Revista Temas em Educação https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/rteo <p><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">Criada em 1991, a Revista Temas em Educação (RTE) publicou seu primeiro número em versão online no ano de 2009. Com publicação quadrimestral e contínua, a partir de 2019, a RTE é uma revista eminentemente acadêmica, organizada pelo Programa de Pós-graduação em Educação da UFPB. </span><span style="vertical-align: inherit;">Sua prioridade é divulgar produções que resultem de estudos e pesquisas científicas de âmbito nacional e internacional. </span></span></p> <p><strong>ISSN: 0104-2777</strong> (Print version)</p> <p><strong>eISSN: 2359-7003</strong> (Online version)</p> <p><strong>Google Scholar: </strong><a href="https://scholar.google.com.br/citations?user=06hIutwAAAAJ&amp;hl=pt-BR">https://scholar.google.com.br/citations?user=06</a><a href="https://scholar.google.com.br/citations?user=06hIutwAAAAJ&amp;hl=pt-BR">hIutwAAAAJ&amp;hl=pt-BR</a></p> <p><strong><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">Qualis Capes 2017-2020: A4 Educação</span></span></strong></p> <h3> </h3> Editora da UFPB pt-BR Revista Temas em Educação 0104-2777 <p>Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:</p> <p>. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a&nbsp;<a href="https://creativecommons.org/licenses/by/3.0/" target="_new">Licença Creative Commons Attribution</a>&nbsp;que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.</p> <p>. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.</p> <p>. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja&nbsp;<a href="http://opcit.eprints.org/oacitation-biblio.html" target="_new">O Efeito do Acesso Livre</a>).</p> A constituição do Memorial Professora Vera Maria Silvestri Cruz (1947-2020) https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/rteo/article/view/66386 <p>Este estudo consiste em abordar aspectos do processo de doação, organização e disponibilização ao público do acervo pessoal da professora Vera Maria Silvestri Cruz (1947-2020). Seu acervo é constituído de diferentes conjuntos e coleções documentais produzidas ao longo de sua trajetória profissional e vida pessoal. Neste sentido, buscamos narrar as fases de doação, catalogação e entrega à comunidade. Abordamos também ao longo da escrita, alguns desafios, como o próprio contato com o acervo em sua residência, os dilemas e as implicações para manter os traços do arquivamento da titular e conhecer as motivações que levaram à doação por meio de seus familiares da segunda etapa de doação. O resultado deste processo de recebimento do acervo e organização, tem como desfecho a constituição de um espaço de salvaguarda, intitulado Memorial Prof.ª Vera Maria Silvestri Cruz, situado no Laboratório de Práticas Pedagógicas do curso de Pedagogia da Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc). A doação, preservação e disponibilização deste acervo constitui-se como um importante espaço frutífero de narrativas para a Histórias e memórias da Educação.</p> Susane WASCHINEWSKI Giani Rabelo Copyright (c) 2023 Revista Temas em Educação https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2023-12-18 2023-12-18 33 1 rte331202417 10.22478/ufpb.2359-7003.2024v33n1.66386 Estratégias e recursos acessíveis na introduçao dos conceitos de área e perímetro no ensino de estudantes com deficiência visual e estudantes surdos https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/rteo/article/view/66719 <p>Neste artigo, discute-se a introdução dos conceitos de contorno e preenchimento de uma região no plano, com sinônimos para o cálculo de perímetro e área de uma figura plana, como elementos essenciais para a compreensão destas grandezas, e para posterior avanço no cálculo de outras regiões, comumente estudadas nas escolas. O cálculo de perímetros e de áreas de regiões retangulares encontra-se presente na vida cotidiana e são importantes objetos de conhecimento para o desenvolvimento de habilidades e competências, sugeridas nos documentos oficiais. A atividade foi aplicada com estudantes com deficiência visual (DV) e com estudantes surdos, por meio do desenvolvimento de um recurso tátil, tridimensional, acessível, para potencializar o uso dos sentidos remanescentes dos estudantes envolvidos, a fim de que pudessem participar ativamente da resolução dos problemas propostos. Foram utilizados instrumentos de medidas convencionais e não convencionais, bem como discutiu-se, coletivamente, a utilização de termos, tais como, base, altura, dimensões, área, perímetro, entre outros, e a importância das unidades de medidas adequadas e padronizadas. Por fim, apresenta-se uma reflexão sobre a atividade, a necessidade de utilização de recursos e métodos acessíveis e as aproximações e os distanciamentos nas abordagens de conteúdos de Matemática para estudantes com DV e estudantes surdos. Como resultados, conclui-se que o recurso e os métodos discutidos apresentam grande potencial para proporcionar o desenvolvimento dos conceitos apresentados e, mais do que isso, podem proporcionar a participação efetiva dos estudantes na sala de aula, sobretudo por ser uma proposta direcionada a todos os estudantes, com ou sem deficiência.</p> Rodrigo Cardoso dos Santos Amanda dos Santos da Silva Caroline Lima Edney Dantas de Oliveira Fábio Garcia Bernardo Copyright (c) 2024 Revista Temas em Educação https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-05-23 2024-05-23 33 1 rte331202451 10.22478/ufpb.2359-7003.2024v33n1.66719 Sequência didática e teoria das situações didáticas: https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/rteo/article/view/66554 <p>O presente artigo tem como objetivo analisar as contribuições da Teoria das Situações Didáticas de Guy Brousseau para o ensino da álgebra. Para a realização do estudo, optou-se pela abordagem da pesquisa qualitativa de cunho intervencionista, com a elaboração e aplicação de uma sequência didática que foi construída considerando o que é proposto por Dolz e Schneuwly, numa turma de 8º ano do Ensino Fundamental. Os dados gerados foram analisados tendo como referencial teórico os estudos que tratam do ensino da Matemática feitos por Márcia Aguiar, Carmen Sessa, Kátia Gil, entre outros. Constatamos, com a realização da pesquisa, que o trabalho com sequências didáticas, pautadas na Teoria das Situações Didáticas, é uma prática pedagógica que pode contribuir para o planejamento do professor e para a aprendizagem dos alunos. Ademais, o artigo fornece subsídios para que professores possam aprimorar suas práticas pedagógicas e obter resultados mais qualificados em relação a aprendizagem de seus alunos.</p> Sheila Simões Bonfim Maria de Fátima Ramos de Andrade Copyright (c) 2023 Revista Temas em Educação https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2023-12-21 2023-12-21 33 1 rte331202422 10.22478/ufpb.2359-7003.2024v33n1.66554 Elaboração e implementação da Telessimulação Síncrona e Observacional no Ensino em Enfermagem: relato de experiência https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/rteo/article/view/69956 <p>Este estudo objetiva relatar a experiência da elaboração e implementação de um <em>workshop </em>telessimulado sobre ressuscitação cardiopulmonar no adulto com suporte básico de vida no ambiente intra-hospitalar para estudantes de enfermagem. Trata-se de um relato de experiência que descreve a realização de um <em>workshop</em> telessimulado, de caráter síncrono e observacional, realizado com sete estudantes de enfermagem entre os meses de junho e julho de 2023. O <em>workshop</em> foi dividido em dez etapas: planejamento, divulgação e consentimento do participante; inscrição e caracterização dos estudantes de enfermagem; pré-simulação; apresentação dos facilitadores do workshop e pré-teste; treinamento de habilidades; pré-<em>briefing/briefing</em>; execução do cenário telessimulado; <em>teledebriefing</em>; pós-teste e; aprendizagem adicional. Com base na comparação das médias do pré e pós-teste, observou-se um aumento do número de acertos entre os testes, evidenciando resultados satisfatórios e potentes ao aprendizado, tornando a telessimulação síncrona e observacional como uma nova oportunidade na formação em saúde.</p> Fabiana Cristina Pires Bernardinelli Gustavo Correa de Amorim Suzel Regina Ribeiro Chavaglia Copyright (c) 2024 Revista Temas em Educação https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-06-12 2024-06-12 33 1 rte331202453 10.22478/ufpb.2359-7003.2024v33n1.69956 Apresentação do Dossiê: https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/rteo/article/view/70200 <p>Apresentação do Dossiê organizado por Danilo Araujo Oliveira (UFMA), Luiza Cristina Silva (UFAL) e Shirlei Sales (UFMG) junto aos editores Marlécio Maknamara (UFPB) e Fabiana Sena (UFPB).</p> Danilo Araujo de Oliveira Luiza Cristina Silva Silva Shirlei Sales Copyright (c) 2024 Revista Temas em Educação https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-05-16 2024-05-16 33 1 rte331202412 10.22478/ufpb.2359-7003.2024v33n1.70200 Trans*referenciando o currículo: https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/rteo/article/view/68641 <p>O presente texto se desdobra a partir do seguinte questionamento: o que pode dizer o currículo frente a presença de jovens transvestigêneres na escola e na universidade? A partir de uma abordagem metodológica cartográfica, mapeia rastros das violências vividas por jovens transvestigêneres desde a educação básica ao ensino superior, que impende o direito a educação. Denuncia uma política de extermínio da juventude transvestigênere, uma vez que cerca de 80% das vítimas de transfobia letal no Brasil possuem até 35 anos. Para além da violência instituída no campo educacional que fragiliza as garantias legais de proteção as infâncias e juventudes, propõem um currículo trans*referenciado como possibilidade de pensar a educação por meio de afetos e encontros, nos quais imagens de pessoas transvestigêneres possam ser humanizadas. De modo, afirmativo as diferenças, um currículo trans*referenciado reconhece e valoriza os saberes e experiências de pessoas transvestigêneres na educação. &nbsp;</p> Letícia Carolina Nascimento Shara Jane Holanda Costa Adad Copyright (c) 2023 Revista Temas em Educação https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2023-12-18 2023-12-18 33 1 rte331202407 10.22478/ufpb.2359-7003.2024v33n1.68641 Narrativas, currículos e afetos: https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/rteo/article/view/68680 <p>O presente artigo interrogou a categoria dos ‘currículos’ no campo da sexualidade, destacando a relação das instituições de ensino com os afetos que podem ser e/ou são vividos e/ou produzidos por estudantes gays nos espaços educativos que são curricularizados. Analisando a percepção desses estudantes, nós tivemos o objetivo de relacionar as práticas curriculares dessas instituições com as práticas afetivas que eles vivem e/ou produzem na vida escolar. Se trata de um estudo qualitativo e interpretativo, fundamentado com os pressupostos da pesquisa narrativa, bem como dos estudos com/dos/nos cotidianos. Sem a pretensão de produzir conhecimentos generalizáveis a todos e quaisquer estudantes gays, as reflexões deste estudo permite pensar que as escolas e as universidades têm qualificado e/ou visibilizado os conhecimentos e os debates sobre as diferenças de sexo e gênero na vida social e, portanto, na vida escolar, ao mesmo tempo em que elas podem limitar e/ou limitam as afetividades identitárias dos estudantes gays nos seus espaços educativos.</p> Rodrigo Vital Márcio Caetano Copyright (c) 2023 Revista Temas em Educação https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2023-12-18 2023-12-18 33 1 rte331202408 10.22478/ufpb.2359-7003.2024v33n1.68680 É possível renascer das cinzas?: https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/rteo/article/view/68619 <p>Com a reforma curricular gerada pelo Novo Ensino Médio, as discussões sobre corpo, gênero e sexualidade foram encerradas? É possível [re]construir espaços curriculares para dialogar sobre essas temáticas? O que as(os) estudantes desejam discutir quando as questões de corpo, gênero e sexualidade são apresentadas em um componente curricular eletivo? Baseando-se nisso, este artigo discute o núcleo de estudos como um espaço potente, uma brecha para debater corpo, gênero e sexualidade na escola frente aos contramovimentos antigênero desejosos do silenciamento desses debates. Assumindo a abordagem pós-crítica e pós-estruturalista, pensamos a construção do núcleo de estudos em uma perspectiva nomeada de currículo-fênix, pelo seu potencial de “renascer” em condições sociais e políticas adversas. Ao distanciar-se de um currículo engessado e pré-determinado, o núcleo se constituiu como um lugar de maior liberdade e do imprevisível. As(Os) estudantes expressaram interesse em temas como autoaceitação, diversidade sexual e saúde sexual. Elas(es) demonstraram desconforto em relação às normas sociais que impõe o investimento em determinados corpos. Apesar do desejo em discutir diversidade sexual, há uma insistência pela regulação e normalização das sexualidades dissidentes. Quanto à saúde sexual, as(os) discentes evidenciaram dificuldades em tomar a prevenção como uma possibilidade de reduzir as vulnerabilidades às IST/Aids.</p> Roniel Santos Figueiredo Marcos Lopes de Souza Copyright (c) 2023 Revista Temas em Educação https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2023-12-18 2023-12-18 33 1 rte331202409 10.22478/ufpb.2359-7003.2024v33n1.68619 Abominável reforma do Ensino Médio: https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/rteo/article/view/68682 <p>O objetivo desse artigo é analisar, comparativamente, os ideais de projeto de futuro no campo dos mundos do trabalho que manifestam jovens adolescentes do Ensino Médio em escolas das redes pública do Ceará, em contraste com o Projeto de Vida enquanto disciplina sistematizada por currículo autoritariamente imposto pela Reforma de 2017. A metodologia adotada se fundamenta em um conjunto sistematizado de ações que orientaram a pesquisa documental e exploratória, contando ainda com a aplicação de um questionário semiestruturado, respondido por estudantes de nível médio de escolas públicas do Estado do Ceará, situadas em Fortaleza. Buscou-se evidenciar, conforme Freire (1996), Certeau (2003), Bondia (2013) e Han (2017) quais interesses e forças políticas atuam para tosar as juventudes de ambições que tangenciem a “cartilha” hiperliberal da precarização do trabalho, operacionalizada por agendas políticas que fazem avançar a privatização do ensino público no Brasil, segundo. Concluiu-se que o dito “Novo” Ensino Médio incorporou, ainda mais, a lógica da educação-mercadoria, pavimentando as “trilhas” do empresariamento privatista da educação pública, processo que envolve desde a dessubjetivação do trabalho docente de modo geral, até ataques diretos à construção do conhecimento escolar, predominantemente reacionário, pois reconfigurador do dualismo escolar.</p> João Eudes Alexandre Sousa Júnior Copyright (c) 2024 Revista Temas em Educação https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-05-16 2024-05-16 33 1 rte331202431 10.22478/ufpb.2359-7003.2024v33n1.68682 Currículo, enunciados, juventudes: https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/rteo/article/view/68678 <p>O artigo problematiza as políticas elaboradas para as juventudes presentes na Educação brasileira, ao longo dos anos. Faz uma análise crítica dos enunciados constituintes dos discursos de um Ensino Médio em constante reforma, sob o pretexto de melhoria da qualidade. O estudo está fundamentado no referencial de Michel Foucault. Como resultado, concluí-se que os contextos sociais da escola, nos quais circulam saberes, funcionam como estratégias e táticas de poder com vistas à constituição do jovem protagonista e seu projeto de vida. Ressalta-se que é essencial compreender os impasses e comprometimentos do sistema educacional diante da atual reforma do Ensino Médio, com a Lei nº. 13.415/2017, que trouxe mudanças significativas com a ampliação da carga horária escolar, a reformulação do currículo e ampliação das escolas de tempo integral no país. Embora se apresente como novo, a tentativa de se vincular o currículo ao mundo do trabalho tem sido discutida no país desde a Lei nº 5.692/71 e a Lei nº 7.044/82, em um processo histórico com o surgimento de regras específicas que modela e submete os indivíduos de um discurso a outro, produzindo efeitos de poder no campo educacional brasileiro.</p> Marcelo Correa Pires Antônio Carlos do Nascimento Osório Copyright (c) 2024 Revista Temas em Educação https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-05-16 2024-05-16 33 1 rte331202432 10.22478/ufpb.2359-7003.2024v33n1.68678 Perspectivas de concluintes do Ensino Médio sobre suas trajetórias após a Educação Básica https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/rteo/article/view/68621 <p>As perspectivas de futuro de jovens concluintes da educação básica costumam ser influenciadas por diversos aspectos de suas vidas, com destaque às experiências escolares acumuladas até então, inspirações e motivações pessoais, além de incentivo ou necessidades emergentes em suas famílias. Por isso, o objetivo deste trabalho foi identificar expectativas de estudantes de Ensino Médio e motivações que orientam suas trajetórias de formação. O público investigado participou de uma oficina orientada pela perspectiva teórico-metodológica da didática sensível (D’Ávila, 2021), organizada em quatro movimentos pedagógicos, os quais mobilizaram aspectos atrelados ao papel transformador exercido pela universidade nas vidas dos articuladores de tal oficina. Após a intervenção, os estudantes responderam questionário semiestruturado, a partir do qual foi possível evidenciar que a maioria reconhece na universidade uma possibilidade de crescimento pessoal, formação profissional e transformação social. Os jovens indicaram receber estímulo e incentivo principalmente de familiares e da escola para prosseguimento dos estudos, mas consideram importante a possibilidade de conciliar estudo e trabalho. Dentre suas impressões pessoais sobre o tema “escola/universidade”, prevalecem aspectos positivos sobre negativos, reforçando a afeição à ideia de estruturação de seus projetos de vida sobre os eixos da educação, apesar das condições desafiantes que se impõem às juventudes no atual contexto socioeconômico.</p> Francisco Robson Carvalho de Oliveira Maria Tamires Vasconcelos Oliveira José Leonardo Rolim de Lima Severo Copyright (c) 2023 Revista Temas em Educação https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2023-12-18 2023-12-18 33 1 rte331202406 10.22478/ufpb.2359-7003.2024v33n1.68621 Estudo sobre a percepção de jovens: https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/rteo/article/view/68458 <p>Foi realizada uma pesquisa de campo em uma escola pública da rede estadual do Pará, no município de Belém com o objetivo de analisar as práticas curriculares vivenciadas por jovens com deficiência no Ensino Médio regular no ano de 2019. Foram entrevistados dois jovens com deficiência, sendo estes, um estudante matriculado no 2º ano, com diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista e outro estudante matriculado no 3º ano, com diagnóstico de deficiência intelectual. Através do processo de categorização de Oliveira e Mota Neto (2011), o estudo examinou a participação desses jovens nas atividades de aprendizado e a relação com as políticas de inclusão. Os resultados apontam práticas curriculares não-dialógicas em sala de aula, atividades voltadas meramente ao alcance de notas nos componentes curriculares, ajustes no processo de acessibilidade para realização das provas avaliativas que não asseguram a aprendizagem dos conhecimentos escolares, desvalorização de experiências extracurriculares e invisibilidade nas relações professor-aluno com deficiência. Por outro lado, evidenciaram-se práticas de apoio familiar, atendimento educacional especializado, resistência cultural dos alunos com deficiência, protagonismo juvenil e aprendizado dialógico. Essas descobertas destacam a necessidade urgente de promover práticas mais justas no currículo, que valorizem a inclusão e reconheçam as capacidades dos jovens com deficiência.</p> Valena Rodrigues Miranda Ana Paula Cunha dos Santos Fernandes Copyright (c) 2024 Revista Temas em Educação https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-05-20 2024-05-20 33 1 rte331202437 10.22478/ufpb.2359-7003.2024v33n1.68458 A hegemonia discursiva na formação de nível médio para as juventudes brasileiras: https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/rteo/article/view/68626 <p><span style="font-weight: 400;">Os movimentos das ocupações estudantis de 2016 contrariam a premissa do desinteresse puro e simples das juventudes brasileiras pela formação de nível médio. Se assim fosse, não teríamos ouvido, em diferentes estados da federação, os ecos dos gritos por manutenção, ampliação do acesso, qualidade e por maior possibilidade de participarem da constituição do espaço escolar. Neste texto, apresentamos discursos neoliberais desvelados no interior da produção curricular do Programa Ensino Médio Inovador (ProEMI) (BRASIL, 2009, 2009a, 2009b, 2009c) para o ensino médio brasileiro, tendo como fio condutor as análises do conceito-chave: hegemonia. As análises apontam que dentro do terreno da sociedade civil, sobretudo no campo educacional, as forças dominantes, dotadas de capital, desenvolvem estratégias para educar para o consenso. O Estado brasileiro, desempenhando o papel de Estado educador, redesenha suas práticas, por meio de uma pedagogia da hegemonia, arquitetada em textos/documentos curriculares alinhados ao projeto neoliberal de sociabilidade. No campo educacional, as relações hegemônicas, como exercício de direção e dominação, por meio do poder, são essencialmente relações pedagógicas, ou seja, de </span><em><span style="font-weight: 400;">ensino-aprendizagem</span></em><span style="font-weight: 400;">, ao mesmo tempo, que promotoras da reestruturação educacional.</span></p> Aline Rabelo Marques Copyright (c) 2024 Revista Temas em Educação https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-05-20 2024-05-20 33 1 rte331202440 10.22478/ufpb.2359-7003.2024v33n1.68626 Reflexões sobre a educação brasileira: https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/rteo/article/view/68598 <p>Este artigo apresenta reflexões sobre o cenário da educação no Brasil, relacionando os desafios enfrentados na implementação do Novo Ensino Médio (NEM), conforme estabelecido pela Lei n.º 13.415/2017. A reforma foi implementada sem diálogo com a sociedade civil organizada e pesquisadores da área. A referida lei modifica o Ensino Médio, alterando a carga horária, o currículo e os investimentos em formação de professores. Diante disso, objetivamos dar ênfase as questões críticas relacionadas à elaboração do currículo e como ele se relaciona com os principais debates em torno da introdução do NEM, destacando os impactos sobre a juventude. A metodologia utilizada compreende um posicionamento pós-estruturalista de pesquisa em educação. O estudo buscou dialogar sobre o currículo, a Lei n.º 13.415/2017 e a percepção de impactos regressivos na juventude provocados pela referida lei. Tornou-se evidente a propagação de uma formação estruturalista, baseada na legitimação da reprodução de identidades fixas e desigualdades sociais que determinam o significado e a identidade visando à manutenção e estabilidade do modo de produção vigente.</p> Guilherme Araújo Soares Maria Ione Feitosa Dolzane Luana Dias Trindade Copyright (c) 2024 Revista Temas em Educação https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-05-21 2024-05-21 33 1 rte331202441 10.22478/ufpb.2359-7003.2024v33n1.68598 Juventudes e Ocupações: um currículo possível https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/rteo/article/view/68548 <p>Nesse texto, a partir da experiência em uma escola ocupada em 2016, trazemos as ocupações de escolas, com o objetivo de empreender uma reflexão sobre currículo e juventude, colocando em fluxo sentidos mobilizados por esses significantes. Operamos com as noções de desconstrução e acontecimento de Jacques Derrida, bem como com as noções de política e antagonismo de Ernesto Laclau e Chantal Mouffe, para pensar as ocupações e a educação e seus efeitos sobre o Currículo. Defendemos que as ocupações deram visibilidade às negociações de sentidos que acontecem continuamente no dia a dia da escola. Trazemos, nesse processo, elementos da Reforma do Ensino Médio para pensar no quanto suas orientações, instituídas nos anos que se seguiram às ocupações, antagonizam com as demandas propostas pela juventude no movimento de Ocupações.</p> Marinazia Pinto Alice Casimiro Lopes Copyright (c) 2024 Revista Temas em Educação https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-05-16 2024-05-16 33 1 rte331202435 10.22478/ufpb.2359-7003.2024v33n1.68548 Protagonismos e escolhas na educação https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/rteo/article/view/68546 <p><span style="font-weight: 400;">Expressões como "protagonismo juvenil" e “estudante protagonista”, presentes na Base Nacional Comum Curricular e nos currículos estaduais, possuem grande relevância discursiva e são muito utilizadas política e midiaticamente. Ao analisar dados sobre a oferta de novos componentes curriculares em escolas mineiras durante a implementação do Novo Ensino Médio, percebe-se que a flexibilidade e o protagonismo almejados nos documentos normativos e nas propagandas de nível público e privado dependem fundamentalmente da qualificação docente. Enquanto o novo modelo de ensino requer maior interação entre professores e alunos, sobretudo na utilização de novas metodologias e estratégias pedagógicas, destacamos neste artigo a contradição presente em um discurso que não se sustenta na prática escolar, tendo em vista que o protagonismo dos estudantes se apresenta indissociavelmente ligado ao protagonismo do professor, sua formação e condição de trabalho.</span></p> ALEXANDRE MARINI Atilio Catosso Salles Copyright (c) 2024 Revista Temas em Educação https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-05-24 2024-05-24 33 1 rte331202447 10.22478/ufpb.2359-7003.2024v33n1.68546 Ensino Profissional e Tecnológico na era do reformismo: https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/rteo/article/view/68624 <table width="603"> <tbody> <tr> <td width="296"> <p><strong>RESUMO </strong></p> <p><strong>O presente trabalho tem por objetivo essencial investigar e apresentar alguns dos aspectos determinantes para a volatilidade e a insegurança jurídica que se abatem sobre as políticas públicas e os currículos para o ensino médio, especialmente na modalidade Educação Profissional e Tecnológica e de que maneira essas transformações e incertezas afetam ou podem afetar as juventudes trabalhadoras em nosso país. O artigo apresenta uma análise bibliográfica e documental de caráter qualitativo, e se inicia a partir de um balanço historiográfico sobre a educação profissional e tecnológica em seu contexto histórico e pretende desfiar algumas reflexões sobre como vem sendo construída a estrutura e a cultura do ensino no Brasil, além de como a educação vem sendo afetada pelo receituário neoliberal desde a década de 1990 e, principalmente, como o recente conjunto de reordenamento jurídico que envolve a Lei 13.415, da reforma do ensino médio e suas normas complementares aprofundaram o abismo existente entre o ensino médio e a universidade, reforçaram a dualidade estrutural da educação, fragmentaram o currículo e esvaziaram de sentido tanto as disciplinas tradicionais como aquelas introduzidas pela própria reforma.</strong></p> <p><strong>&nbsp;</strong></p> <p><strong>Palavras-chave: </strong>Educação Profissional. Currículo. Neoliberalismo.</p> <p><strong>&nbsp;</strong></p> </td> </tr> </tbody> </table> Julio Cesar de Paula Copyright (c) 2024 Revista Temas em Educação https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-05-24 2024-05-24 33 1 rte331202446 10.22478/ufpb.2359-7003.2024v33n1.68624 Os livros didáticos de sociologia e a formação de subjetividades juvenis anticapitalistas https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/rteo/article/view/68537 <p>O artigo analisa as contribuições e os limites dos livros didáticos de Sociologia para a compreensão do capitalismo e do socialismo como projetos societários. A pesquisa se deu à luz da Análise do Discurso pecheuxtiana. Ao longo do texto, demonstra-se que, embora todas as obras do PNLD 2015 materializem discursos de denúncia da natureza opressora e desumana do capitalismo, há um descompasso, em um terço delas, entre essa denúncia e a apresentação do socialismo como projeto societário alternativo. Por fim, conclui-se que os discursos materializados nos livros didáticos em análise contribuem para a formação de subjetividades juvenis anticapitalistas, sejam elas reformistas ou revolucionárias.&nbsp; &nbsp;&nbsp;</p> Valci Melo Copyright (c) 2024 Revista Temas em Educação https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-05-16 2024-05-16 33 1 rte331202434 10.22478/ufpb.2359-7003.2024v33n1.68537 Culturas juvenis e currículo de Educação Física: https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/rteo/article/view/68521 <p>O presente estudo tem como objetivo refletir acerca das tensões e possibilidades que envolvem as culturas juvenis e o componente curricular Educação Física a partir da discussão intercultural. Assim, apresentamos uma ampliação da noção singular de cultura e juventude em prol da noção plural de culturas e juventudes. Desse modo, discorremos sobre a função do componente curricular de Educação Física frente aos processos e dinâmicas culturais que envolvem as juventudes contemporâneas. Destacamos algumas sínteses das reflexões teóricas antes de concluir. Pois, a cultura se apresenta para além da polissemia terminológica e juventudes se coloca mais do que uma fase cronológica. Concluímos que as culturas juvenis evocam uma disputa na dinâmica educacional. Tensionam os cânones curriculares tradicionais ao passo que possibilitam novas formas de ser estar no mundo, potencializam subjetividades e expressam a indignação contra a opressão de seus corpos e saberes.<br /><br /><br /></p> Thales de Siqueira Bruna Gabriela Marques William de Góes Ribeiro Copyright (c) 2023 Revista Temas em Educação https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2023-12-18 2023-12-18 33 1 rte331202405 10.22478/ufpb.2359-7003.2024v33n1.68521 Para ter Funk (na escola) é preciso dançar: https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/rteo/article/view/68630 <p>Dançando ao ritmo do funk apresentamos neste artigo algumas reflexões costuradas pelas margens das radiografias que a ciência tem feito das periferias e da <em>colonialidade do saber</em> operacionalizada para manter à margem, dos currículos escolares, conhecimentos outros. Orientados pela filosofia da diferença em diálogo com as demandas que nascem nas periferias, levantamos o questionamento acerca da verdade construída pela/com a Matemática, para descontruir as lentes coloniais que as apagam, corpos e conhecimentos de homens e mulheres que habitam o espaço periférico. Está escrita por fim, quer provocar uma faísca inicial na discussão acerca do processo de produção de conhecimento da (Educação) Matemática enquanto campo de pesquisa, recorrido na constituição de um currículo, um currículo que dialoga com as demandas dos jovens das periferias urbanas.</p> Eric Machado Paulucci Carolina Tamayo Osorio Copyright (c) 2024 Revista Temas em Educação https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-05-20 2024-05-20 33 1 rte331202438 10.22478/ufpb.2359-7003.2024v33n1.68630 Currículo(s) da cidade: https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/rteo/article/view/68676 <p>O presente artigo constitui-se como ensaio teórico que discute as possibilidades apresentadas pela perspectiva das Cidades Educadoras para a construção de convergências entre currículos e juventudes, no sentido de estimular uma formação localizada na reflexão e na crítica diante dos desafios impostos à Educação na contemporaneidade, pautando-se na defesa intransigente dos direitos humanos e no estabelecimento de práticas educativas participativas, democráticas e cidadãs. Para tanto, foi realizada revisão bibliográfica visando buscar apoio teórico em uma diversidade de autores do campo, estabelecendo um percurso de reflexão que se inicia apresentando alguns dos pressupostos das Cidades Educadoras e, posteriormente, situa e problematiza a questão dos currículos e das juventudes para, finalmente, discutir a emergência de currículos possíveis, a partir de uma perspectiva freireana, articulando as cidades em suas distintas dimensões educativas, seus distintos conhecimentos, culturas, saberes e, finalmente, suas juventudes, a partir das inserções e relações com seus territórios.</p> Tárcio Minto Fabrício Verônica Asbel Pires Copyright (c) 2024 Revista Temas em Educação https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-05-21 2024-05-21 33 1 rte331202443 10.22478/ufpb.2359-7003.2024v33n1.68676 Quais currículos querem jovens trabalhadores? https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/rteo/article/view/68627 <p>A escolha por um curso de graduação está relacionada ao contexto histórico e sociocultural em que o sujeito está envolvido. Uma vez realizada esta escolha, e adentrado o espaço da universidade, a permanência no curso nem sempre é fácil e garantida, em especial para estudantes-trabalhadores. A fim de investigar este contexto, toma-se como objetivo de pesquisa analisar a trajetória formativa de licenciandas-trabalhadoras no âmbito de curso de licenciatura em Química, quanto aos fatores que influenciam na permanência no curso e, consequentemente, na construção de sua identidade docente, em especial o papel do currículo neste contexto. Para tanto, esta investigação fez uso da pesquisa narrativa com enfoque em histórias de vida. As narrativas produzidas foram analisadas com base na análise de conteúdo, proposta por Bardin, e discutidas a partir de referencial teórico do campo da formação de professores no que toca a construção da identidade docente.</p> Renata Aparecida Braz Garcia Bruna Jamila de Castro CRISTIANE BEATRIZ DAL BOSCO REZZADORI Copyright (c) 2024 Revista Temas em Educação https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-05-21 2024-05-21 33 1 rte331202442 10.22478/ufpb.2359-7003.2024v33n1.68627 A importância de pensar currículo em ambientes em privação de liberdade https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/rteo/article/view/68505 <p><span style="font-weight: 400;">O presente trabalho, pretende entender como a temática do Currículo se apresenta em ambientes educacionais em privação de liberdade. Nesta escrita serão utilizados textos de autores, como Thomas S. Popkewitz e Michael Foucault. Com o auxílio de Willian Lazaretti da Conceição, autor do artigo “Escola e privação de liberdade: um diálogo em construção”, Jane Voigt e Dhuan Xavier com o trabalho “O currículo da educação de jovens e adultos em instituições penais: a percepção de professores” e “Educação integral no sistema socioeducativo: o currículo como redes de significações discursivas” por Rafael de Souza, Ângela Albino e Ana Cláudia Rodrigues, essa escrita busca demonstrar, através de trabalhos que conjugam as duas temáticas, como é imprescindível que as diversas áreas do conhecimento pensem em Currículo, entendendo que, por mais que seja um campo específico, não é possível desvencilhar essa temática em práticas e pensares educacionais cotidianos, mesmo que esses sejam realizados em perspectivas e ambientes diversos. Por fim, objetiva-se aqui, teorizar como os efeitos de refletir sobre os estudos curriculares foram positivos para o fazer pesquisa na socioeducação em privação de liberdade.</span></p> Ana Clara Peixoto Ricardo José Santos Copyright (c) 2024 Revista Temas em Educação https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-05-24 2024-05-24 33 1 rte331202445 10.22478/ufpb.2359-7003.2024v33n1.68505 Corações… na escola: https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/rteo/article/view/68358 <p><span style="font-weight: 400;">O amor permeia as vidas e as cotidianidades de diferentes formas. Através da atenção mobilizada pelo autor – que é professor e pesquisador – aos corações que permeiam a escola, realizou-se registros fotográficos e escritos durante cerca de um ano de pesquisa-docência. Nos espaços escolares, além dos conhecimentos curriculares maiores, também aprende-se a conviver e relacionar-se com o outro artesanalmente, e é justamente nestes processos de produção subjetiva e criação de currículos outros que este texto foca. Os corações grafados nas mesas, muros, janelas e portas escolares, nas cartas de amor, nos cartazes e nos cadernos são os protagonistas para a criação de escritas-encontros em cartografias, inspiradas nas possibilidades de autoficcionar e poetizar os encontros e os trajetos vividos.&nbsp;</span></p> Tiago Amaral Sales Copyright (c) 2024 Revista Temas em Educação https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-05-21 2024-05-21 33 1 rte331202436 10.22478/ufpb.2359-7003.2024v33n1.68358 Pode a literatura borrar os limites do corpo numa sala de aula? https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/rteo/article/view/68590 <p>Metodologicamente, esse ensaio propõe fabular um corpo em uma sala de aula. O que quer esse corpo? Objetivamente, borrar os limites do corpo no encontro com a literatura e as juventudes. Quando o corpo estranho – personagem fabulado no encontro com a turma de graduação – invade uma aula para questionar as interpretações, o que ele quer? Começa por questionar a lógica das explicações, os lugares bem delineados da razão, mas, simplesmente, o que faz é tirar do indivíduo central o foco da verdade. A aposta na literatura com as juventudes em um exercício de praticar os currículos como expansão do mundo implica em possibilitar redes de conversações, em expandir as percepções sobre os corpos. Numa roda de conversas literárias há algo na esfera do acontecimento, do incontrolável, com pouco ou nenhum delineamento, que serve de estopim para desencontros das leituras tradicionais da academia. Quantos possíveis habitam uma sala de aula?&nbsp;</p> Steferson Zanoni Roseiro Nahun Thiaghor Lippaus Pires Gonçalves Victor Nogueira Lage Copyright (c) 2024 Revista Temas em Educação https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-05-20 2024-05-20 33 1 rte331202439 O aluno surfista na modernidade líquida: https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/rteo/article/view/68595 <p>O artigo explora a transição para a modernidade líquida e seu impacto nas novas gerações, particularmente nos “alunos surfistas”, que, embora naveguem pelas ondas do conhecimento, não estabelecem conexões duradouras com ele. O objetivo é analisar as características e desafios enfrentados por esses estudantes no contexto da modernidade líquida, com base nas teorias de Bauman, Bateson e Piaget, e explorar como o currículo pode ser adaptado para atender às necessidades desse novo perfil de estudante. Na primeira seção, usamos a Teoria Crítica de Bauman para analisar à modernidade líquida e suas implicações na formação das subjetividades, abordando temas como a mobilidade do capital, o impacto na educação e a importância da reconstrução do espaço público. Na segunda seção, discutimos a evolução da educação da modernidade sólida para a era líquido-moderna, destacando o impacto do neoliberalismo e da volatilidade da informação, que demandam uma reavaliação do propósito e métodos educacionais. A terceira seção analisa a teoria de aprendizagem de Bateson, que aborda os diversos níveis de aprendizado e sua relação com a adaptação do indivíduo. Também se apresenta exemplos de propostas pedagógicas que refletem a concepção de um currículo aberto e plural. A conclusão ressalta a necessidade de um currículo aberto que equilibre o conhecimento acumulado pela humanidade com o contexto dos alunos.</p> Edvanderson Ramalho dos Santos Gilmar de Carvalho Cruz Copyright (c) 2023 Revista Temas em Educação https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2023-12-18 2023-12-18 33 1 rte331202411 10.22478/ufpb.2359-7003.2024v33n1.68595 Currículos, juventudes e fabulações https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/rteo/article/view/68607 <p>O artigo apresenta uma pesquisa que buscou cartografar as fabulações das juventudes e docências a fim de mapear os currículos vetores de forças ativas criados pelas juventudes e docências, como também potencializar os encontros alegres nos/dos cotidianos escolares. Problematiza as fabulações como força curricular que resiste ao ensino cartesiano e codificado. Argumenta que a potência de ação coletiva produz currículos vetores de forças e encontros alegres que escapam das formas que aprisionam o pensamento, possibilitando outros modos de ser e de estar no mundo. Dialoga com os pensamentos de Deleuze, Guattari, Bergson, Spinoza, entre outros, como afetos que forçam o movimento do pensamento e a invenção de novos modos de pensar currículos, docências, juventudes e cotidianos escolares. Conclui-se que as fabulações dos jovens e das docências atuam na escola como força inventiva e coletiva, que, em redes de conversações, criam currículos nômades, alegres e inventivos.</p> Sandra Kretli Aline Dias de Oliveira Cocheto Copyright (c) 2023 Revista Temas em Educação https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2023-12-18 2023-12-18 33 1 rte331202410 10.22478/ufpb.2359-7003.2024v33n1.68607 (Re)Imaginando as juventudes: https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/rteo/article/view/68690 <p>Adiar o fim do mundo tem sido um desafio político e ético diante de um mundo em crise com guerras, mudanças climáticas, crises sanitárias etc. Dessa forma, como podemos (re)imaginar os sentidos de futuro <em>para/com</em> as juventudes? Como disputar sentidos curriculares para adiar o fim do mundo? Qual o futuro da escola? São muitas as inquietações que trazem o presente artigo. Objetivamos problematizar as relações de saber e poder vivenciadas nas disputas curriculares diante das subjetividades presentes <em>nas/com</em> as juventudes nos currículos. Metodologicamente trabalhamos com as narrativas juvenis, pautadas em inventários do saber, para tecer reflexões sobre a condição juvenil no mundo atual. As teorizações estão pautadas no campo curricular em diálogo com os cotidianos e a interseccionalidade. À guisa de conclusão, compreende-se o cotidiano e as análises via interseccionalidade como encruzilhadas possíveis que nos possibilitam gerar novos sentidos de curriculares com as juventudes.</p> Allan Carvalho Rodrigues Luis Paulo Borges Copyright (c) 2024 Revista Temas em Educação https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-05-16 2024-05-16 33 1 rte331202433 10.22478/ufpb.2359-7003.2024v33n1.68690 Comunicação e Educação https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/rteo/article/view/66591 <p>Neste artigo, o objetivo é tensionar os conceitos de Comunicação e Educação, na perspectiva de um estudo de interface. Entende-se a Educação como um fazer comunicacional de múltipla direção e busca-se, nesse sentido, aproximar as perspectivas de Paulo Freire (1967, 1983, 1987), Ciro Marcondes Filho (2004, 2008, 2010) e José Luiz Braga (2004, 2008, 2010). Considerando Comunicação como uma processualidade que permite o agir em comum, pretende-se refletir sobre as interações educacionais e aquilo que viria antes da Educação, ou seja, o processo comunicacional que viabiliza a aprendizagem, a partir dos estudos de Braga. Na proposta da Nova Teoria da Comunicação de Ciro Marcondes Filho, interessa-nos a compreensão do fenômeno comunicacional (sinalização/informação/comunicação) e a questão da mudança, a partir da comunicação. Em Freire busca-se encontrar indícios do que é comunicacional em sua perspectiva dialógica e emancipatória de educação, que viabiliza mudança e a autonomia. Haveria uma proximidade com a noção freireana educação/mudança/emancipação? Para tanto, a proposta metodológica é de uma discussão teórica acerca da relação entre as duas áreas, que por essência se aproximam, a fim de propor uma reflexão e um avanço teórico no campo da Comunicação.&nbsp;</p> Jullena Santos de Alencar Normando Luciene de Oliveira Dias Copyright (c) 2024 Revista Temas em Educação https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-05-10 2024-05-10 33 1 rte331202415 10.22478/ufpb.2359-7003.2024v33n1.66591 Conceitos de cultura e suas abordagens: https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/rteo/article/view/67417 <p>O presente estudo apresenta uma investigação sobre o conceito de cultura mediante perspectivas diversas. A questão problema que deu origem à pesquisa foi: em que medida abordagens lançadas sobre o conceito de cultura podem nos auxiliar na compreensão de nossas relações como sociedade e nossa constituição humana? À vista disso investigamos cultura sob perspectivas teóricas da antropologia, sociologia, história, literária e pedagógica, a fim de identificar aspectos partícipes de nossa construção social diante de pontos convergentes e divergentes entre tais teorias. Do ponto de vista metodológico, o estudo configura-se em uma pesquisa qualitativa, bibliográfica, exploratória. Para tanto, autores como Mello (2009), Geertz (2008), Eagleton (2011), Certeau (1995), Laraia (2001) e Bauman (2012) foram basilares para o desenvolvimento das reflexões propostas. Os resultados nos levaram a compreender que cultura se refere à constituição da própria identidade cultural e do sentido de humanidade. A reflexão conceitual sobre cultura, constituição humana e educação compõe questionamentos que tocam o cerne de nossas ações e a representatividade delas na construção de realidades. Sendo assim, encaramos cultura e educação como fenômenos fundantes dessa existência essencial e atitudinal.</p> Isadora Cristinny Vieira de Morais Marlene Barbosa de Freitas Reis Copyright (c) 2024 Revista Temas em Educação https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-05-23 2024-05-23 33 1 rte331202449 10.22478/ufpb.2359-7003.2024v33n1.67417 Uso e os desafios do metaverso na educação https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/rteo/article/view/65704 <p>O objetivo desse artigo foi apresentar as possibilidades de uso das tecnologias do metaverso no contexto escolar, indicando suas tendências e seus desafios. Para tal, foi realizada uma pesquisa de abordagem qualitativa, do tipo descritiva e, quanto ao procedimento técnico foi feita uma pesquisa bibliográfica. A pesquisa apresentou exemplos de práticas pedagógicas que usam as tecnologias do metaverso, bem como as tendências do metaverso na educação, tais como: abordagem da sensação de presencialidade e imersão, interação, ambientes virtuais colaborativos, sentimento de pertença, construção de Mundos Digitais Virtuais em 3D (MDV3D), simuladores e diferentes maneiras de comunicação. Também foram apresentados os desafios: aquisição de <em>hardware</em>, necessidade de formação para operar no metaverso, velocidade da internet e novas metodologias de ensino.</p> Márcia Gorett Ribeiro Grossi Camila de Aguiar Danielle de Cássia Soares Santos Copyright (c) 2023 Revista Temas em Educação https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2023-12-21 2023-12-21 33 1 rte331202420 10.22478/ufpb.2359-7003.2024v33n1.65704 Ensino religioso na Base Nacional Comum Curricular: https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/rteo/article/view/67027 <p>O ensino religioso vem sendo consolidado no currículo da educação básica como uma disciplina humanizadora que contribui para a formação da cidadania. Assim sendo, este artigo, de natureza bibliográfica, tem como objetivo geral compreender a configuração do ensino religioso no contexto das diretrizes emanadas pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Para isso, buscou-se entender a constituição do ensino religioso e as tensões que envolveram interesses distintos em sua gênese e consolidação, desvelando sua identidade no contexto da BNCC, e investigar aspectos epistemológicos para pensar sobre uma didática dessa disciplina. Os resultados apontam que a configuração de um ensino religioso se contrapõe ao proselitismo e se firma como disciplina escolar que possibilita uma experiência da educação para a paz, em uma sociedade pluralista, na qual o indivíduo é convidado a superar conflitos diante da necessidade de convivência com o diferente. </p> Fábio Antonio Gabriel Alfredo Moreira da Silva Júnior Ana Lúcia Pereira Copyright (c) 2023 Revista Temas em Educação https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2023-12-21 2023-12-21 33 1 rte331202424 10.22478/ufpb.2359-7003.2024v33n1.67027 Políticas de educação inclusiva sob análise das noções foucaultianas de biopolítica e governamentalidade: um estudo de revisão https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/rteo/article/view/69310 <p>O presente texto traz uma revisão de literatura referente à implementação de ações para atender à Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva em vigência. Ele se insere no contexto de uma pesquisa que investiga como são constituídas as estratégias para seu cumprimento nos sistemas de ensino dos municípios pertencentes à região denominada Litoral Norte do estado do Rio Grande do Sul. A busca foi feita no Catálogo de Teses e Dissertações da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, sob o descritor “políticas de educação inclusiva”, combinado com os conceitos foucaultianos de biopolítica e governamentalidade, no período de 2008 a 2022. O estudo possibilitou identificar dois enfoques: estratégias de regulação para colocar em prática as políticas inclusivas, e saberes que permeiam as políticas e práticas inclusivas.</p> Adiel Philipe Leão da Silva Helena Venites Sardagna Copyright (c) 2024 Revista Temas em Educação https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-06-26 2024-06-26 33 1 rte331202454 10.22478/ufpb.2359-7003.2024v33n1.69310 A pessoa com deficiência e a educação inclusiva https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/rteo/article/view/67044 <p>Este artigo de abordagem qualitativa, teórica e reflexiva busca discutir, no que diz respeito à inclusão educacional, o problema da exclusão das pessoas com deficiência em nossa sociedade. Tem-se por aporte principal os referenciais teóricos de Boaventura de Sousa Santos sobre as Linhas Abissais, no sentido de propor possibilidades de diálogos referentes aos direitos da pessoa com deficiência, de acordo com documentos oficiais como a Constituição Federal de 1988 e a Política Nacional de Educação Especial de 2008. Para tanto, apresenta-se um panorama sobre a pessoa com deficiência a partir do século XX, seguido de uma explanação sobre educação inclusiva. Trata-se de uma parte de pesquisa de doutorado em andamento, e pretende-se, portanto, tecer um diálogo sobre as Linhas Abissais e caminhos outros para a inclusão educacional.</p> Altair de Oliveira Galvão Carlos Roberto da Silveira Copyright (c) 2023 Revista Temas em Educação https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2023-12-21 2023-12-21 33 1 rte331202425 10.22478/ufpb.2359-7003.2024v33n1.67044 Uma revisão integrativa sobre estratégias pedagógicas para alunos surdos em aulas de Educação Física https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/rteo/article/view/67712 <p>Na esteira da história, a Educação Física ficou correlacionada à equívoca ideia de corpo perfeito e performance em aulas, o que acarretava a exclusão de princípios educacionais, nos quais, alunos considerados “incapazes” não acessavam os saberes tratados por este componente curricular. A partir da década de 1990, a Educação Física busca, permanentemente, se distanciar desse padrão excludente e começa a oferecer estudos que se dedicam, entre outros, à construção de aulas inclusivas e que se aproximem da realidade dos escolares, para uma transformação pedagógica de aulas. O objetivo do estudo foi analisar a produção científica sobre as estratégias pedagógicas para alunos Surdos nas aulas de Educação Física, por meio de uma revisão integrativa. Os dados foram coletados nas bases de dados Portal de Periódicos CAPES e <em>Google</em> Acadêmico, entre os anos 2012 a 2022, utilizando-se os descritores controlados: Aluno Surdo ou Surdez <em>and</em> “Educação Física”; Aluno Surdo ou Surdez <em>and</em> Experiência Pedagógica <em>and</em> “Educação Física”; Aluno Surdo ou Surdez <em>and</em> Escola <em>and</em> “Educação Física”. A amostra final foi constituída por 09 (nove) artigos selecionados após análise dos títulos, resumos e textos na íntegra. Foram selecionadas as estratégias pedagógicas sugeridas e/ou utilizadas pelos docentes, separadas em três categorias: de curto, médio e longo prazo. Tais estrátegias tem como finalidade auxiliar os professores de Educação Física no planejamanto e execução de uma aula inclusiva.</p> Taynara Xavier Cruz Cláudia Mara Niquini Raquel Schwenck de Mello Vianna Soares Copyright (c) 2024 Revista Temas em Educação https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-03-08 2024-03-08 33 1 rte331202428 10.22478/ufpb.2359-7003.2024v33n1.67712 Gênero e sexualidade na formação de professores de Educação Física: https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/rteo/article/view/69650 <p>No presente estudo bibliográfico buscamos compreender como tem se dado a formação de professoras/es de Educação Física para as questões de gênero e sexualidade a partir de artigos, teses e dissertações disponíveis no portal da CAPES, dentro do recorte temporal de 1997-2021. Definindo a busca pelos descritores gênero, sexualidade e Educação Física, foram selecionados dez artigos, sete dissertações e três teses. Foi possível identificar que as discussões sobre a temática ainda são escassas. Conclui-se que poucos cursos especificam o trato de gênero e sexualidade em seus planos de curso, o que leva as(os) futuras(os) professoras(es) de Educação Física a se sentirem despreparadas(os) para tratar do tema nas escolas. Para superar essa realidade, indicamos incluir as discussões de gênero e sexualidade nos documentos oficiais dos cursos e ter as atividades de estágio e residência pedagógica como possibilidades de aproximar a universidade da educação básica, dando mais segurança às/aos futuras/os docentes.</p> Aila Oliveira Valadares Tatiana Polliana Pinto de Lima Copyright (c) 2024 Revista Temas em Educação https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-09-05 2024-09-05 33 1 rte331202458 10.22478/ufpb.2359-7003.2024v33n1.69650 Gêneros e sexualidades: https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/rteo/article/view/67211 <p>O presente trabalho aborda a questão da educação para as sexualidades e sua importância para a formação dos/as sujeitos/as. Desse modo, traçamos como objetivo geral analisar as propostas dos candidatos e da candidata ao governo do estado da Paraíba frente às questões que atravessam o campo dos gêneros e das sexualidades. Ancorados em Franco (2021), realizamos a análise de conteúdo para podermos tecer as interpretações possíveis a partir do objeto estudado. O trabalho se guia por autores e autoras como Junqueira (2013), Butler (2020), Foucault (2015), Xavier Filha (2017, 2018) entre outros/as. A pesquisa mostrou que, de formas distintas, as questões dos gêneros e das sexualidades têm chegado nas pautas políticas, embora fiquem totalmente ausentes em alguns casos. Detecta-se, portanto, a necessidade de potencializar a questão da educação para as sexualidades nos espaços educativos.</p> Joanderson de Oliveira Gomes Joseval dos Reis Miranda Copyright (c) 2024 Revista Temas em Educação https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-03-08 2024-03-08 33 1 rte331202427 10.22478/ufpb.2359-7003.2024v33n1.67211 Metodologias ativas: uma análise bibliométrica de publicações científicas entre 2019 e 2023 https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/rteo/article/view/70271 <p>O objetivo deste artigo foi realizar uma análise bibliométrica de metodologias ativas utilizadas na área de saúde para o ensino superior. Para tanto, foi realizada uma pesquisa bibliométrica em artigos científicos publicados nos últimos cinco anos no SciELO. No total, foram identificados 24 artigos nos idiomas inglês, espanhol e português. Após aplicar os critérios de seleção e exclusão (artigos duplicados ou divergentes com a temática) foram analisados 11 artigos na pesquisa. Os dados coletados reportaram que na análise bibliométrica foi possível averiguar que a aprendizagem baseada em problemas e a problematização foram as metodologias ativas mais representativas nos trabalhos analisados, obtendo 42,9% do total de publicações. A aprendizagem baseada em equipes e em projetos compreendeu 28,6% dos trabalhos. A representação da nuvem de palavras ilustrou que a ‘problematização’ e ‘problemas’ são as palavras que mais se destacam na amostra de artigos selecionados, confirmando a relevância da metodologia ativa na formação profissional dos estudantes. Na análise bibliométrica observou-se que as metodologias ativas são importantes no processo de formação de estudantes na área da saúde, pois possibilita por meio de atividades práticas o desenvolvimento de habilidades que farão parte da rotina dos profissionais após a conclusão do seu processo de formação.</p> Elzenir Pereira de Oliveira Almeida Anarita de Souza Salvador Edevaldo da Silva José Lucas dos Santos Oliveira Copyright (c) 2024 Revista Temas em Educação https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-09-05 2024-09-05 33 1 rte331202460 10.22478/ufpb.2359-7003.2024v33n1.70271 A relação entre os modelos avaliativos atuais e a autorregulação da aprendizagem no ensino superior: https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/rteo/article/view/69074 <p>O presente estudo busca explorar quais tipos de relações têm sido estabelecidas entre os modelos avaliativos e a autorregulação da aprendizagem. Objetivou-se analisar os efeitos das avaliações utilizadas no Ensino Superior na autorregulação da aprendizagem e, para tanto, os indexadores de dados “Dimensions” e “Web of Science” foram utilizados. Desse modo, temos como população (P) da pesquisa o Ensino Superior, como conceitos (C) a avaliação e a autorregulação e, em relação ao contexto (C), o mundial. Examinaram-se apenas 19 dos 329 artigos que foram encontrados, pois esses correlacionaram os modelos avaliativos com a autorregulação da aprendizagem discente, seja fazendo o uso de “feedback” ou não. O conceito de “feedforward” ainda não é abordado e, ademais, a maioria dos artigos encontrados visavam avaliar a autorregulação da aprendizagem, não estabelecendo uma parceria entre a avaliação e o que ela poderia influenciar dentro do campo da autorregulação.</p> Anna Elizandra Fernandes Valesca Irala Copyright (c) 2024 Revista Temas em Educação https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-03-09 2024-03-09 33 1 rte331202429 10.22478/ufpb.2359-7003.2024v33n1.69074 Alguns aspectos da instrução pública primária na província do Grão-Pará durante as primeiras duas décadas da descentralização (1834-1854) https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/rteo/article/view/66306 <p>Este artigo trata do modo como se deu a organização da instrução pública primária na província do Grão-Pará durante as duas primeiras décadas de vigência da Lei n<u><sup>o</sup></u> 16, de 12 de agosto de 1834, também conhecida como Ato Adicional de 1834, que descentralizou a instrução pública, primária e secundária, passando para as províncias a responsabilidade de legislar e manter por seus próprios meios esses níveis de instrução. Partindo de uma análise fundamentada no materialismo histórico, a instrução pública é percebida como um produto das relações de produção vigentes na sociedade daquele momento histórico, baseado na produção agrícola, exportadora e dependente da mão de obra escrava, como era a sociedade brasileira a época. Compreendendo as especificidades existentes na província em questão e a forma como impactaram a instrução pública, entre elas se podem destacar a desfavorável situação econômica e os efeitos da Cabanagem e da repressão a ela empreendida pelas autoridades provinciais. A escolha dos aspectos abordados considerou a relevância que lhes eram atribuídos nas fontes utilizadas, a saber: a legislação educacional e os discursos, falas e relatórios dos presidentes e vice-presidentes da província.</p> Duci Alves de Matos Anselmo Alencar Colares Copyright (c) 2023 Revista Temas em Educação https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2023-12-21 2023-12-21 33 1 rte331202421 10.22478/ufpb.2359-7003.2024v33n1.66306 O Thesaurus Brasileiro da Educação como ferramenta de revisão de literatura e bibliométrica: https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/rteo/article/view/66759 <p>O objetivo deste trabalho é de problematizar a produção científica sobre carreira e valorização do magistério entre os anos de 2012 e 2022 a partir da exploração dos limites e as potencialidades do Thesaurus Brasileiro da Educação. A partir dos interesses específicos do programa de pesquisa intitulado “Políticas para carreira e remuneração docente: Um diálogo entre Brasil e Chile frente às marchas e contramarchas do neoliberalismo”, coordenado pela UFPR, desenvolvido em rede com a UFMS, UEMS, UFPA, UFPB, UTalca-Chile e financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), considerou-se o vocabulário controlado da plataforma Thesaurus com a potencialidade de auxiliar no processo híbrido de estudo bibliométrico e de revisão de literatura, na direção de compreender a produção, abordagem, temas dos artigos publicados durante o período proposto e outros aspectos, como os principais autores (as) e centros de discussão da temática. Os resultados indicam que a Gestão Terminológica tem potencialidades de integrar conteúdos e recuperar trabalhos, especialmente artigos, mas encontra limites na conceituação e os próprios termos genéricos utilizados, por não estarem consolidados na literatura acadêmica na política educacional e, especificamente, no campo de interesse da pesquisa.</p> Marcus Quintanilha da Silva Maria Clara Lima de Araújo Maria Ana Belly De Melo Araújo Copyright (c) 2024 Revista Temas em Educação https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-05-10 2024-05-10 33 1 rte331202430 10.22478/ufpb.2359-7003.2024v33n1.66759 Viagens de educadores musicais nas primeiras décadas do século XX https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/rteo/article/view/67544 <p>O presente trabalho versa sobre a perspectiva da História da Educação, tendo como horizonte as produções intelectuais com foco em viagens de educadores musicais através de itinerários em países de cinco continentes: França, Itália, Inglaterra, Áustria Espanha, Portugal e Grécia (Europa); Egito (África); Síria (Ásia); Estados Unidos da América (América do Norte) e Argentina (América do Sul). O objetivo dessas viagens foi a participação em eventos artísticos, pedagógicos e diplomáticos, datados na primeira metade do século XX. Como metodologia, realizamos uma revisão bibliográfica abarcando estudos e publicações acadêmicas de historiadores da Educação que trabalham com a temática História da Educação Musical. Como resultado, percebemos que esses intelectuais interessados no aprimoramento artístico e pedagógico não viajaram apenas para conhecer países ou continentes. As experiências desses sujeitos contribuíram com a Educação Musical, por meio da criação de cursos inovadores e de escritos relatando as respectivas vivências experimentadas além-mar, como também, mobilizaram a difusão de propostas pedagógicas e a música brasileira em palcos dos países de destino e formação.</p> Ednardo Monteiro Gonzaga do Monti Rodrigo Alves de Melo Copyright (c) 2023 Revista Temas em Educação https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2023-12-21 2023-12-21 33 1 rte331202426 10.22478/ufpb.2359-7003.2024v33n1.67544 Contribuições do Programa Residência Pedagógica para as licenciaturas em Matemática https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/rteo/article/view/67447 <p>A formação inicial de professores para a Educação Básica no Brasil tem passado por constantes mudanças nas políticas educacionais a cada governo no intuito de melhorá-la, resultando na criação de programas de iniciação à docência a fim de que os estudantes das licenciaturas possam vivenciar a docência, como profissão, ainda durante a graduação e não apenas nos momentos de estágio curricular supervisionado. Assim, este estudo buscou, como objetivo geral, analisar as contribuições do Programa Residência Pedagógica (PRP) para os cursos de licenciatura em Matemática a partir de teses e dissertações que tratam desta temática. Para tal, foi elaborada uma revisão sistemática da literatura de teses e dissertações disponíveis no Banco de teses e dissertações da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e da Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD), resultando em cinco dissertações que tratam da temática, conforme os critérios de inclusão delimitados neste estudo. Em síntese, os dados revelam uma baixa produção acadêmica sobre o PRP e suas contribuições para os cursos de licenciatura, mas as produções analisadas apresentam dados que reforçam a importância deste programa para o fortalecimento dos referidos cursos ao promoverem experiências formativas significativas para os futuros professores diante da aproximação entre universidade e escola. Apesar da baixa produção encontrada, pode-se afirmar que o PRP é importante para as licenciaturas.</p> Mateus Gonçalves de Sousa Efraim de Alcântara Matos Antonio Marcos da Costa Silvano Copyright (c) 2023 Revista Temas em Educação https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2023-12-18 2023-12-18 33 1 rte331202404 10.22478/ufpb.2359-7003.2024v33n1.67447 O Apresentação do dossiê https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/rteo/article/view/72133 <p>Trata-se de um texto apresentativo Ao Dossiê O GOLPE DE 1964, 60 ANOS DEPOIS: NARRATIVAS, RESISTÊNCIA E REDEMOCRATIZAÇÃO" e que tem o propósito rememorar e oferecer visibilidade a um fato histórico que modificou a história do Brasil e avida dos brasileiros e brasileiras por cerca de 21 anos.</p> Maria Elizete Guimarães Carvalho Terciane Ângela Luchese Ana Paula Pinto Copyright (c) 2024 Revista Temas em Educação https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-11-11 2024-11-11 33 1 rte331202473 10.22478/ufpb.2359-7003.2024v33n1.72133 O MEB E A DITADURA MILITAR: https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/rteo/article/view/70589 <p>Este artigo analisou o processo dialético de continuidade e descontinuidade das atividades do Movimento de Educação de Base (MEB), discutindo sua criação, funcionamento, práticas educativas e trajetória antes e durante o período do regime ditatorial. O MEB foi criado pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em parceria com o governo federal, para implementar a alfabetização de adultos nas regiões, à época, denominadas “subdesenvolvidas”, a partir do sistema de radioeducação. Assim, rememorou-se as práticas educativas do Movimento na efervescência popular dos anos 1960. Considerou-se como fontes documentais: a legislação (Decretos Presidenciais), cartas de educandos e monitores e documentos produzidos pelo MEB (relatórios, cartas, programas radiofonizados e lições da cartilha <em>Viver é lutar</em>). Concebendo a memória como poder e forma de resistência, recorreu-se, para apoiar a discussão desses documentos, aos estudos de Freire (2005), Kadt (2007), Góes (2002) e Pollak (1992). Como resultados, evidenciou-se que o MEB marca a década de 1960 como um grande passo para a educação de adultos, pois possibilitava ao sujeito/trabalhador muito além do conhecimento da palavra, permitindo o reconhecimento de si, como cidadão, dos direitos que precisavam ser conquistados e o entendimento do papel que esse sujeito produtor de cultura possuía na construção da sociedade. Todavia, o MEB sofreu duras penalidades para resistir à ditadura imposta pelo golpe civil-militar, o que implicou na redefinição de sua direção educativa, mais e mais descontinuada, no sentido do silenciamento e, afinal, do cancelamento do programa.</p> Emmily Daiane da Silva Kilma Cristeane Ferreira Guedes Fernando Cézar Bezerra de Andrade Copyright (c) 2024 Revista Temas em Educação https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-11-05 2024-11-05 33 1 rte331202462 10.22478/ufpb.2359-7003.2024v33n1.70589 HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO NA DITADURA MILITAR (1964-1985): https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/rteo/article/view/70702 <p>Este artigo objetiva problematizar a história da educação durante a ditadura militar (1964-1985), com recorte no projeto de alfabetização de adolescentes<span style="text-decoration: line-through;">,</span> e pessoas adultas, do Movimento Brasileiro de Alfabetização, mais conhecido como Mobral (1967-1985). Propomos apresentar o debate com elementos que cotejam as propostas do Estado militar para a educação pública brasileira em diferentes modalidades de ensino, enfatizando o projeto de alfabetização do Mobral.&nbsp; Em um Estado militarizado escorado pela lei de segurança nacional, o campo educacional foi foco de censura, repressão, perseguição e de resistências por parte de grupos que se opunham ao projeto ditatorial. Controlar a liberdade de produção de conhecimento, de debates e propostas democráticas em todas as modalidades de ensino, possibilitou a criação do Mobral, projeto que estava inserido em um contexto de desmobilização da proposta democrática de educação popular<span style="text-decoration: line-through;">,</span> e de controle do ensino por parte das forças armadas.</p> Danielly Cardoso da Silva Diane Valdez Copyright (c) 2024 Revista Temas em Educação https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-11-05 2024-11-05 33 1 rte331202463 10.22478/ufpb.2359-7003.2024v33n1.70702 CÍRCULOS DE CULTURA: CRÍTICAS E SILENCIAMENTOS https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/rteo/article/view/70685 <p>O presente artigo se origina de uma pesquisa de doutorado já finalizada que teve a intenção de abordar a mobilização para a realização dos círculos de cultura (que fizeram parte de um movimento de alfabetização e educação popular fundamentado e proposto por Paulo Freire) no Rio Grande do Sul, com delimitação temporal voltada ao início dos anos 1960. As fontes da tese foram especialmente reportagens de jornais e entrevistas narrativas. Ao retomar tais fontes, a análise teve como foco suas menções às críticas produzidas para aquela prática educacional e aos silenciamentos decorrentes do Golpe Civil-militar (ocorrido em 1964) que conteve, ao menos, publicamente, as atividades que estavam ocorrendo. As reportagens de diferentes momentos (todas em período de final dos anos 1950 e início de 1960), bem como as entrevistas, apresentam alguns destaques para a temática proposta pelo dossiê, convocando a escrita de perspectivas relacionadas à opressão de uma atividade educacional que estava sendo organizada com a intenção de contribuir com processos de libertação e (re)democratização do povo brasileiro. A escrita se deu a partir dos pressupostos da História da Educação e História Cultural para a construção do percurso teórico-metodológico da pesquisa, utilizando a análise documental e a História Oral para fundamentar o estudo.</p> Mariana Parise Brandalise Dalsotto Copyright (c) 2024 Revista Temas em Educação https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-11-05 2024-11-05 33 1 rte331202464 10.22478/ufpb.2359-7003.2024v33n1.70685 60 ANOS DO GOLPE MILITAR https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/rteo/article/view/70813 <p>Em março de 2024, o Brasil completou 60 anos do golpe de Estado que instituiu a ditadura militar (1964-1985). Sua política para a educação foi contraditória: de um lado, controlou o aparelho escolar em todos os níveis; de outro, expandiu o sistema. Hoje, estamos completando 40 anos da conquista da democracia (1985) e, como o tempo é o senhor da história, 2024 nos permite melhor compreender 1964. Esse artigo se baseia na teoria segundo a qual conhecemos melhor o passado à medida que os acontecimentos geram seus frutos. Com essa perspectiva, neste artigo baseamo-nos em fontes primárias, secundárias, documentos e músicas da época, como também em nossa própria vivência contra a ditadura militar. Contudo, não fazemos uso dessa experiência para criarmos uma narrativa pessoal, já que, para nós, toda historiografia deve ser equilibrada entre subjetividade e objetividade. Desse modo, são apresentadas as razões do golpe de Estado de 1964; a política educacional da ditadura militar e seus desdobramentos nas quase quatro décadas subsequentes ao seu fim (1985). O título do artigo e as conclusões sobre esses 60 anos são inspirados na teoria de Fernand Braudel sobre mudanças e permanências que caracterizam todo processo histórico da humanidade. São três as conclusões principais: 1. o País avançou na expansão do ensino superior e no fortalecimento da pesquisa; 2. Persistem graves problemas no sistema público da escola básica; 3. A construção da democracia se mostra mais difícil do que imaginada no começo da década de 1980.</p> Marisa Bittar Copyright (c) 2024 Revista Temas em Educação https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-11-05 2024-11-05 33 1 rte331202472 10.22478/ufpb.2359-7003.2024v33n1.70813 REFLEXOS DA DITADURA CIVIL-MILITAR NA TRAJETÓRIA DE PROFESSORES DAS CIÊNCIAS SOCIAIS (1964-1985) https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/rteo/article/view/70679 <p>O estudo apresentado discute o percurso de formação e atuação de três professores e pesquisadores, graduados em Ciências Sociais: Lorena Holzmann, Clarissa Eckert, Pe. Ivo Follmann, SJ. O recorte temporal compreende os anos de 1964 a 1985, período em que o Brasil viveu a ditadura civil-militar. Por meio da História Oral como metodologia, as memórias desses intelectuais indicaram diferentes espaços e processos de atuação. Lorena Holzmann se destaca pela atuação nos movimentos docentes que culminou com a criação da ADUFRGS e, no processo de salvaguarda de documentos dos expurgos da UFRGS. Clarissa Eckert, por meio da Associação dos Sociólogos, fomentou a realização de palestras e aulas com destacados intelectuais da época para discutir questões políticas e sociais do contexto vigente. Exerceu, ainda, papel fundamental no processo de qualificação do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais na UFRGS. Ivo Follmann se destacou na militância religiosa e sociológica durante o Regime.</p> Tainá Martins de Barros Luciane Sgarbi Santos Grazziotin Copyright (c) 2024 Revista Temas em Educação https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-11-13 2024-11-13 33 1 rte331202465 10.22478/ufpb.2359-7003.2024v33n1.70679 O PASSADO QUE NÃO PASSA https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/rteo/article/view/70672 <p>Busca-se compreender a violação aos direitos humanos perpetrados durante a ditadura civil militar brasileira a partir de relatos de mulheres que foram submetidas a torturas físicas, psicológicas e por condição de gênero. Para isto recorreu-se a depoimentos contidos no livro “Ditadura Militar em Goiás: depoimentos para a história” coordenado pelo jornalista e ex-preso político Pinheiro Salles e a entrevistas realizadas, utilizando a metodologia da história oral, no ano de 2017 para a elaboração da tese “Memória aberta: universidade e resistência feminina na ditadura militar em Goiás”, defendida na Faculdade de Educação, Universidade Federal de Goiás. O objetivo do texto é demonstrar que especificidades das violências sofridas pelas mulheres refletem valores sociais misóginos que existiam antes e que ultrapassam as ditaduras, pois pertencem à própria sociedade que originam essa violência.</p> Keides Batista Vicente Vitor Hugo Abranche de Oliveira Copyright (c) 2024 Revista Temas em Educação https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-11-05 2024-11-05 33 1 rte331202466 10.22478/ufpb.2359-7003.2024v33n1.70672 DIREITO HUMANO À MEMÓRIA E À VERDADE https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/rteo/article/view/70483 <p><span class="TextRun SCXW172269610 BCX2" lang="PT-BR" style="font-size: 11pt; line-height: 18px; font-family: Times New Roman, 'Times New Roman_EmbeddedFont', 'Times New Roman_MSFontService', serif;" xml:lang="PT-BR" data-contrast="auto"><span class="NormalTextRun SCXW172269610 BCX2">O presente trabalho objetiva propor um debate em torno do direito à memória e à verdade em tempos de transição. Para a construção dessa escritura, buscamos desenvolver as seguintes questões:&nbsp; o que vem a ser o direito à memória e à verdade?&nbsp; Quais eventos históricos ilustram a luta pela consagração desse direito?&nbsp; Por que o debate atual é urgente e necessário? Para tentar respondê-las, amparámo-nos, do ponto de vista teórico e metodológico, na bibliografia e na legislação referenciada ao final do texto. Assim, adotamos a metodologia de revisão bibliográfica e a abordagem hermenêutica da legislação pátria e internacional correspondente. O produto da investigação tem como resultado preliminar a atualidade e urgência do debate, a importância do caso “Gomes Lund versus Brasil” e a consequente instauração das comissões da verdade em solo brasileiro, bem como os desafios oriundos dos surtos autoritários que assolam o país neste momento</span><span class="NormalTextRun SCXW172269610 BCX2">.</span></span></p> Rogério de Araújo Lima Maria Elizete Guimarães Carvalho Copyright (c) 2024 Revista Temas em Educação https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-11-13 2024-11-13 33 1 rte331202467 10.22478/ufpb.2359-7003.2024v33n1.70483 UMA FORMA POPULARÍSSIMA DE CULTURA https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/rteo/article/view/70699 <p>Este artigo tem por objetivo discutira trajetória do Teatro de Bonecos Dada, de Curitiba, analisando as atividades artísticas e educativas de seus fundadores Euclides Coelho de Souza e &nbsp;Adair Chevonika, e sua rede de parcerias em diferentes grupos de teatro e iniciativas educacionais. O recorte temporal se situa entre 1960, com a criação Grupo de Teatro do Povo, baseado no movimento do Teatro Político, até o retorno dos fundadores do exílio em 1974, com a estreia da peça “Quem tem razão, o Lobo ou Chapeuzinho?” marco na nova trajetóriado Teatro de Bonecos Dadá. As atividades do grupo passaram das primeiras experiências teatrais de 1960 à&nbsp; criaçãodo Centro Popular de Cultura do Paraná (CPCP), onde terá início sua caminhada com o teatro de bonecos,centrais em suas peças e em seus cursos unindo o método Paulo Freire com o teatro de títeres para alfabetização de adultos, e culminará com a criação do grupo Teatro de Bonecos Dadá em 1964, embrião para o surgimento do Jardim de Infância Pequeno Príncipe (1965), de forte proposta artística e progressista, que será fechado pela ditadura cívico-militar &nbsp;em 1966, &nbsp;com a condenação da equipe gestora por atividade subversiva. As relações entre arte, educação, infância e política serão debatidas, pelo viés da história da educação, através da incursão pela formação, repertório e experiências deste grupo de educadores e bonequeiros, suas táticas de resistência, adaptações para seguir em cena buscando a expansão da infância mesmo em um período de sanções e restrições.</p> Marcio Souza da luz Andréa Cordeiro Copyright (c) 2024 Revista Temas em Educação https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-11-05 2024-11-05 33 1 rte331202468 10.22478/ufpb.2359-7003.2024v33n1.70699 UM BRASIL PARALELO https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/rteo/article/view/70688 <p>A produtora de mídia digital Brasil Paralelo diz oferecer orientação para que o panorama sócio-histórico-político atual possa ser corretamente assimilado por seus espectadores. Em tempos de intensa expansão da internet e de assimilação da tela como mediação entre sujeito e objeto, ele propõe entretenimento digital como forma de educar uma nação para a vida, em suas dimensões privada e pública. Observando-o como situação paradigmática do processo de ascensão de uma cultura de (extrema) direita nos últimos anos, este artigo analisa o sentido que a produtora propõe, mesmo não o reconhecendo, que é a disputa por hegemonia na direção da sociedade contemporânea, defendendo pautas autoritárias na política, neoliberais na economia e reacionárias nos costumes. Conclui-se que o entretenimento nesse caso é, ao contrário do relaxamento que promete, dominação dos sentidos e do pensamento por um artefato que não sai do círculo sempre repetido da indústria cultural.</p> Alexandre Fernandez Vaz Nubia Almeida Lourenço Leonardo Cartagena Miron Copyright (c) 2024 Revista Temas em Educação https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-11-05 2024-11-05 33 1 rte331202469 10.22478/ufpb.2359-7003.2024v33n1.70688 OS COMUNISTAS DIANTE DO GOLPE DE ESTADO DE 1964 https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/rteo/article/view/70467 <p>Este artigo discute as distintas leituras elaboradas pelas organizações comunistas sobre o golpe de Estado de 1964. Apresentando sensíveis diferenças sobre os agentes do golpe e os motivos que levaram a dolorosa derrota, o Partido Comunista Brasileiro (PCB), o Partido Comunista do Brasil (PCdoB), e a Organização Revolucionária Marxista – Política Operária (ORM-PO ou POLOP), evitaram revisar as suas orientações anteriores a 1964.</p> Lineker Noberto Copyright (c) 2024 Revista Temas em Educação https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-11-05 2024-11-05 33 1 rte331202470 10.22478/ufpb.2359-7003.2024v33n1.70467 ACONTECIMENTOS NACIONAIS E TERRITORIALIDADE https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/rteo/article/view/70071 <p>O artigo propõe analisar as particularidades envolvendo o Golpe de 64 no Vale do Mucuri, localizado no nordeste de Minas Gerais. Tendo como referência o conceito de territorialidade, a questão central é identificar de que modo os movimentos de abrangência nacional são construídos em um território. Trabalhando com a realidade local, onde predominou o sistema de agregação, foram trazidas nesse estudo as especificidades econômicas e políticas do agrego. Em seguida, buscou-se examinar como essa realidade reagiu antes e depois do Golpe de 64. As fontes utilizadas foram periódicos regionais, atas de reuniões da Câmara Municipal de Teófilo Otoni e publicações acadêmicas acerca do Mucuri. Concluiu-se que o sistema de agregação respondeu ao Golpe adequando-o aos seus interesses. O que leva a pensar que nem sempre movimentos globais, como o capitalismo, impactam de forma homogênea os territórios, sendo que estes respondem diferentemente às influências da vida econômica e política nacional.</p> Márcio Achtschin Santos Copyright (c) 2024 Revista Temas em Educação https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-11-05 2024-11-05 33 1 rte331202471 10.22478/ufpb.2359-7003.2024v33n1.70071 Leitura na era digital: https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/rteo/article/view/66536 <p style="font-weight: 400;">A presente resenha objetiva apresentar a obra “Aspectos da leitura na era digital: como as novas tecnologias podem afetar nossa capacidade de compreender texto" cuja autoria é de Joana Souza e a publicação da editora Appris no ano de 2020. Ao longo de quatro capítulos discute com primazia as possíveis implicações da leitura em meios impressos e digitais por nativos e imigrantes digitais, verificando capacidades de concentração e atenção dos mesmos, mas não só isto, traz luz para os que se interessam pela questão do ensino da leitura e das tecnologias de comunicação e informação sobre os desafios de educar crianças e adolescentes na era digital.</p> Melina Borges Omitto Copyright (c) 2023 Revista Temas em Educação https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2023-12-18 2023-12-18 33 1 rte331202403 10.22478/ufpb.2359-7003.2024v33n1.66536 Controle e normatização com vistas à excelência da organização escolar no Rio Grande do Sul (1937-1945) https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/rteo/article/view/66685 <p>No Rio Grande do Sul, o processo de nacionalização do ensino abriu um campo de possibilidades para a atuação do Estado no âmbito educacional. Neste texto, apresenta-se um estudo bibliográfico, documental e descritivo, que tem como objetivo demonstrar como o governo estadual se reaparelhou, com vistas à instituir uma nova racionalidade administrativa, marcada pelo controle e pela normatização. Conclui-se, que o processo de reorganização e reaparelhamento Estado, no âmbito educacional, que até então dispunha de uma pequena estrutura administrativa, restringia-se a poucos atos legislativos e a algumas iniciativas de aperfeiçoamento do magistério, engendrou as condições de emergência da reforma e da modernização educacional, a partir da qual o Estado proporcionou uma orientação e, sobretudo, uma direção político-pedagógica para a educação, no âmbito da qual se destacam a ampliação de sua estrutura administrativa, a implantação de novas formas de gestão da educação, mediante extensa e minuciosa normatização e burocratização, bem como uma forte vontade disciplinante.</p> Claudemir de Quadros Copyright (c) 2024 Revista Temas em Educação https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-05-10 2024-05-10 33 1 rte331202416 10.22478/ufpb.2359-7003.2024v33n1.66685 Quadros de formatura como portal da memória do colégio Comercial de Picos-PI (1965-1977) https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/rteo/article/view/66926 <p>Este artigo analisa os quadros de formatura do Colégio Comercial de Picos (1965-1977) que estão sob a guarda do Museu Ozildo Albano, em Picos (PI). São sete quadros no recorte temporal adotado, a partir das datas correspondentes. O objetivo geral foi analisar os quadros de formatura como registro da cultura escolar do Colégio Comercial de Picos. Os objetivos específicos foram: a) investigar os quadros de formatura como fonte para o conhecimento da relação entre a escola e a comunidade externa e b) compreender os aspectos representativos desses quadros para a comunidade escolar. Como pressuposto teórico-metodológico, apontamos a História Cultural (Burke, 1992; Chartier, 1990) e utilizamos, para a análise, os conceitos de documento/monumento e memória de Le Goff (2003). As análises nos conduziram à ideia de que os quadros são objetos-memória, termo utilizado por Benito (2018), e através deles podemos descortinar um tempo, um espaço e um modo de viver na escola, bem como sua relação com a comunidade em que está inserida.</p> Luzifrank Junior de Sousa Jane Bezerra de Sousa Copyright (c) 2023 Revista Temas em Educação https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2023-12-21 2023-12-21 33 1 rte331202423 10.22478/ufpb.2359-7003.2024v33n1.66926 Memória, Educação e Formação: https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/rteo/article/view/66307 <p>Em anos recentes, a pós-graduação tem sido objeto de estudo cada vez mais recorrente nas pesquisas educacionais. Partindo dessa premissa, este ensaio tem por objetivo refletir sobre a pós-graduação no Brasil e, mais especificamente, resgatar parte da história do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal do Ceará (UFC), por meio das suas propostas formativas ao longo do tempo. Para tanto, fez-se uso de bibliografia especializada, bem como documentos relativos à criação dos cursos de mestrado e doutorado em Educação da UFC. Os resultados obtidos indicaram que o Programa passou por um processo longo de maturação antes de sua criação e vem formando, com consistência, recursos humanos nos níveis de mestrado e doutorado há mais de 45 anos. Por fim, considerando a conjuntura dos últimos tempos, concluímos que existem desafios consideráveis a serem enfrentados, não só pelo Programa, mas pelo conjunto da pós-graduação nacional como um todo.</p> José Antônio Gabriel Neto Luís Távora Furtado Ribeiro Copyright (c) 2023 Revista Temas em Educação https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2023-12-18 2023-12-18 33 1 rte331202402 10.22478/ufpb.2359-7003.2024v33n1.66307 Literatura e acolhimento: https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/rteo/article/view/66061 <p>Fenômeno global e longevo, a migração tem se intensificado em função dos mais variados acontecimentos conflituosos e geradores de tensão em todo o mundo, a exemplo de conflitos armados, sobretudo no Oriente Médio, ações terroristas, violação de direitos humanos, fomes, guerras, desastres naturais e agudas dificuldades econômicas, políticas e sociais, como as ocorridas em nossa vizinha Venezuela, as quais acarretaram a saída de milhares de venezuelanos rumo a alguns países da América do Sul, como a Colômbia, o Peru e o Brasil, em busca de empregos e melhores condições de sobrevivência. Abrigando, até final de 2020, mais de 250 mil venezuelanos, o Brasil é, certamente, um dos países que mais recebem essa população. Ciente da capacidade de promoção do texto literário para criar um ambiente de acolhimento, este trabalho tematiza a validade da abordagem literária em contextos difíceis, a exemplo de contextos de migratórios, tendo como objetivo geral apresentar ações da Oficina “ACOLHE(LENDO): A mediação leitora em contextos de migração e refúgio” – direcionada a futuros mediadores de leitura – e, como objetivo específico, levantar, junto aos participantes desta oficina, as percepções acerca das experiências de abordagens metodológicas desenvolvidas no decorrer das atividades. Delineamos uma pesquisa de campo/aplicada com uma abordagem quanti-qualitativa, do tipo descritivo-exploratória, que teve como fundamentos teóricos os estudos de Petit (2008; 2009; 2013; 2018), Arizpe <em>et al</em>. (2004), Arizpe (2002; 2012; 2018), Candido (1995), entre outros, mais especificamente no que se refere a abordagens teórico-metodológicas de obras literárias. Os resultados obtidos mostraram o êxito atingido pela Oficina e o reconhecimento, por parte dos cursistas, de ser a literatura um instrumento de encontro e acolhimento entre as pessoas. </p> <p> </p> Francilda Inácio Girlene Marques Formiga Copyright (c) 2023 Revista Temas em Educação https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2023-12-18 2023-12-18 33 1 rte331202401 O corpo indígena e a cena colonial em Guel Arraes: https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/rteo/article/view/69661 <p>Em meio às efemérides e críticas aos termos “comemoração” e “descobrimento”, foi lançado em 2001 o filme “Caramuru: a invenção do Brasil”, dirigido por Guel Arraes e roteirizado por ele e Jorge Furtado. A partir de algumas cenas, este artigo problematiza: como o jogo cênico encena a trama colonial e localiza o corpo indígena em uma posição subalterna? O texto articula as imagens e sugere caminhos para o uso do filme na aula de história. Inserindo-se no campo de estudos sobre Cultura Histórica e Ensino de História, dialoga-se com Marcos Napolitano e sua abordagem sobre as relações entre História e Cinema e a crítica decolonial de Aníbal Quijano e Rita Segato, inferindo-se sobre os laços entre a herança colonial e as narrativas sobre a história do Brasil.&nbsp;&nbsp;</p> Hilmária Xavier Ribeiro José dos Santos Costa Júnior Copyright (c) 2024 Revista Temas em Educação https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-07-01 2024-07-01 33 1 rte331202455 10.22478/ufpb.2359-7003.2024v33n1.69661 Reconhecimento de habilidades em Medicina do Estilo de Vida: https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/rteo/article/view/66191 <p>A Medicina do Estilo de Vida (MEV) baseia-se no aconselhamento médico sobre a adoção de um estilo de vida saudável para pacientes com fatores de risco para doenças crônicas, sendo imprescindível implementá-la na educação médica. Dessa forma, este estudo objetivou avaliar o reconhecimento de habilidades em MEV por estudantes de medicina, comparando entre etapa clínica e internato. Foi realizado um estudo observacional e transversal, de abordagem quantitativa, com estudantes do curso de medicina de três instituições de ensino com a aplicação de um questionário sobre experiência em MEV. Como resultado observou-se que a maioria dos estudantes eram familiarizados com a prática de MEV, entretanto os níveis de experiência e grau de confiança variaram significativamente. Houve menores níveis de confiança acerca do aconselhamento sobre sono e redução de confiança entre estudantes da etapa clínica e internato nas habilidades em cessação do tabagismo. Em geral, discentes do curso de medicina possuem conhecimentos no que concerne às orientações de hábitos saudáveis, entretanto a profundidade do conhecimento no que concerne às habilidades práticas são relativas. Nesse sentido, a inclusão de competências voltadas para essas lacunas de conhecimento poderia auxiliar na formação de médicos generalistas focados na prevenção e manejo de doenças crônicas.</p> Edienny Santos-Lobato Giovana Silva Correa Reis Robson José de Souza Domingues Copyright (c) 2023 Revista Temas em Educação https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2023-12-18 2023-12-18 33 1 rte331202414 10.22478/ufpb.2359-7003.2024v33n1.66191 Desafios e potencialidades da agroecologia escolar no Assentamento Luiz Inácio Lula da Silva https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/rteo/article/view/67594 <p>A Agroecologia compreende a mobilização de um conjunto de conhecimentos científicos e tradicionais, desde pelo menos meados dos anos 1990, como resistência ao modelo convencional de produção impulsionado pela Revolução Verde e a modernização conservadora do campo brasileiro, comprovando que é possível produzir alimentos saudáveis e suficientes para todos, sem agredir a natureza. Além disso, é considerada mais do que uma ciência ou uma etnociência, é vista como um modelo de construção de sociedade trazendo consigo a valorização dos povos que vivem no campo. Este trabalho buscou compreender as contribuições da agroecologia escolar na vida do assentamento Luiz Inácio Lula da Silva, Santa Cruz Cabrália, região Sul do estado da Bahia. A metodologia adotada foi qualitativa recorrendo-se a observação participante, bem como a realização de entrevistas semiestruturadas com assentados que participaram de processos de ensino e aprendizagem da agroecologia escolar. Notamos que a inserção da agroecologia no assentamento encontra-se em estágio de transição: o conceito não é mais desconhecido, os assentados reconhecem sua importância e parte deles usam os saberes agroecológicos no dia a dia. Além do mais, observamos que para a agroecologia ser efetiva nas práticas dos agricultores, é preciso investir em formações continuadas ofertadas pelo movimento social MST/escola e a comunidade.</p> Jilsilene Oliveira Barbosa Rodrigo dos Santos Crepalde Copyright (c) 2024 Revista Temas em Educação https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-05-24 2024-05-24 33 1 rte331202448 10.22478/ufpb.2359-7003.2024v33n1.67594 A pandemia da COVID-19 e o processo de ensino-aprendizagem: https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/rteo/article/view/66162 <p>O presente estudo teve como objetivo analisar o impacto da pandemia da Covid-19 no processo de ensino-aprendizagem pela ótica de crianças com queixa escolar. Foi realizada pesquisa qualitativa de caráter analítico. Participaram três crianças, com idade de 11 anos, cursando o 6°. ano do ensino fundamental. Todas foram atendidas pelo projeto de extensão “Orientação à queixa escolar à luz da Teoria Histórico-Cultural” da X no período de 2020/2021, de modo remoto. Foi realizada entrevista semiestruturada, individual no Centro de Estudos Aplicados em Psicologia (CEAPSI). A análise foi feita com base nos núcleos de significação, tendo como referencial teórico a Teoria Histórico-Cultural. Foram elegidos três núcleos: 1) Percepções sobre as aulas e atividades remotas e as implicações destas no processo de ensino-aprendizagem; 2) A mediação realizada durante o ensino remoto; 3) Implicações do projeto de OQE no processo de escolarização em tempo pandêmico. As narrativas enfocam um processo de ensino-aprendizagem deficitário e ainda mais complexo, devido à transposição abrupta do ensino presencial para o remoto. Torna-se preponderante a ampliação das investigações sobre o tema, atentando-se às vivências das próprias crianças e compreendendo o processo de escolarização de maneira ampla, crítica e em sua totalidade com a realidade concreta.</p> Maria Carolina Ferreira Tosta Janaina Cassiano Silva Copyright (c) 2024 Revista Temas em Educação https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-05-21 2024-05-21 33 1 rte331202444 10.22478/ufpb.2359-7003.2024v33n1.66162 O uso de Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDIC) durante o Ensino Remoto em uma rede pública municipal https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/rteo/article/view/69559 <p>O Ensino Remoto foi uma mudança temporária de ensino que utilizou as TDIC como forma alternativa para transmissão do conhecimento. Desse modo, o objetivo geral deste trabalho foi identificar os usos das TDIC durante o Ensino Remoto. Foram sujeitos da pesquisa 179 professores, da Educação Infantil e Ensino Fundamental I, de uma Rede Municipal de Educação do Estado do Paraná. Este estudo se caracteriza como pesquisa de cunho qualitativo com objetivo exploratório e descritivo. Como instrumento de coleta de dados foi utilizado um questionário online. Observamos que as medidas adotadas pela rede para implementação do Ensino Remoto são focadas no processo de transmissão do conteúdo. As TDIC foram trabalhadas, nesse período, principalmente, através da produção e encaminhamento de vídeos. E o novo panorama educacional gerado pela pandemia de covid-19 e a implementação do Ensino Remoto revela uma mudança na percepção dos professores sobre as TDIC na educação.</p> Leticia Rayla Pereira da Silva Sônia Cristina Soares Dias Vermelho Copyright (c) 2024 Revista Temas em Educação https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-07-02 2024-07-02 33 1 rte331202456 10.22478/ufpb.2359-7003.2024v33n1.69559 Análise de uma proposta de estratégia de ensino baseada em uma metodologia ativa na formação de professores de Química, Física e Biologia https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/rteo/article/view/69536 <p>Objetivou-se, nesse estudo, analisar a percepção de professores em formação em relação a estratégia de ensino fundamentada em metodologias ativas. Realizou-se uma pesquisa qualitativa, desenvolvida em três etapas em uma universidade federal, em que foram analisadas as percepções de 42 estudantes de três cursos de licenciatura (Química, Física e Biologia). Os relatos evidenciaram que os estudantes expressaram percepções positivas sobre a experiência e reconheceram que as metodologias ativas estimulam o protagonismo do estudante, promovendo uma aprendizagem contextualizada e a interação entre pares. Vislumbra-se a importância de estimular e capacitar os futuros professores quanto ao uso de metodologias ativas em suas áreas de conhecimento, de modo a favorecer sua práxis e oportunizar uma aprendizagem mais significativa na área de formação.</p> Marconi dos Santos Ribeiro Júnior Bruno Silva Leite Copyright (c) 2024 Revista Temas em Educação https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-06-11 2024-06-11 33 1 rte331202452 10.22478/ufpb.2359-7003.2024v33n1.69536 Processo de seleção da assistência estudantil: https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/rteo/article/view/65100 <p>O processo seletivo para a assistência estudantil universitária é complexo, pois demanda equilíbrio entre os aspectos objetivos e subjetivos na difícil missão de diferenciar os estudantes em vulnerabilidade socioeconômica. Além do investimento expressivo à assistência estudantil, a efetividade desse processo afeta as taxas de evasão da universidade. Trata-se de um tema específico e muito pouco abordado na literatura. O objetivo do trabalho é discutir o processo de seleção da assistência estudantil da Universidade de Brasília. Para tanto, os motivos de desclassificação dos estudantes, apresentados em 776 processos, foram avaliados por meio de pesquisa documental. Os resultados indicaram que 1/3 dos estudantes declararam estar em vulnerabilidade socioeconômica, porém foram desclassificados do processo. Os resultados ensejam reflexões sobre a complexidade e tentativas de fraudes do processo seletivo, questões essas que podem acabar excluindo estudantes que realmente precisam dos programas oferecidos pela assistência estudantil da Universidade de Brasília. <strong> </strong></p> Marília de Faria Ferreira Alexandre Nascimento de Almeida Copyright (c) 2023 Revista Temas em Educação https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2023-12-21 2023-12-21 33 1 rte331202419 10.22478/ufpb.2359-7003.2024v33n1.65100 O impacto das discrepâncias socioeconômicas no desempenho acadêmico: uma comparação entre metodologia ativa e tradicional https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/rteo/article/view/70284 <p style="font-weight: 400;">Alunos com baixa renda possuem acesso as universidades por meio dos sistemas de cotas, o FIES ou bolsas do programa Universidade para Todos. Estas políticas ampliaram o acesso da população ao ensino superior e alunos de diferentes realidades socioeconômicas são observados nas salas de aula. Com a migração do ensino tradicional para metodologias ativas torna-se necessário entender até que ponto essas discrepâncias socioeconômicas interferem no desempenho do aluno nas práticas deste método. O objetivo deste trabalho é comparar a metodologia ativa e tradicional em alunos com diferentes perfis socioeconômicos, com ou sem acesso à internet de universidades públicas e particulares. Duzentos e quatro alunos participaram da pesquisa, divididos em 2 grupos que foram submetidos a metodologia ativa e a metodologia tradicional de ensino. Em seguida, os alunos realizaram um teste de conhecimento e responderam a um questionário socioeconômico para identificação das possíveis variáveis que possam interferir no aprendizado por meio dessas metodologias. O ensino por metodologia tradicional promoveu melhor desempenho nos alunos da IES particular, não houve diferença estatística para o tipo de metodologia empregada em alunos de IES pública. O acesso à internet impactou os alunos submetidos à metodologia ativa, mas o mesmo fenômeno não se observou no grupo de metodologia tradicional. Concluímos que o acesso à internet é importante para a eficácia da metodologia ativa, sem impacto na metodologia tradicional. Os alunos de IES particular apresentaram melhor desempenho na metodologia tradicional, mas não houve diferença entre metodologia ativa e tradicional para os alunos de IES pública.</p> Vanessa Novaes Barros Kátia Simone Kietzer Liberti Copyright (c) 2024 Revista Temas em Educação https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-09-05 2024-09-05 33 1 rte331202457 10.22478/ufpb.2359-7003.2024v33n1.70284 O programa residência pedagógica e a inclusão: https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/rteo/article/view/65451 <p>O Programa Residência Pedagógica (PRP) visa, dentre outros objetivos, o aperfeiçoamento da formação e o contato efetivo com o contexto educacional no qual o(a) licenciando(a) irá atuar. Assim, com base no exposto, objetivamos: investigar como as práticas propostas no âmbito do PRP, a partir da pesquisa crítica de colaboração, podem suscitar o desenvolvimento de experiências inclusivas. O referencial teórico está pautado nas teorizações da psicologia sócio-histórica, com base em Vigotski e outros(as) autores(as). Outrossim, ainda com base na pesquisa do tipo colaborativa, utilizamos de sessões reflexivas individuais e coletivas, via <em>Meet</em>, com gravação em áudio e vídeo, com o total de 13 participantes, entre os meses de fevereiro e abril de 2022, vinculados a duas escolas campo do PRP, situadas no nordeste brasileiro, com análise de conteúdo temática. O <em>corpus</em> empírico aponta para o reconhecimento da exclusão vivenciada pelo estudante Público-Alvo da Educação Especial (PAEE) nas escolas campo do PRP. Em suma, as práticas propostas no âmbito do PRP, a partir da pesquisa crítica de colaboração, foram importantes, mas não suficientes para suscitar o desenvolvimento de experiências inclusivas no PRP.</p> Samara Cavalcanti da Silva Neiza de Lourdes Frederico Fumes Copyright (c) 2023 Revista Temas em Educação https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2023-12-21 2023-12-21 33 1 rte331202418 10.22478/ufpb.2359-7003.2024v33n1.65451 Práticas formativas do pesquisador no contexto dos cursos de Pós-Graduação Stricto sensu em Educação na Bahia https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/rteo/article/view/66287 <p>O presente artigo apresenta resultados de pesquisa cujo objetivo consistiu em analisar práticas de formação do pesquisador em educação nos programas de pós-graduação <em>stricto sensu</em> no Estado da Bahia. Partiu das percepções de professores sobre o processo de formação de mestrandos e doutorandos. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, que teve como campo empírico os programas acadêmicos de pós-graduação em educação vinculados ao sistema superior estadual de educação da Bahia. Os informantes da pesquisa foram professores que ministram disciplinas voltadas ao ensino de método e metodologias de pesquisa em educação e que atuam como orientadores de pesquisa nos referidos programas. Como técnica para produção de dados, foi aplicada a entrevista semiestruturada. Para a análise e interpretação dos dados obtidos, foi utilizada a técnica da Análise de Conteúdo. Os resultados indicam como principais práticas formativas na pós-graduação <em>stricto sensu</em>: a iniciação científica, os grupos de pesquisa e a orientação. Apontam para dificuldades na formação do pesquisador, que não surgem exclusivamente na pós-graduação <em>stricto sensu</em> em educação, mas que teriam origem na graduação ou até mesmo na educação básica. Os resultados apontam, ainda, para a necessidade de se fortalecer a formação epistemológica do investigador científico no campo educacional.</p> Andréia Ruas Yano Nilma Margarida de Castro Crusoé Copyright (c) 2024 Revista Temas em Educação https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-05-10 2024-05-10 33 1 rte331202413 10.22478/ufpb.2359-7003.2024v33n1.66287