Trauma, repetição, esquecimento e elaboração em Cem anos de solidão, de Gabriel García Márquez

Autores

  • Belinda Mandelbaum Instituto de Psicologia/Universidade de São Paulo
  • Larissa da Cruz Carvalho Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo

Palavras-chave:

Cem anos de solidão, Trauma, Repetição, Esquecimento, Elaboração

Resumo

O artigo trata da transmissão entre as gerações de traumas ocorridos na história de origem da família Buendía, tal como se apresenta na obra Cem anos de solidão, de Gabriel García Márquez (1967). Esses traumas dizem respeito tanto à violência com a população nativa, ocorrida no encontro com o europeu já no século XVI, quanto ao terror da incestualidade que atravessa as relações em família desde a sua origem. Consonante à ideia exposta por Freud em “Recordar, repetir e elaborar” (1914), de que a história que não pode ser recordada, embora aparentemente esquecida, repete-se inconscientemente em atuações ao longo da vida, a obra de García Márquez permite-nos acompanhar a repetição de traumas ao longo das sucessivas gerações dos Buendía, a ponto de criar uma sensação de tempo circular em eterno retorno ao princípio.   

Downloads

Não há dados estatísticos.

Downloads

Publicado

2023-03-16

Como Citar

Mandelbaum, B., & da Cruz Carvalho, L. . (2023). Trauma, repetição, esquecimento e elaboração em Cem anos de solidão, de Gabriel García Márquez. Revista LiteralMENTE, 2(2), 8–16. Recuperado de https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/rl/article/view/64095

Edição

Seção

Dossiê - Eclosões do desespero na Literatura