CONFIGURAÇÕES CONTEMPORÂNEAS DOS ASSENTAMENTOS RURAIS DE REFORMA AGRÁRIA: o surgimento de novas gerações e a construção de novos projetos de vida

Autores

  • Alexsandro Elias Arbarotti Programa de Pós-graduação em Sociologia da universidade Federal de São Carlos
  • Rodrigo Constante Martins Professor do Departamento de Sociologia e do Programa de Pós Graduação em Sociologia da UFSCar.

Resumo

O objetivo do presente artigo é analisar como ocorre o processo de sucessão e coexistência geracional nos assentamentos de reforma agrária por meio de um estudo de caso no maior assentamento do estado de São Paulo. As bases teórico-metodológicas da investigação trazem categorias de análises pouco usuais em estudos de assentamentos, articulando teorias sociológicas clássicas e contemporâneas, o que possibilita perceber por outro ângulo as metamorfoses que vêm ocorrendo nessas localidades. Partindo da comparação entre os projetos e objetivos de vida que motivaram a primeira geração a entrar na luta pela terra com os da segunda geração para permanecer no lote, foi possível interpretar que as frágeis políticas públicas e a precária assistência técnica levam os sujeitos da segunda geração a elaborar distintas estratégias de permanência, que compreendem a diversificação das atividades agrícola e não agrícola e a busca de novos mercados. No mesmo sentido, foi possível identificar uma mudança significativa no que se tinha como ethos camponês e do sujeito da reforma agrária, para uma nova forma de identidade da segunda geração, mais ligada à busca de renda e ao acesso ao consumo.

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Biografia do Autor

Alexsandro Elias Arbarotti, Programa de Pós-graduação em Sociologia da universidade Federal de São Carlos

Doutorando no Programa de Pós Graduação em Sociologia da Universidade Federal de São Carlos com bolsa da FAPESP; Bolsista de Estágio de Pesquisa no Exterior (FAPESP) no Laboratoire Dynamiques sociales et recomposition des espaces (França, 2016). Mestre em Sociologia pela Universidade Federal de São Carlos (2014); graduado em Ciências Sociais pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2011); graduado em Filosofia pelo Centro de Estudos da Arquidiocese de Ribeirão Preto (2004); Pesquisador do Centro de Pesquisa e Estudos Agrários (CPEAA) e membro do Grupo de Pesquisa Ruralidades, Ambiente e Sociedade (RURAS/ UFSCar). Tem experiência na área de Sociologia, com ênfase em Sociologia Rural, atuando principalmente nos seguintes temas: movimentos sociais de luta pela terra, questão agrária, questão ambiental, recursos hídricos, geração e assentamentos rurais de reforma agrária.

Rodrigo Constante Martins, Professor do Departamento de Sociologia e do Programa de Pós Graduação em Sociologia da UFSCar.

Professor do Departamento de Sociologia da UFSCar. Bacharel e mestre em Ciências Sociais pela Universidade Federal de São Carlos. Doutor em Ciências da Engenharia Ambiental (interdisciplinar), na área de sociologia ambiental, pela Universidade de São Paulo (2004). Possui pós-doutorado em sociologia pela École des Hautes Études en Sciences Sociales de Paris (2005-2006), como bolsista do Programme Hermès da Maison des Sciences de l’Homme. Foi bolsista do Programa Jovens Investigadores do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra (2008). É professor adjunto do Departamento de Sociologia e do Programa de Pós-graduação em Sociologia da Universidade Federal de São Carlos. Atua na área de Sociologia, com ênfase em Sociologia Rural e Sociologia Ambiental.

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Publicado

26.06.2017

Como Citar

Arbarotti, A. E., & Martins, R. C. (2017). CONFIGURAÇÕES CONTEMPORÂNEAS DOS ASSENTAMENTOS RURAIS DE REFORMA AGRÁRIA: o surgimento de novas gerações e a construção de novos projetos de vida. Política & Trabalho: Revista De Ciências Sociais, 1(45). Recuperado de https://periodicos.ufpb.br/index.php/politicaetrabalho/article/view/29925

Edição

Seção

Nº 45 - DOSSIÊ REORDENAMENTO AGRÁRIO E REPRODUÇÃO SOCIAL