INVENTAR OBJETOS OU REIFICAR A SI MESMO? O CASO DOS LINCHAMENTOS INVENTING OBJECTS OR REIFY YOURSELF? THE CASES OF LYNCHINGS
DOI:
https://doi.org/10.22478/ufpb.2446-7006.2017v22n1.36008Resumo
RESUMO: Nesse artigo, temos o escopo de problematizar o ato de “produção científica”, exatamente como o termo sugere, algo construído/inventado pela figura de quem escreve. Entendemos que não há realidade, sociedade, estado, lei, povo em si, mas antes nós construímos “o mundo” à nossa ilusão de imagem e semelhança. Desse modo, qualquer campo do cotidiano ou das chamadas ciências, ou mesmo da filosofia são sempre fruto de uma significação e simbolização do humano, pois que as “representações/apresentações”, inclusive as ciências ditas exatas são passíveis, antes de mais nada, de negações, acréscimos ou reconfigurações. A metodologia trata-se de um estudo qualitativo e de analise de discurso. Entendemos que não há objeto em si, como também é preciso problematizar a perspectiva metodológica a partir da qual norteamos nosso conhecimento. Tanto o “fato”, quanto a teoria e o método que utilizamos para construí-lo/recortá-lo, são o resultado de uma escolha e bricolagem do pesquisador, desse modo, nem quantitativo, nem qualitativo, nos garantem/fornecem bases para construirmos análises objetivas ou subjetivas estrito senso. De fato, o emergente na produção de ciência não nos parece ser o modo como fizemos, ou por que fizemos, mas antes, como narramos o quê e como fizemos, ou seja, a arte e valor da produção científica está antes de mais nada na qualidade persuasiva do texto e não em nenhuma pretensa verdade teórica, metodológica ou empírica pois os dados são forjados/construídos, “tratados” pelo pesquisador.
PALAVRAS-CHAVE: Ciência. Objeto. Invenção. Linchamento.
ABSTRACT: This paper, we have the scopus of problematizes the act of “scientific production”, as the term suggest, something build/invented by the persona who writes. We understand that there is no reality, society, state, law, people in them, but rather we construct "the world" as our illusion of image and likeness. Thus any field of daily life or so-called sciences, or even of the philosophy always are product of a meaning and human symbolization, because "representations / presentations", even the so-called exact sciences, are primarily capable of negations, additions, or reconfigurations.The methodology is a qualitative study and discourse analysis. We assume that there is no object in itself, as we must also problematize the methodological perspective from which we guide our knowledge. Both the "fact" and the theory and method used to construct / edit are the result of a choice and bricolage of the researcher, in this way, neither quantitative nor qualitative, guarantee/ provide us the bases for constructing subjective or objective strict sense analyses. In fact, the emergence in the production of science does not seem to be the way how we did, or why we did, but rather, how we narrated what and how we did. In other words, the art and value of scientific production is first of all on the persuasive quality of the text and not in any pretended theoretical, methodological truth or empirical data, because the data are forged / constructed, "treated" by the researcher.
KEY-WORDS: Science. Object. Invention. Lynching.
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