REESTRUTURAÇÃO GLOBAL E DESEMPREGO LOCAL
fechamento de fábricas da Ford e ação sindical no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.22478/ufpb.1517-5901.2023v1n58.64737Resumo
O artigo discute o fechamento das plantas da Ford Motor Company no Brasil, enquanto parte das estratégicas globais da empresa, e a ação sindical empreendida com vistas a manter os empregos perdidos, seja na tentativa de demover a empresa de sua decisão, seja na busca por compradores para as plantas. Após uma breve discussão bibliográfica a respeito do processo de transnacionalização do capital e das estratégias sindicais diante da fase atual do capitalismo, discute-se, a partir de dados levantados nos balanços financeiros da empresa, o processo de reestruturação global pelo qual ela passa. A partir do acompanhamento durante o período de uma década das variáveis fábricas abertas e empregos, verifica-se que a tendência de fechamento de fábricas e de diminuição dos empregos na companhia é global, porém esta última tem incidência maior e há mais tempo na América do Sul, enquanto a América do Norte praticamente não tem sofrido os efeitos da reestruturação da empresa. A seguir, faz-se uma discussão, com base em entrevistas em profundidade com informantes-chave, a respeito das estratégias sindicais contra o fechamento das plantas no Brasil. Os relatos dão conta da dificuldade de construção da solidariedade internacional, a fim de produzir uma contraofensiva em nível global ao fechamento das fábricas. Verifica-se ainda que, com limitada cooperação estatal, a tarefa de manter os empregos industriais acaba por tornar-se muito difícil. Por fim, conclui-se que a extroversão da dominação capitalista requer novas estratégias sindicais capazes de exercer uma regulação do capital em âmbito transnacional.
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