EXPROPRIAÇÃO E TRABALHO DE MULHERES EXTRATIVISTAS EM SERGIPE

Autores

  • Heribert Schmitz Universidade Federal do Pará
  • Dalva Maria da Mota Embrapa Amazônia Oriental
  • Amintas Silva Junior Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará
  • Emanuel Pereira de Oliveira Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Superintendência Regional de Sergipe

Resumo

O artigo se debruça sobre a expropriação e a reorganização do trabalho de mulheres extrativistas no processo de mudança do acesso livre para o acesso privado aos recursos naturais (plantas) dos quais extraíam a mangaba em um estabelecimento de Sergipe. A pesquisa foi realizada por meio de um estudo de caso com observações e entrevistas (abertas e semiestruturadas) com 23 catadoras de mangaba que coletam ou já coletaram mangaba no estabelecimento, três pesquisadores e três técnicos no município de Barra dos Coqueiros, Sergipe. As principais conclusões mostram que: i) tensões foram vivenciadas em virtude da reivindicação da desapropriação do estabelecimento por interesse social, mas a desproporcionalidade de forças garantiu o direito do proprietário; e ii) a mudança do acesso livre para o acesso privado influiu na perda de autonomia das catadoras na organização do trabalho (jornada, horário e controle do instrumento), na compreensão e na viabilização das regras para o manejo das plantas e nos papéis dos diversos atores envolvidos no extrativismo, particularmente no que diz respeito à conservação da biodiversidade.

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Biografia do Autor

Heribert Schmitz, Universidade Federal do Pará

Instituto de Filosofia e Ciências Humanas; Sociologia

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Publicado

26.06.2017

Como Citar

Schmitz, H., Mota, D. M. da, Silva Junior, A., & Oliveira, E. P. de. (2017). EXPROPRIAÇÃO E TRABALHO DE MULHERES EXTRATIVISTAS EM SERGIPE. Política & Trabalho: Revista De Ciências Sociais, 1(45). Recuperado de https://periodicos.ufpb.br/index.php/politicaetrabalho/article/view/30442

Edição

Seção

Nº 45 - DOSSIÊ REORDENAMENTO AGRÁRIO E REPRODUÇÃO SOCIAL