A ECONOMIA ARGENTINA E A AGRICULTURA DE EXPORTAÇÃO 2002-2009: JOGOS DE INTERESSES E CONFLITOS (Parte II)

Autores

  • Guillermo Hillcoat

Resumo

A conjuntura internacional esboçada no final de 2002 abre um período de forte e sustentado crescimento econômico (2002-2008) resultante de: uma forte expansão do comércio internacional e uma melhoria sem precedentes dos termos de troca em favor dos países produtores de matérias primas. No caso da Argentina, o aumento das exportações agrícolas e a melhoria dos termos de troca contribuíram neste período para o saneamento das finanças públicas e para a formação de um excedente comercial substancial, resultando em uma melhoria sensível da balança corrente. Conjuntamente, o crescimento econômico e o saldo externo positivo possibilitaram dissimular os problemas de competitividade que persistiram, tais como a balança bilateral com o Brasil e a China. Contudo, a política de taxação das exportações, implantada a partir de 2002, mais um certo número de medidas administrativas de proibição ou de restrição quantitativa irão penalizar certos produtos (o leite e a carne, e em seguida o trigo e o milho), e reforçar o viés favorável à cultura da soja. O crescimento das despesas públicas, induzido por uma política pró-cíclica que implementou diversos subsídios em favor do setor industrial e de serviços, desemboca num aumento das retenções sobre as exportações. O nível da taxação ultrapassou o limite de tolerância dos produtores em março de 2008. A queda de braço com o governo levou a um longo conflito. O último trimestre de 2008, o contexto econômico internacional se degrada. A queda dos preços das matérias primas torna insustentável esta política e coloca um desafio maior à gestão macroeconômica em execução.

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Publicado

2011-06-19