A RELAÇÃO DO SINDICALISMO CUT COM O GOVERNO: dilemas e perspectivas (2003-2016)

Autores

  • Fernanda Forte de Carvalho Central Única dos Trabalhadores - CUT - Brasil
  • Hermes Augusto Costa Universidade de Coimbra

DOI:

https://doi.org/10.22478/ufpb.1517-5901.2018v1n49.34995

Resumo

Mesmo que doutrinariamente seja concebido como autônomo, o sindicalismo sempre desenvolve relações com a política. E o que acontece quando a ideologia sindical se aproxima da governamental? Ou, dito de outro modo, no caso brasileiro, que desafios se colocaram à Central Única dos Trabalhadores (CUT) quando o Partido dos Trabalhadores (PT) ascendeu ao poder? Estas interrogações servem de pano de fundo à nossa reflexão sobre a CUT com foco na sua “agenda pelo desenvolvimento”, em parceria com outros atores sociais, no período 2003-2016. Esse processo, no entanto, não se fez sem hesitações, pois a CUT não deixou de deambular entre uma crítica à tradicional estrutura sindical e, ao mesmo tempo, uma acomodação a ela. Daí, pois, a necessidade de desvelar alguns dos dilemas da CUT e, ainda, analisar os alcances e limites de sua proposta naquele período. O que significa também, afinal, elencar desafios de renovação sindical.

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Biografia do Autor

Fernanda Forte de Carvalho, Central Única dos Trabalhadores - CUT - Brasil

Fernanda Forte de Carvalho é socióloga. Mestre e Doutora em Sociologia pela Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, na especialidade de Relações de Trabalho, Desigualdades Sociais e Sindicalismo. Membro do Grupo de Pesquisa Trabalho, Sindicalismo e Sociedade sediado na Universidade de São Paulo - USP. Atualmente exerce a função de Coordenadora da Secretaria Nacional de Organização e Política Sindical da CUT. Atuou como assessora sindical na Secretaria Nacional de Formação e na Secretaria Geral da Central Única dos Trabalhadores – CUT – Brasil, de janeiro de 2008 a março de 2016. De setembro de 2003 a janeiro de 2008, atuou como assessora da CUT e de movimentos sociais no Estado do Rio Grande do Sul. De 1999 a 2002, participou de pesquisas na Unisinos e na FEE/RS relacionadas à análise do mercado de trabalho e a ação sindical no sul do Brasil. Foi Educadora social para trabalhadores desempregados, no município de Porto Alegre-RS, no ano de 2001.

Hermes Augusto Costa, Universidade de Coimbra

Hermes Augusto Costa é sociólogo, Mestre e Doutor em Sociologia pela Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra (FEUC), onde exerce funções de Professor Auxiliar. É cocoordenador do Programa Doutoramento em "Relações de Trabalho, Desigualdades Sociais e Sindicalismo" (parceria entre a FEUC e o Centro de Estudos Sociais, CES). É investigador do CES desde 1993, tendo sido cocoordenador do Núcleo de Estudos do Trabalho e Sindicalismo (2002-2010) e do Núcleo de Políticas Sociais, Trabalho e Desigualdades/POSTRADE (2011 e 2013). As suas principais áreas de investigação são os processos de globalização e regionalização do sindicalismo, os conselhos de empresa europeus e as relações laborais. Nestes domínios, tem publicado nacional e internacionalmente inúmeros artigos e livros. CV: http://www.ces.uc.pt/investigadores/cv/hermes_augusto_costa.php

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Publicado

18.03.2019

Como Citar

Carvalho, F. F. de, & Costa, H. A. (2019). A RELAÇÃO DO SINDICALISMO CUT COM O GOVERNO: dilemas e perspectivas (2003-2016). Política & Trabalho: Revista De Ciências Sociais, 1(49), 170–187. https://doi.org/10.22478/ufpb.1517-5901.2018v1n49.34995