REGIMES DE INTERAÇÃO EM “PENÉLOPE”, DE JOÃO DO RIO
DOI:
https://doi.org/10.22478/ufpb.2446-7006.45v26n1.57743Palavras-chave:
Regimes de interação; Restrições semióticas; AcidenteResumo
O artigo analisa o conto “Penélope”, de João do Rio, sob o ponto de vista dos regimes de interação e do jogo das restrições semióticas. Pretende-se responder à pergunta: Como se dá a interação entre os sujeitos e que sentidos daí emergem? O corpus é constituído pelo conto “Penélope”, que faz parte do livro A mulher e os espelhos, cuja primeira edição é de 1919. A fundamentação teórica conjuga os estudos da Sociossemiótica de Eric Landowski sobre os regimes de interação com os de Greimas e Rastier sobre os modelos do sistema das relações sexuais. No conto, o regime de interação que prevalece é o do acidente. Um acontecimento aleatório cruza os percursos de sujeitos cuja interação será pautada pelo risco puro. Do ponto de vista das restrições semióticas, as pulsões individuais (valores da natureza, euforizados) são afirmados, sobrepondo-se às coerções sociais (valores da cultura, disforizados). Com fundamento nos modelos do sistema das relações sexuais propostos por Greimas e Rastier, mostra-se que as relações sexuais entre os sujeitos são compatíveis no modelo dos valores individuais, mas incompatíveis nos modelos social e econômico.
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Referências
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