NARRATIVA MÍTICA DO SUJEITO PANTANEIRO: UMA LEITURA SEMIÓTICA
Resumo
O Pantanal, região bastante antiga no estado do Mato Grosso do Sul, situado em Corumbá, município que ocupa um território de 64.968,84 km2, limita-se a oeste com a Bolívia e ao norte com o Estado de Mato Grosso. É nesse lugar que possui como presença constante os pantaneiros que surgiram episódios, contos, causos e personagens, em diferentes momentos da história, embalados pelo movimento do rio Paraguai e pelas sombras desse bioma que povoaram e povoam, ainda hoje, o imaginário popular. Esse imaginário transformou essa região em cenário de grandes fatos míticos. Como o Pantanal possui várias sub-regiões, optamos somente por uma delas, Nhecolândia. Isso se deve ao fato de essa localidade haver se tornado espaço para um campo fértil de crenças, superstições, fatos sobrenaturais no imaginário popular. Os animais, nesse espaço, também adquirem importante papel nas narrativas orais e, figuras míticas povoam o imaginário popular, de vários grupos e indivíduos. Nesse contexto, é possível afirmar que as narrativas míticas, ainda, estão bastante presentes na cultura e na criação da identidade do sujeito pantaneiro. Assim, nossa pesquisa investiga o suporte ideológico que dá sustentação às práticas discursivas inscritas historicamente no discurso mítico, além de descrever e explicar a relação entre mitologia e a realidade desse povo. Com base nos pressupostos teóricos da semiótica discursiva francesa e em seus seguidores, tais como Fiorin (2006) e Barros (2005), recorremos aos conceitos de tematização e figurativização, para analisar a narrativa “O causo do peão que duvidava do Pai-da-mata”que compõe nosso corpus. Observamos a criação de um universo mítico, onde o real e o imaginário entrelaçam-se formando uma rede de relatos característicos do espaço em que vivem.
Downloads
Downloads
Edição
Seção
Licença
Declaração de Direito Autoral
Os artigos submetidos a revista Acta Semiotica et Lingvistica estão licenciados conforme CC BY. Para mais informações sobre essa forma de licenciamento, consulte: http://creativecommons.org/licenses/by/4.0
A disponibilização é gratuita na Internet, para que os usuários possam ler, fazer download, copiar, distribuir, imprimir, pesquisar ou referenciar o texto integral dos documentos, processá-los para indexação, utilizá-los como dados de entrada de programas para softwares, ou usá-los para qualquer outro propósito legal, sem barreira financeira, legal ou técnica.
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão para publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.