As encruzas do Jarê na tradução de Torto Arado

Autores

  • Germana H. Pereira

Resumo

Esta comunicação propõe uma leitura crítica do romance Torto Arado, de Itamar Vieira Júnior, destacando como a obra mergulha na herança africana não apenas em aspectos culturais pontuais, mas em todo o processo de construção narrativa. O foco é o universo do Jarê, culto religioso afro-brasileiro, que permeia a vida dos personagens e serve como um meio de expressão e resistência em um contexto de opressão agrária. O estudo compara as traduções do romance para o francês, inglês e espanhol, buscando entender como os elementos culturais e religiosos do Jarê foram transcriados nas versões estrangeiras. Não se trata de avaliar equivalências ou erros de tradução, mas de acompanhar o movimento de translação dos cultos afro-brasileiros para outras línguas e culturas, preservando a força dos ritos e entidades evocadas por Vieira Júnior. A análise seguirá a abordagem proposta por Berman em Pour une critique des traductions: John Donne, com ênfase nos momentos de maior expressão do Jarê no texto original e suas respectivas traduções.

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Publicado

2024-10-16