APLICAÇÃO DA NOBRADE NOS ARQUIVOS PÚBLICOS MUNICIPAIS

Autores

  • Juliana Pinheiro Farias UNB
  • Cynthia Roncaglio UNB

Palavras-chave:

Descrição arquivística. Arquivos públicos municipais. Normas de descrição.

Resumo

A descrição é uma atividade fundamental na organização e no tratamento de documentos de arquivo. No final dos anos 1980, sob a iniciativa do Conselho Internacional de Arquivos (ICA), tiveram início estudos, em âmbito internacional, visando à construção de uma norma internacional de descrição arquivística, conhecida como ISAD(G). A partir desta norma, foi elabora a Norma Brasileira de Descrição Arquivística (NOBRADE), publicada em dezembro de 2006. Esta pesquisa consiste em identificar e analisar os arquivos públicos municipais que aplicam a NOBRADE na descrição de seus acervos. Trata-se de uma pesquisa descritiva e qualitativa, baseada na elaboração de um questionário estruturado com informações sobre ao perfil da instituição, características do acervo e da aplicação da NOBRADE para a descrição dos documentos. Os resultados da pesquisa demonstraram a dificuldade de conhecer o universo de arquivos públicos municipais que utilizam a NOBRADE, em virtude da pouca transparência dessas instituições em relação à sua própria existência. Concluiu-se, com base no universo pesquisado, que os arquivos púbicos municipais, de modo geral, parecem ter um longo caminho a percorrer para alcançar a sistematização e padronização da descrição arquivística, embora venham fazendo esforços e considerem a NOBRADE de fundamental importância para a atividade de descrição.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Juliana Pinheiro Farias, UNB

Graduanda do Curso de Arquivologia da Faculdade de Ciência da Informação da Universidade de Brasília e do Programa de Iniciação Científica da Universidade de Brasília ( ProIC/DPP/UnB/2013-2014).

 

Cynthia Roncaglio, UNB

Profa. Dra. Docente do Curso de Arquivologia e do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação da Faculdade de Ciência da Informação da Universidade de Brasília. Diretora do Arquivo Central (ACE) da Universidade de Brasília (UnB)

Referências

ARQUIVO NACIONAL. Acervo, v. 20, n.1-2 Rio de Janeiro, jan./dez.2007.

BELLOTTO, Heloísa L. Arquivos permanentes: tratamento documental. 2. Ed. Rio de Janeiro: FGV, 2004.

BEYEA, Marion. A favor das normas para a prática arquivística. In: ARQUIVO NACIONAL. Acervo, v. 20, n.1-2 Rio de Janeiro, jan./dez.2007, p.31-38.

CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVO (CONARQ). Constituição da República Federativa do Brasil (Excertos). Disponível em: <http://www.conarq.arquivonacional.gov.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?sid=51>. Acesso em: 09 jul.2014.

BRASIL. Lei 8159, de 8 de janeiro de 1991. Dispõe sobre a política nacional de arquivos públicos e privados e dá outras providências. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/Leis/L8159.htm. Acesso em: 08 jul.2014.

CÂMARA técnica de normalização da descrição arquivística. Norma Brasileira de Descrição Arquivística (NOBRADE). Rio de Janeiro: Conselho Nacional de Arquivos, 2006.

CAMARGO, Ana Maria de Almeida e BELLOTO, Heloísa Liberalli (Coord.). Dicionário de Terminologia Arquivística. São Paulo: Associação dos Arquivistas Brasileiros, Núcleo Regional de São Paulo; Secretaria de Estado e Cultura, 1996.

CONSELHO INTERNACIONAL DE ARQUIVOS (ICA). ISAD (G): norma geral internacional de descrição arquivística. 2.ed. Trad. Vitor Manoel Fonseca et al. Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 2000.

COUTURE, Carol, ROUSSEAU, Jean-Yves. Os fundamentos da disciplina arquivística. Lisboa: Publicações Dom Quixote, 1998.

DIRETRIZES gerais para a construção de websites de instituições arquivísticas. Rio de janeiro: Conselho Nacional de Arquivos, 2000. Disponível em: <20http://www.conarq.arquivonacional.gov.br/Media/publicacoes/diretrizes_para_a_construo_de_websites.pdf>. Acesso em 09 jul.2014.

FONSECA, Maria Odila. Direito à informação: acesso aos arquivos públicos municipais. Rio de Janeiro. 1996. Dissertação (Mestrado) em Ciência da Informação. Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia/Universidade Federal do Rio de Janeiro).

LLANES-PADRON, Dunia. La DescripciónArchivística: un antes y undespués marcado por Isad(g) y los nuevos paradigmas archivísticos. In: VALENTIM, Marta Lígia Pomim (Org.). Estudos avançados em Arquivologia. Marília: Oficina Universitária. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2012.

LOPES, Cléo Belicio. Descrição arquivística: diferenças e divergências terminológicas sobre os instrumentos de pesquisa. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, 2009. Monografia (Graduação) apresentada ao Curso de Arquivologia da Faculdade de Biblioteconomia e Comunicação, Departamento de Ciências da Informação).

OLIVEIRA, Lucia Maria Velloso de. Descriçao e pesquisa: reflexões em torno dos arquivos. Rio de Janeiro: Móbile Editorial, 2012.

_______. Os usuários da informação arquivística. Revista Arquivo e administração. Rio de Janeiro, v. 5, n. 2, jul/dez 2006.

Downloads

Publicado

30-06-2015

Como Citar

FARIAS, J. P.; RONCAGLIO, C. APLICAÇÃO DA NOBRADE NOS ARQUIVOS PÚBLICOS MUNICIPAIS. Archeion Online, [S. l.], v. 3, n. 1, p. 65–76, 2015. Disponível em: https://periodicos.ufpb.br/index.php/archeion/article/view/24778. Acesso em: 3 dez. 2024.

Edição

Seção

Relatos de Pesquisa