PARA ALÉM DA CURVA: UMA ANÁLISE PÓS-COLONIAL DO CONTO “NO RIO, ALÉM DA CURVA”, DE MIA COUTO

Autores

  • Juliana Goldfarb Oliveira UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
  • Gabriela de Souza Arruda
  • Maria Cristhiane Alves Estevão

Resumo

Este trabalho tem como principal objetivo analisar o conto “No Rio, além da curva”, que compõe a obra Estórias Abensonhadas, do escritor moçambicano Mia Couto. O conto é fortemente marcado por elementos fantásticos e se assemelha a uma narrativa oral, característica comum à cultura africana. Nesse “causo”, ao se deparar com um enorme hipopótamo, o milícia Jordão Qualquer reflete acerca de sua relação de (não) identificação com a cultura moçambicana. “No rio, além da curva” foi publicado em 1994, apenas dois anos após o fim da guerra civil de Moçambique, e traz, nas entrelinhas, algumas marcas deixadas por esse período, porém o conto extrapola o alcançável e nos mostra que além da curva há esperanças de um renascer. A partir de uma análise segundo a teoria pós-colonial, pode-se inferir que o protagonista representa o colonizado, que é oprimido de modo a não reconhecer-se em sua própria terra, e o hipopótamo simboliza toda uma cultura marginalizada e devastada por explorações e guerras. Para embasar tal análise, utilizaremos como aporte teórico Fanon (2008), Lopes (2004) e Bonnici (2005). O trabalho é subdividido em três seções, abordando os elementos estruturais da narrativa, a contextualização sócio histórica do conto/autor e, por fim, a simbologia do hipopótamo para a crítica pós-colonial. Palavras-chave: “No Rio, além da curva”, “teoria pós-colonial”, “literatura moçambicana”

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Biografia do Autor

Juliana Goldfarb Oliveira, UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

Graduanda em Letras - Português.

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Publicado

2013-03-01

Edição

Seção

Literaturas Africanas e da Diáspora Negra