A NATUREZA LÓGICA E SEMIÓTICA DOS SIGNOS DE PRIMEIRIDADE THE LOGICAL AND SEMIOTIC NATURE OF THE ‘PRIMEIRIDADE’ SIGNS

Autores

  • André Luiz Ming GARCIA Universidade de São Paulo-USP

DOI:

https://doi.org/10.22478/ufpb.2446-7006.2017v22n1.36049

Resumo

Resumo: Em diversas ocasiões, Charles |Sanders Peirce afirmou que os únicos tipos de signos realmente genuínos seriam os de terceiridade (símbolo, legi-signo e argumento), uma vez que consistem em signos que representam algo distinto deles mesmos, e também porque todos os elementos que os compõem (representamen, objeto e interpretante) podem ser de natureza sígnica. Em sua correspondência com Lady Welby, entretanto, Peirce afirmou ter rebaixado o grau de abstração de suas reflexões com vistas a torná-las mais palatáveis e compreensíveis. Tendo em vista a afirmação peirceana de que tudo, inclusive o homem, é signo, argumenta-se neste argumento que signos de primeiridade (ícones, quali-signos e remas) não são apenas quase-signos, mas signos com propriedades e estofo ontológico e lógico complexo e de extrema validez para a análise da arte, sobretudo aquela ensimesmada, autorreferencial e abstrata, que discursa sobre si mesma e suas qualidades. Como exemplos, serão utilizadas obras de arte visual e o livro ilustrado para ilustrar a argumentação.

Palavras-chave: Semiótica; signos; primeiridade; Charles Sanders Peirce

Abstract: On several occasions, Sanders Peirce stated that the only truly genuine types of signs would be those of thirdness (symbol, legi-sign and argument), since they consist of signs that represent something distinct from themselves, and also because all the elements that compose them (representamen, object and interpretant) can be of a symbolic nature. In his correspondence with Lady Welby, however, Peirce claimed to have lowered the degree of abstraction of his reflections in order to make them more palatable and comprehensible. In view of Peirce's assertion that everything, including man, is a sign, it is argued in this argument that signs of firstness (icons, quali-signs and remas) are not only quasi-signs, but signs with ontological and logical complexity and are extremely valid for the analysis of art, especially that of self-referential, and abstract nature, which speaks about itself and its qualities. As examples, works of visual art and the illustrated book will be used to illustrate the argumentation.

Keywords: Semiotics; Signs; Firstness; Charles Sanders Peirce

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Publicado

2017-10-24