MOVIMENTO NOSSA BH: representação e participação popular nas lutas por cidades sustentáveis

Autores

  • Daniele Cardoso do Nascimento
  • Armindo dos Santos de Sousa Teodósio
  • Elis Rocha Palmeira
  • Laise Copolillo Ayres

Palavras-chave:

Participação Popular, Accountability, Poder Local, Gestão Pública.

Resumo

A participação popular no processo político no Brasil tem sido marcada pela ampliação da presença da sociedade civil e pelo crescimento das instituições participativas. O discurso que defende o diálogo, a colaboração e as parcerias entre Estado, sociedade civil e as empresas, também os atores de mercado, em prol de melhorias na gestão pública tem se tornado recorrente na América Latina e também no Brasil. A Rede Latino-Americana de Cidades Justas e Sustentáveis, criada em 2008, faz referência a este contexto e os movimentos sociais que a compõem têm envidado esforços para ampliar o espaço de participação popular e accountability no âmbito da gestão local. O presente artigo busca analisar o Movimento Nossa BH (MNBH) em suas tentativas para fazer avançar a participação popular em políticas públicas na capital mineira. Para tanto, as iniciativas desenvolvidas pelo MNBH são problematizadas à luz de teorias que analisam a democracia participativa e a construção do controle social sobre a máquina pública. Percebe-se que ainda existem importantes desafios e limitações a serem superados pelo MNBH nas suas relações com o governo local, bem como com as empresas que o apoiam.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

APPADURAI, Arjun. Deep democracy: Urban Governmentality and the Horizon of Politics. Enviroment & Urbanization, v.13, n.2, p.23-43. 2001.

AVINA. Que Hacemos. Disponível em: < http://www.avina.net/esp/Que-Hacemos.aspx>. Acesso em 06 ago. 2013.

AVRITZER, Leonardo. Sociedade Civil, Instituições Participativas e Representação: da autorização à Le-gitimidade da Ação. Revista de Ciências Sociais, Rio de Janeiro, v. 50, n. 3, p. 443- 464. 2007.

CABRAL, Eloísa Helena de Souza. Terceiro Setor: gestão e controle social. São Paulo: Método. 2007.

FALCONER, Andrés Pablo. One Sector or Many: nonprofits in Brazil. International Society for Third-Sec-tor Research – ISTR. p.1-17. 1999.

FREY, Klaus. Governança Urbana e Participação Pública. RAC-Eletrônica, v. 1, n. 1, art. 9, Jan./Abr., p. 136-150, 2007.

LAVALLE, Adrian Gurza; CASTELLO, Graziela. Sociedade civil, representação e a dupla face da accounta-bility: cidade do México e São Paulo. Caderno CRH, v. 21, n. 52, p. 67-86, jan./ abr. 2008.

MEREGE, Luiz Carlos. The Brazilian third sector contribution for democratization of public policy. Inter-national Society for Third-Sector Research - ISTR. p.1-30. 2012 no. 0021/2008 – Programa de Infraestru-tura para Jovens Pesquisadores/Programa Primeiros Projetos. 2009.

NOSSA BH. Movimento Nossa BH. Disponível em: <https://www.facebook.com/MovimentoNos-saBH?fref=ts>. Acesso em 03 ago. 2013.

NOSSA BH. Quem somos. Disponível em:<http://www.nossabh.org.br/como_atuamos_principios. php>. Acesso em: 02 ago.2013a

NOSSA BH. Como atuamos. Disponível em:<http://www.nossabh.org.br/como_atuamos_gts.php>. Acesso em: 02 ago. 2013b.

O'DONNELL, Guillermo A. Horizontal accountability in new democracies. Journal of democracy, v. 9, n. 3, p. 112-126, 1998.

OSTRANDER, Susan A. Issues Raised by a Reading of Civic Innovation in America. The Pennsylvania State University, University Park, PA. v. 12, n. 1, p. 52-55. 2003.

PREFEITURA DE BELO HORIZONTE. Orçamento participativo. Disponível em: <http://gestaocomparti-lhada.pbh.gov.br/noticias/2014/08/orcamento-participativo-20152016>. Acesso em 06 ago.2013.

QUIÑONES, Andrés Hernández; HERREA, Jorge Flórez; HERNÁNDEZ, Edna Bautista. Análisis y Estudio de Experiencias de Accountability Social en América Latina. CIDER – Centro de Estudios Interdisciplinarios Sobre el Desarrollo, p. 1-86, 2011.

RED CIUDADES. Rede Latino Americana por Cidades Justas e Sustentáveis. Disponível em: <http://redciu-dades.net/blog/?tag=rede-latino-americana-por-cidades-justas-e-sustentaveis>. Acesso em 06 ago. 2013.

SCHOMMER, Paula Cheis; NUNES, Jonas Tadeu; MORAES, Rubens Lima. Accountability, controle social e coprodução do bem público: a atuação de vinte observatórios sociais brasileiros voltados à cidadania e à educação fiscal. Revista da AGU. 2011.

SELSKY, John. W.; PARKER, Barbara. Cross-Sector Partnerships to Address Social Issues: Challenges to Theory and Practice. Journal of Management. 2005.

SOBOTTKA, Emil A. Organizações civis: buscando uma definição para além de ONGs e “terceiro setor”. Civitas – Revista de Ciências Sociais, ano.2, n.1, junho.p.1-15.2002.

STIGLITZ, Joseph E. More Instruments and Broader Goals: Moving toward the Post-Washington Consen-sus. German Foundation for International Development (DSE), p. 11-39. 1999.

LOPES, Jonathan Felix Ribeiro; MELO, William dos Santos; TENORIO, Fernando Guilherme. O Programa Territórios da Cidadania: uma política territorial? In: Ciudadanía, Territorio y Políticas Públicas. Santiago de Chile: Editorial ARCIS, 2013, p.15-40.

TEODÓSIO, Armindo dos Santos de Souza. PARCERIAS TRI-SETORIAIS NAGESTÃO URBANA DE BELO HO-RIZONTE: uma análise das implicações e desdobramentos do Movimento Nossa BH sobre a esfera pú-blica. Projeto de pesquisa apresentado Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais para o edital. 2013.

WINKLER, Ingrid; POZZEBON, Marlei. A Rede Nossa São Paulo e os Desafios da Mobilização por Cidades Mais Justas e Sustentáveis. FGV-EAESP/RAE. vol.1, n.1. 2011.

YAMAUTI, Nilson Nobuaki. O significado político de movimentos sociais que buscam interferir em deci-sões de governo concernentes a alocação de recursos públicos. Acta Scientiarum. p.241-249. 2001.

Downloads

Publicado

2016-05-29

Edição

Seção

Pesquisas científicas