Blaise Pascal: desejo e divertimento como fuga se si mesmo na antropologia pascaliana
DOI:
https://doi.org/10.22478/ufpb.2317-0476.2017v7n1.32675Palavras-chave:
desejo, divertimento, misérias existenciais, condição insustentável, insatisfação.Resumo
Este artigo tem como objetivo trazer à tona e refletir sobre os conceitos pascalianos de desejo e divertimento como categorias antropológicas, que nos ajuda a entender melhor a necessidade (desejo) e a busca permanente pela agitação (divertimento) como marcas do desvio da nossa condição insustentável. Pascal interpreta o divertimento como manobras para desviar o pensamento das nossas misérias existenciais, das nossas múltiplas insuficiências, da nossa incapacidade de nos manter em repouso, mas também podemos interpretá-lo como sendo uma condição essencial do homem que impede o acesso ao momento e à eternidade. Portanto, se há um conceito que Blaise Pascal reinventou de forma original, é o divertimento, visto como todos os estratagemas usados pelo homem visando à fuga de si mesmo. Esta condição de insatisfação dos nossos desejos e da eterna procura pelo divertimento é precisamente a contingência da nossa existência inautêntica e miserável.Downloads
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Publicado
2017-06-08
Edição
Seção
Artigos: Temática Livre