BAILADOS INDÍGENAS NO CARNAVAL: “passado adormecido” ou presente desperto?
DOI:
https://doi.org/10.22478/ufpb.1517-5901.2018v1n49.40781Resumo
Nos anos 1920 e 1930 três grupos de Cabocolinhos foram registrados por Mário de Andrade e sua equipe, em João Pessoa, na Paraíba, como danças dramáticas “inspiradas nos usos e costumes dos ameríndios”, encenando o cotidiano, guerras e mortes dos indígenas através de dramas, danças, músicas e declamações que mobilizavam instrumentistas e dançarinos de bairros populares da cidade. Através desses registros, sabemos que os Cabocolinhos ressaltavam a herança indígena, associada aos Caboclos – daí sua designação no diminutivo, como pequenos ou filhos de caboclos. Revisitando estas observações de riqueza documental, etnográfica e estética admiráveis, observamos que em João Pessoa não existem registros contemporâneos de Caboclinhos, enquanto outra dança também inspirada nos indígenas reserva para si a exclusividade da sua representação na cena carnavalesca contemporânea: as Tribos de Índios. Numa pesquisa envolvendo observação direta destas Tribos no Carnaval da cidade, identificamos algumas práticas e percepções festivas desta dança que revelam uma relação de continuidade temática com os Cabocolinhos, o que evidencia uma constância histórica da presença do indígena na festa carnavalesca urbana, como um multifacetado personagem e persistente sujeito histórico.Downloads
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Publicado
18.03.2019
Como Citar
Chianca, L., & Marins, J. (2019). BAILADOS INDÍGENAS NO CARNAVAL: “passado adormecido” ou presente desperto?. Política & Trabalho: Revista De Ciências Sociais, 1(49), 40–58. https://doi.org/10.22478/ufpb.1517-5901.2018v1n49.40781
Edição
Seção
Nº 49 - FESTAS, ESPETÁCULOS E PATRIMÔNIOS