MULHERES QUILOMBOLAS: MEMÓRIA É ACERVO DE NOSSA HÍSTÓRIA

Autores

  • Maria José dos Santos Universidade Federal de Pernambuco - UFPE, Núcleo de Estudos e Pesquisas Afrobrasileira - UFPE.

Resumo

RESUMO Este artigo resalta a participação das mulheres na história da Comunidade Quilombola, das Onze Negras, no Município do Cabo de Santo Agostinho, situado no litoral pernambucano. Quilombolas que trazem registrado no corpo e na memória as contribuições na construção e reconhecimento da comunidade. Histórias estas que por anos ficaram guardadas, como se fossem um acervo para que na primeira oportunidade servissem de providência na defesa de seu povo e na vigilância da cultura deixada por seus antepassados. O referido artigo é resultado do desmembramento de pesquisas anteriores da dissertação de mestrado. Tendo utilizado como método de pesquisa fundamenta-se na história de vida das mulheres, centrando-se, dessa forma, na história oral, na perspectiva de Paul Thompson e Isaura Queiroz, especialmente por valorizar e possibilitar uma percepção mais profunda das dimensões da experiência de vida das mulheres quilombolas. A pesquisa preocupou-se em situar historicamente, em particular, o quilombo das Onze Negras do Cabo de Santo Agostinho. Utilizo ainda como bibliografia fontes etnográficas e relatos das mulheres. Este estudo mostra como as mulheres das Onze Negras superaram as barreiras do racismo, discriminação e preconceito, acreditando no potencial da ação coletiva, heranças de seus antepassados que hoje servem de fundamento na preservação da história de sua comunidade. Palavras Chaves: Quilombolas, memória, Onze Negras.

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Biografia do Autor

Maria José dos Santos, Universidade Federal de Pernambuco - UFPE, Núcleo de Estudos e Pesquisas Afrobrasileira - UFPE.

Maria José dos Santos. Natural de Maceió, AL. Graduada em PEDAGOGIA pelo Centro Universitário de João Pessoa - UNIPÊ (2001). Especialista em PSICOPEDAGOGIA - Faculdade Integrada de Patos (FIP). É MESTRE em Educação: História, Política, Sociedade, pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo-PUC/SP (2012). Coordenou o projeto de Inclusão/Protagonismo Infanto-Juvenil, contribuiu na Formação de Estudantes, Professores e Gestores da Secretaria Municipal de Educação e Cultura João Pessoa - PB, participou do Grupo de Pesquisa de Extensão Universitária (EXTELAR) na UFPB. É Pesquisadora do Núcleo de Pesquisa e Estudos Afro-Brasileiro – NEAB da UFPE e integrante da Rede de Educadores Populares do Nordeste, Agentes de Pastorais Negros (APNS). Ex-bolsista do Programa Internacional de Bolsas da Fundação Ford. Têm experiência na área de Educação Étnico Raciais e Popular, o cotidiano escolar, a prática docente, Políticas educacionais, Comunidades Quilombolas Rurais e Urbanas, Cultura Afrobrasileira. Atualmente reflete sobre a Educação Étnico Racial, Gênero, Políticas Públicas, Oralidade no registro das culturas e as Práticas pedagógicas no Ensino Público. Este artigo é resultado de um dos capítulos da dissertação do Mestrado defendida em Fevereiro de 2012.

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Publicado

2013-03-01

Edição

Seção

História, Memória e Diáspora Africana