A CONTRAJUNÇÃO SEMIÓTICA NA OBRA DE RENÉ MAGRITTE

Autores

  • José Alexandre Cavalcante de Miranda Universidade Federal da Paraíba UFPB/Programa de Pós-graduação em Letras-PPGL
  • Maria de Fátima Barbosa de Mesquita Batista Universidade Federal da Paraíba - UFPB / PPGL - Programa de Pós-graduação em Letras

DOI:

https://doi.org/10.22478/ufpb.2446-7006.2019v24n1.49256

Palavras-chave:

SEMIÓTICA, MAGRITTE, SURREALISMO

Resumo

O Surrealismo foi uma escola estética de grande importância para a História da Arte ocidental. Mesmo sendo uma arte que protestava contra as crises provocadas pelos sistemas burgueses, isso não diminuiu sua força expressiva e influência sobre outros países, incluindo o Brasil. Iniciado em Paris, logo após a primeira Grande Guerra, este movimento artístico contaria com um pintor belga de enorme expressividade: René Magritte. O presente trabalho busca observar sob a ótica de três escolas da Semiótica apenas uma estratégia utilizada por Magritte para quebrar o jogo de representação do real, a qual daremos o nome de contrajunção. Para tanto, analisaremos três quadros do pintor em questão. Os signos analisados não são verbais e, portanto, a contrajunção que esperamos demonstrar ocorre por elementos e estratégias distintas da linguagem verbal.

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Biografia do Autor

José Alexandre Cavalcante de Miranda, Universidade Federal da Paraíba UFPB/Programa de Pós-graduação em Letras-PPGL

Aluno de Mestrado na linha de pesquisa Estudos Semióticos do PPGL / UFPB

Maria de Fátima Barbosa de Mesquita Batista, Universidade Federal da Paraíba - UFPB / PPGL - Programa de Pós-graduação em Letras

Professor Titular da Universidade Federal da Paraíba, Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq- Nível 2. Concluiu o doutorado em Semiótica e Linguística Geral pela USP. É Pós doutora em Semiótica das Culturas pelo Institut Nationale des Langues Orientales INALCO - Paris; em Semântica Proxêmica pela Universitè Paris VIII - Saint Dennis e em Semiótica pela Universidade Federal da Bahia. Possui Mestrado e Especialização em Língua Portuguesa pela UFPB onde atua no Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas e no Programa de Pós graduação em Letras, ministrando as disciplinas: Língua Portuguesa (na graduação), História do Pensamento Semiótico, Sociossemiótica, Semiótica e Literatura Popular (na pós graduação). Coordenou o Programa de Pesquisa em Literatura Popular PPLP da UFPB.

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L’assassin menacé
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Les amants
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La reproduction interdite (Portrait d’Edward James)
Óleo sobre tela, 79 x 65,5 cm
Roterdão, Museum Boymans-van Beuningen

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Publicado

2019-11-21