“ARES DO MUNDO” E MEDITAÇÕES SOBRE CENTROS DE DECISÕES NACIONAIS: o valor heurístico da “obra autobiográfica de Celso Furtado”
Resumo
Este artigo estuda as publicações reunidas e editadas como Obra autobiográfica de Celso Furtado pela editora Paz e Terra (1997), para compreender melhor não só o itinerário social e intelectual desse autor, como sua contribuição à "formação da economia brasileira" e para a diversificação do campo do poder no Brasil. O material estudado são os escritos que foram editados como testemunhos autobiográficos contrapostos aos seus próprios livros como economista. O argumento central é que, não sendo originário de frações dominantes das "elites do poder", a autobiografia serve de rico instrumento para enxergar melhor as razões sociais do impulso para posições a que não estava predestinado, tanto quanto os bloqueios enfrentados por seus projetos, ou mesmo sua derrocada com o golpe de 1964, que o obrigaram a repensar seus passos e os universos em que continuaria a viver e trabalhar. De maneira mais geral, possibilita se interrogar sobre a pertinência de se apoiar sobre depoimentos pessoais de escritores, como é comum em "histórias de vida", de largo uso em Antropologia Social e em Sociologia, para entender as circunstâncias que contribuíram a moldar ou facilitar a expressão do próprio pensamento.Downloads
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Publicado
26.06.2017
Como Citar
Raul Garcia Jr., A. (2017). “ARES DO MUNDO” E MEDITAÇÕES SOBRE CENTROS DE DECISÕES NACIONAIS: o valor heurístico da “obra autobiográfica de Celso Furtado”. Política & Trabalho: Revista De Ciências Sociais, 1(45). Recuperado de https://periodicos.ufpb.br/index.php/politicaetrabalho/article/view/32842
Edição
Seção
ARTIGOS