O IMPULSO ALEGÓRICO NA ARTE CONTEMPORÂNEA BRASILEIRA: uma leitura da neovanguarda dos anos 60 a partir da obra de Hélio Oiticica

Autores

  • Paulo Marcondes Ferreira Soares

Resumo

O presente trabalho discute a pertinência do uso, para o estudo da arte contemporânea, de dois conceitos centrais de Walter Benjamin: o de aura artística e o de alegoria. O caminho percorrido aqui é o da aplicação desses conceitos na investigação da experiência estética de Hélio Oiticica, um dos principais inventores no campo da arte no Brasil dos anos 60. Nosso tema é o da investigação da tensão existente na formulação de um projeto de arte nacional a partir do interior dos conflitos e contradições presentes no âmbito das manifestações da arte contemporânea entre nós. Nossa proposta de trabalho visa identificar em Oiticica o princípio de uma experiência que se apresenta como um projeto artístico dos anos 60, orientado para a intervenção no ambiente cultural e sócio-político daquele cotidiano. Isto no sentido de organização de vivências rumo a uma total destruição do que Benjamin chamou de aura artística. Nos termos atribuídos por Benjamin, da aura como relacionada à idéia de símbolo, enquanto concepção universalizante e restauradora de obra de arte como valor culto, em contraposição ao alegórico que, segundo pensa, expressa uma distinção na forma como arte e história se articulam, de modo não adequado aos interesses dominantes. É, pois, no âmbito dessa configuração do alegórico que se vai procurar abordar, neste estudo, a obra de Hélio Oiticica. Palavras-chave: Neovanguarda. Antiarte. Impulso Alegórico. Hélio Oiticica.

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Publicado

04.12.2005

Como Citar

Soares, P. M. F. (2005). O IMPULSO ALEGÓRICO NA ARTE CONTEMPORÂNEA BRASILEIRA: uma leitura da neovanguarda dos anos 60 a partir da obra de Hélio Oiticica. Política & Trabalho: Revista De Ciências Sociais, 22(22), 185–226. Recuperado de https://periodicos.ufpb.br/index.php/politicaetrabalho/article/view/6572