BRASÍLIA E SEUS MITOS

Autores

  • Nelci Tinem
  • Lúcia Borges

Resumo

O projeto proposta para a nova capital – Brasília – no final dos anos 50, provocou uma série de críticas, ao tempo que gerou expectativas em relação a uma forma distinta de convivência entre diferentes classes sociais. A cidade construída como símbolo do ingresso do país no mundo moderno, sob a égide da expansão do capital, incluía também a perspectiva de uma sociedade mais justa e igualitária – seja por sua filiação lecorbusieriana, seja pela propaganda política que a definia como “capital da esperança”. Não bastassem essas ilusões plantadas no seio da sociedade brasileira, essa empresa significava também a concretização da primeira cidade projetada inteiramente segundo os princípios urbanos modernos. Muitas das críticas a Brasília foram feitas a partir da mitificação do poder do desenho urbano. Como se fosse possível acreditar na sua imunidade absoluta frente à contaminação do processo social. Este artigo busca entender a origem deste equívoco – criticar Brasília por conter os antagonismos sociais, econômicos e culturais, próprios das metrópoles espontâneas, que deviam ser superados – a analisar Brasília como mais uma cidade brasileira. Palavras-chave: Sociologia urbana. Brasília. Arquitetura Modernista. Antagonismos Sociais.

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Publicado

09.12.1998

Como Citar

Tinem, N., & Borges, L. (1998). BRASÍLIA E SEUS MITOS. Política & Trabalho: Revista De Ciências Sociais, 14, 156–169. Recuperado de https://periodicos.ufpb.br/index.php/politicaetrabalho/article/view/6421