A IMPORTÂNCIA DA EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL NA ADMISSÃO E NA DISPARIDADE SALARIAL: UM ESTUDO PARA O MERCADO DE TRABALHO FORMAL DO NORDESTE

Autores

  • Michelle Ferreira Gonçalves
  • Paulo Aguiar do Monte

Resumo

O percentual de trabalhadores jovens (entre 16 e 24 anos) no mercado de trabalho é altamente significativo (aproximadamente 21 milhões de trabalhadores, em 2005). Destes, uma parcela menor se encontra ocupada no mercado formal (pouco mais de 6 milhões). Dentre as razões enumeradas para este baixo percentual de inserção formal destaca-se, principalmente, a pouca experiência dos jovens, que acaba refletindo, também, na sua remuneração. No intuito de investigar os principais condicionantes da admissão e da determinação salarial, este estudo fez análises comparativas entre o volume de trabalhadores admitidos por primeiro emprego (sem experiência profissional anterior) e os admitidos por reemprego (com experiência profissional anterior) no mercado formal de trabalho da região nordestina. A base de dados do estudo é oriunda da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) de 2005. Primeiramente fez-se um diagnóstico demográfico e descritivo do perfil dos trabalhadores admitidos, e em seguida, uma decomposição salarial para estimar o percentual do salário proveniente dos atributos do trabalhador e decorrente da discriminação salarial. Os resultados mostram que existem diferenças salariais em praticamente todos os Estados do Nordeste (salvo Paraíba e Piauí), quase sempre em favor dos trabalhadores mais experientes. A decomposição de Oaxaca aplicada mostrou que cerca de 63,46% da disparidade salarial é explicado pelo fator experiência, enquanto que apenas 36,54% se devem às demais características explicativas.

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Publicado

2011-06-20