Afinal, a quem interessa Línguas Para Fins Tradutológicos?

Autores

  • Pedro Paulo Nunes da Silva

Resumo

Línguas para fins específicos (LinFE) surge após a Segunda Guerra Mundial devido a necessidades, desejos e lacunas de alunos por motivos laborais, com um propósito de ofertar ensino-aprendizagem de línguas adequado para atender tais demandas advindas de contextos sociais, linguístico-culturais e laborais desse período histórico (DUDLEY-EVANS; ST. JOHN, 1998; HUTCHINSON; WATERS, 1987). No Brasil, a abordagem teve fôlego inicial com o Projeto ESP a partir do ensino-aprendizagem de inglês acadêmico, atendendo às distintas demandas universitárias daquela época (CELANI, 2009). Na formação de tradutores, por sua vez, há o ensino-aprendizagem de línguas (HURTADO ALBIR, 1999) e, conforme Ramos (2008), todo ensino-aprendizagem de línguas pode envolver LinFE, dado que todo docente se utiliza, em alguma medida, de princípios dessa abordagem. Assim, há a possibilidade de utilização de LinFE para o ensino-aprendizagem de línguas na formação de tradutores, a qual intitulo de línguas para fins tradutológicos (LinFTra). Neste trabalho, portanto, questiono-me a quem interessa LinFTra a partir de uma análise documental de projetos pedagógicos de curso em universidades brasileiras públicas que ofertam a formação inicial de tradutores, analisando se os títulos e as ementas dos componentes curriculares de ensino-aprendizagem de línguas abrangem, como num espectro, desde LinFTra até línguas para fins gerais.

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Publicado

2024-10-15