A tradução de elementos da vegetação sertaneja de Vidas Secas, de Graciliano Ramos, para inglês em Barren Lives
Resumo
Este trabalho visa apresentar discussões acerca da tradução de elementos da vegetação do sertão na obra Vidas Secas, de Graciliano Ramos, para a língua inglesa. Para tanto, buscamos: i) Identificar escolhas na tradução de elementos específicos da vegetação do sertão na narrativa; ii) Descrever as mudanças e apagamentos sofridos na tradução dos nomes de plantas do sertão; iii) Discutir as implicações das mudanças e apagamentos identificados na tradução em termos de transferências entre línguas e cultura. A teoria está fundamentada nos estudos de Venuti (1995), Espagne (2012), Levý (2004), Reiss (2004), Britto (2016) e Aixelá (2013). Metodologicamente, realizamos um estudo descritivo sobre a obra original e sua tradução, baseados nas teorias da tradução literária, observando Estrangeirização e Domesticação, escolhas do tradutor e a tradução de artefatos culturais. Na pesquisa levanta-se questões que envolvem as transferências culturais, considerando o contexto de produção da obra e da tradução da obra. O corpus da pesquisa é constituído por recortes da obra Vidas secas (1938), escrita originalmente em português brasileiro e sua respectiva tradução para o inglês, Barren Lives (1999), realizada por Ralph Edward Dimmick. Os resultados apontam para as variações na tradução de elementos da vegetação do sertão, que ora são traduzidos para o inglês, ora são mantidos em português e ora são omitidos mesmo quando há equivalentes no inglês. Essa variação de escolhas na tradução mostra um grau de hibridização considerando o contexto de origem da obra Vidas Secas e de chegada da tradução Barren Lives.Downloads
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Publicado
2020-04-28
Edição
Seção
Entrad2019: Circulação de Traduções e Transferências Culturais