A PAIXÃO DO AMOR ENUNCIADA EM FRAGMENTOS DE UM DISCURSO AMOROSO, DE ROLAND BARTHES
DOI:
https://doi.org/10.22478/ufpb.2446-7006.46v27n1.62419Palavras-chave:
discurso, enunciação, paixãoResumo
A linguagem do sujeito amoroso é composta e enunciada por discursos, denominados como figuras por Barthes; estas, acionadas no imaginário do sujeito, evocam sentidos múltiplos de reconhecimento, de vivência experimentada. Nos Fragmentos, o sujeito amoroso é o sujeito apaixonado representado por várias vozes repercutidas em toda a obra, em ecos e ressonâncias plenos de paixão. Para a semiótica, em uma abordagem inicial, temos as paixões, vistas a partir da semântica narrativa, como efeitos de sentido de qualificações modais que transformam o sujeito de estado. Na organização das estruturas modais, o sujeito pode estar modalizado por um querer, um poder, um dever ou um saber, permitindo que o objeto desejado torne o sujeito desejoso. Além desses pontos, a fundamentação teórica utilizada para este trabalho baseia-se em estudos desenvolvidos na semiótica discursiva e seus desdobramentos referentes à enunciação. Nessa empreitada, analisaremos o nível discursivo, o qual situa uma narrativa no tempo e no espaço, e o narrativo, com os actantes (sujeitos, objetos, destinadores e destinatários da narrativa), que se tornam atores do discurso; do primeiro, abordaremos também os procedimentos sintáticos de temporalização, espacialização e actorialização e os semânticos de tematização e figurativização, focalizando os efeitos de sentido desse discurso da paixão.
Palavras-chave: discurso; enunciação; paixão.
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