Colette no Brasil: Por um horizonte de interpretação

Autores

  • Rafaela Faria Vianna

Resumo

Colette foi uma escritora francesa que viveu entre 1873 e 1954. Contemporânea de Proust, admirada por Aragon, consagrada por Julia Kristeva como um dos “gênios femininos” do século XX, ela permanece uma figura pouco conhecida e traduzida no Brasil. Nesse contexto, proponho refletir sobre o lugar que as suas traduções ocuparam no Brasil, a partir de uma comparação com o estatuto que a escritora ocupa no seu país de origem — a França — e em um país estrangeiro no qual o seu rastro foi deixado de forma mais marcante — os Estados Unidos. Para guiar essa reflexão, partirei dos argumentos de Lawrence Venuti sobre o papel da interpretação para a prática cultural da tradução, bem como da sua noção de autoria coletiva. Além disso, a teoria dos polissistemas de Even-Zohar acompanhará os questionamentos sobre as dinâmicas entre centro e periferia que se colocam ao pensarmos sobre tradução, escolha e circulação de textos. Por fim, pretendo propor um possível caminho para um horizonte de interpretação para a obra de Colette no Brasil, o qual poderá, eventualmente, concretizar-se na tradução de mais textos seus e na inserção de outras facetas da sua obra no contexto brasileiro.

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Publicado

2024-10-16