Design da Informação, linguagens convergentes e complexidade na rede social e ambiente digital do Facebook

Autores

  • Maria Jose Vicentini Jorente UNESP

Resumo

O design, por meio das linguagens que põe em ação, permite pensar o mundo: “ [...] penso, logo existo” (DESCARTES). Permite visualizar, planejar, criar. Agregado às tecnologias computacionais, o design pode desempenhar um papel de retroalimentação no mundo de representações em que vivemos. Na década de 1940, Ladislav Sutnar fundou o Design de Informação como disciplina, baseado na prevalência da funcionalidade sobre a estética, com o intuito de controlar e organizar a informação para comunicá-la com eficácia. As TIC contribuíram para o desenvolvimento gráfico, que no suporte eletrônico pode migrar de uma interface abstrata e simbólica (a página escrita) para uma interface icônica realista (a tela) constituída por simulação e por elementos de linguagem imagética. Os sistemas das redes convergentes de compartilhamento propõem desafios técnicos e tecnológicos, que necessitam ser enfrentados para que sejam efetivas como construtoras de conhecimento coletivo e para que possam enfrentar ainda os desafios de caráter sociotécnicos. Para pensar Design de Convergência em seu estágio atual na Internet, consideraremos o ambiente digital do Facebook, ainda em crescimento, mas com 500 milhões de usuários  e com taxa de cerca de 100 milhões de novos usuários a cada 6 meses. Consideraremos no ambiente do Facebook dois tipos de convergência que denominaremos “Estrutura da Interface” e “¿Super estrutura?- Design e Cultura”. Buscamos nessa relação considerar as mudanças culturais advindas de ambientes com design convergente. A hibridização midiática e a hibridização sujeito/mídias se tramam e criam emergências sistêmicas. Tendo em vista tais emergências, nossa percepção é do surgimento de uma progressiva reequilibração do sistema convergido por  formações culturais metamidiaticas, ou seja, resultantes da confluência das mídias e de suas linguagens, porém delas já independentes, auto portantes. Podemos estudar as disciplinas que poderão levar-nos a um uso consciente do meio, a um melhor relacionamento humano, a um melhor conhecimento de nós mesmos e do mundo. O design pode ser aprendido como disciplina, linguagem, tecnologia e forma de reação aos nossos limites. Pode também ser associado TIC de maneira estratégica para nossa sobrevivência como espécie.


Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Maria Jose Vicentini Jorente, UNESP

Professora (Dra) do Departamento de Ciência da Informação da UNESP de Marilia

Referências

BAUMAN, Z. Liquid Modernity. Cambridge: Polity Press. 2000 .

BENJAMIN, W. The work of art in the age of mechanical reproduction. New York:Classic Books America, 2009 .

DESCARTES, R. A Discourse on Method at Project Guttenberg. Disponível: http://www.gutenberg.org/ebooks/59. Acesso: 24.06.2014.

GARRET, J J. The elements of user experience: user-centered design for the web. New York: Aiga, 2003

LANGACKER, R. Foundations of cognitive grammar, vol. 1: theoretical prerequisites. Stanford: Stanford University Press, 1987.

LEGANZA, G. Topic overview: Information architecture. Forrester

Research. 2010. Disponível em: http://

www.forrester.com/rb/Research/topic_overview_information_architecture/q/id/55951/t/2.

MCLUHAN, M.. Understanding Media: The Extensions of Man. Cambridge: The MIT Press, 1994. Print.

O´REILLY,T. What Is Web 2.0: Design Patterns and Business Models for the Next Generation of Software.

Disponível: http://oreilly.com/web2/archive/what-is-web-20.html.

Acesso: 24.06.2014.

OLIVEIRA, J.A.D.B; JORENTE, M.J.V. Perspectivas para o design da informação no âmbito da Ciência da Informação. Anais do XIV ENANCIB. 2013.

TURNER, M. The Artful Mind: Cognitive Science and the Riddle of Human Creativity. Oxford: University Press, 2006.

__________The Origin of Ideas: Blending, Creativity, and the Human Spark. Oxford: University Press, 2014.

TURKLE, S. Alone Together: Why We Expect More from Technology and Less from Each Other. New York:Basic Books. 2011.

______________ The second Self: Computers and the Human Spirit. Massachussets: MIT Press. 1984.

WURMAN, R.S; BRADFORD, P; eds. Information Architects. Zurich, Switzerland: Graphis Press; 1996.

JACOBSON, R. E. Information design. Cambridge: MIT Press, 1999.

JORENTE, M. J. V. Ciência da Informação: mídias e convergência de linguagens na Web. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2012.

PONTIS, S. 20 Information Design Milestones. Mapping Complex Information. Disponível em: <http://sheilapontis.wordpress.com/2012/01/16/20-information-design-milestones/>. Acesso em: 15 jul. 2013.

Downloads

Publicado

2014-06-28

Como Citar

Jorente, M. J. V. (2014). Design da Informação, linguagens convergentes e complexidade na rede social e ambiente digital do Facebook. Informação &Amp; Tecnologia, 1(1), 116–129. Recuperado de https://periodicos.ufpb.br/index.php/itec/article/view/19631

Edição

Seção

ARTIGOS DE PESQUISA