MISCELÂNIA DESCOLADA OU GENTRIFICATION?

Baixo Augusta - São Paulo

Autores

  • Beatriz Salgado Cardoso de Oliveira Unesp
  • Ana Lúcia de Castro Unesp

DOI:

https://doi.org/10.22478/ufpb.1517-5901.2020v1n53.52526

Resumo

A partir de um mapeamento histórico da rua Augusta, na cidade de São Paulo (Brasil), buscamos discutir a (in)adequação do conceito de gentrification para a compreensão de recentes transformações paisagísticas ocorridas na porção central da rua, conhecida como “Baixo Augusta”. Em meados da década de 2000, observa-se na região dois fenômenos característicos do processo de gentrification. Todavia peculiaridades das dinâmicas urbanas no Baixo Augusta nos fazem problematizar a “aplicação” direta desse conceito em nosso caso de estudo. Argumentamos que sua operacionalização em realidades urbanas distantes de sua origem anglo-saxã, pode acarretar uma espécie de violência epistêmica (SPIVAK, 1988). Como alternativa de escape a esse tipo de armadilha epistemológica, sugerimos a prática etnográfica como empreendimento intelectual que coloca em constante relação o teórico e o empírico e busca construir interpretações de realidades locais em articulação com processos estruturais, de escala global.

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Biografia do Autor

Ana Lúcia de Castro, Unesp

Doutora em Ciências Sociais (IFCH/UNICAMP). Realizou estágio pós-doutoral na Nottingham Trent University.Professora livre docente da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, campus de Araraquara. Tem experiência na área de Antropologia, com ênfase em Antropologia Urbana, atuando principalmente nos seguintes temas: consumo, m[ídia, corpo e sociedade, processos de subjetivação e identidades. Publicou, dentre outros, Culto ao corpo e sociedade:mídia, estilos de vida e cultura de consumo, em co-edição AnnaBlume e FAPESP.

Publicado

23.03.2021

Como Citar

Salgado Cardoso de Oliveira, B., & de Castro, A. L. (2021). MISCELÂNIA DESCOLADA OU GENTRIFICATION? : Baixo Augusta - São Paulo. Política & Trabalho: Revista De Ciências Sociais, 1(53), 258–276. https://doi.org/10.22478/ufpb.1517-5901.2020v1n53.52526