O PROGRESSO ECONÔMICO DO MIGRANTE EM SÃO PAULO: EVIDÊNCIAS A PARTIR DOS CENSOS DEMOGRÁFICOS DE 1991 E 2000

Autores

  • Raul da Mota Silveira Neto
  • André Matos Magalhães

Resumo

Este artigo se propõe a investigar uma dimensão ainda pouco explorada do fenômeno migratório no Brasil, qual seja, o progresso econômico do migrante, uma vez no mercado de trabalho de destino. O foco de investigação é direcionado ao mercado de trabalho do estado de São Paulo, estado que, historicamente, tem recebido maior contingente de migrantes. A partir de um modelo de migração e capital humano, adaptado de Borjas (2000), e utilizando dados dos Censos Demográficos de 1991 e 2000 para migrantes brasileiros do sexo masculino, o trabalho apresenta evidências a respeito dos níveis, dos determinantes dos diferenciais iniciais de salário e da dinâmica de evolução destes diferenciais entre os anos do censo, dentro do universo de migrantes e em relação àquele dos paulistas (nativos). O trabalho ressalta a importância das características dos estados de origem e enfatizam possíveis tendências de diminuição/aumento dos diferenciais de salários, associadas ao comportamento do migrante em relação à acumulação de qualificações adicionais. As evidências encontradas sugerem que os diferenciais iniciais de salário estão associados ao capital humano do migrante, sobre o qual as características dos estados de origem têm significativas influências. Os resultados também sugerem que a taxa de investimento adicional na aquisição de mais capital humano por parte do migrante independe do nível inicial deste, o que implica a não diminuição das disparidades de renda dentro do universo de migrantes.

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Publicado

2006-12-01