para L. casei foram: 0,00 (G1 e G2); 24,50 (G3); 22,00 (G4); 22,00 (G5). O soro fisiológico e a água destilada não apresentaram efeito inibitório sobre ambas às cepas. O ácido fosfórico 37 %, o ácido fosfórico associado à clorexidina 2% e a clorexidina 0,12% apresentaram maior halo de inibição sobre cepas de S. mutans. Conclusão: o ácido fosfórico 37% apresentou efeito inibitório sobre cepas de S. mutans e L. casei. A associação da clorexidina 2% ao ácido fosfórico 37% não proporcionou maior efeito inibitório sobre ambas as cepas.