A ECONOMIA DO SEMIÁRIDO DE PERNAMBUCO: AINDA “SEM PRODUÇÃO”?

Autores

  • João Policarpo R. Lima
  • Maria Fernanda Gatto

Resumo

A economia da região semiárida do Nordeste é, há muito, entendida e considerada como uma região problemática, débil em termos de recursos naturais e humanos, além de estar sujeita à ocorrência de secas frequentes, que contribuem para desnudar o frágil equilíbrio existente em sua base econômica e social. Nesse contexto, seria de esperar dessa economia um comportamento diferenciado, ou seja, de menor dinamismo. Ocorre que os dados do período 2000-2010 mostram tanto o semiárido nordestino quanto, mais especificamente, o pernambucano exibindo taxas superiores de crescimento do PIB e do emprego formal em relação ao Nordeste como um todo e ao Brasil. Essa performance surpreendente do semiárido é pouco sabida, pouco estudada e ainda menos entendida. Embora esses aspectos sejam observados no semiárido do Nordeste como um todo, o foco deste trabalho é o semiárido de Pernambuco. Esse artigo, para dar conta dos seus objetivos, acima explicitados, tratará inicialmente de dar uma ideia da dinâmica econômica de Pernambuco nos anos mais recentes, vindo depois uma análise da dinâmica demográfica observada no semiárido pernambucano, seguida da apresentação das tendências econômicas em curso, com foco no semiárido, tendo por fim as considerações finais sumariando as principais transformações em andamento e os desafios a serem enfrentados nos próximos anos.

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