HIPERTENSOS DE BAIXA RENDA E RECURSO À RELIGIOSIDADE COMO ESTRATÉGIA DE CONTROLE

Autores

  • Ana Paula Rodrigues Cavalcanti
  • Carlos André Macêdo Cavalcanti
  • Carla Fernanda Ferreira-Rodrigues
  • Charlene Nayana Nunes Alves Gouveia
  • Deborah Dornellas Ramos
  • Fagner José deOliveira Serrano

Resumo

Aplicaram-se 123 entrevistas abertas, em 2007, entre hipertensos de baixa renda em João Pessoa, Paraíba, verificando os fatores desencadeantes da hipertensão arterial e o recurso à religiosidade para controlá-los. Obteve-se um quadro demonstrativo da prática de religiões, crenças positivas e negativas quanto ao tratamento médico, pessoas influentes sobre o comportamento dos hipertensos, principais estressores desencadeantes e uma comparação entre o recurso a religiões formais e aos “serviços alternativos de saúde”, conforme definido pelo IBGE, para alargar a capacidade de enfrentamento da característica crônica da enfermidade. Os médicos mostraram-se relevantes, seguidos dos familiares. As emoções negativas constantes foram causa principal da piora do quadro. A necessidade de reflexão e construção de habilidades de controle, apropriação e modificação das condições de vida para melhor aderência terapêutica apresentou-se. Mais mulheres que homens recorrem à religião formal. Acentuou-se o montante dos entrevistados que recorriam aos “serviços alternativos” para tratar especificamente da hipertensão: 8,2%, contra 1,4% revelados na PNAD 2003 na Paraíba (incluídos os que procuraram por farmácias ou agentes comunitários de saúde). No Brasil, 13% da amostragem do IBGE utilizava “serviços alternativos” para tratar da saúde. Palavras-chave: hipertensão, religião, saúde pública, pobreza

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Publicado

2012-01-06

Edição

Seção

Artigos: Temática Livre