A HERMENÊUTICA DO SILÊNCIO: vencedores e vencidos de uma luta desigual

Autores

  • Luiz Antonio de Castro Santos UERJ

Resumo

O texto visa provocar uma reflexão ética e política sobre o proibicionismo e suas ramificações, que assumiram formas crescentemente despóticas de vigilância, de proporções mundiais, seja no terreno do controle do tabaco ou das drogas – inclusive no que tange à criminalização dos usuários da maconha. Em tempos recentes, a aplicação de um controverso “princípio de precaução” tem justificado novas e injustificadas incursões de polícia médica, da legislação antifumo às medidas crescentes de estigmatização (e anunciada penalização) de pessoas consideradas obesas. Em nome da epidemiologia de riscos, conceitos de base científica escassa tornam-se preceitos morais, a exemplo do conceito/preceito relativo ao chamado “fumo passivo”. Aqui se defende a necessidade de delimitação das fronteiras entre ciência e moral, entre público e privado, entre prevenção e intervenção descabida. Dedica-se atenção especial à defesa das pessoas expulsas dos espaços de fruição, sociabilidade e convivência, por autoridades sanitárias municiadas por frágil base científica.

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Publicado

18.12.2012

Como Citar

de Castro Santos, L. A. (2012). A HERMENÊUTICA DO SILÊNCIO: vencedores e vencidos de uma luta desigual. Política & Trabalho: Revista De Ciências Sociais, (37). Recuperado de https://periodicos.ufpb.br/index.php/politicaetrabalho/article/view/14876

Edição

Seção

Nº 37 - DOSSIÊ RISCO