(SUB)CIDADANIA E NATURALIZAÇÃO DA DESIGUALDADE: um estudo sobre o imaginário social na modernidade periférica

Autores

  • Jessé Souza

Resumo

A América Latina possui uma especificidade interessante dentre as sociedades “periféricas”. Ao contrário das “grandes civilizações” analisadas por Max Weber na sua sociologia comparada das religiões, as sociedades latino americanas se constituem, pelo menos enquanto sociedades complexas, a partir do influxo direto da expansão do racionalismo ocidental do seu centro europeu originário. Esse fato histórico incontestável não é adequadamente refletido nas interpretações dominantes, acerca da singularidade das sociedades latino-americanas, como a brasileira, que são percebidas, ainda hoje, como “sociedades tradicionais”. A complementaridade entre os conceitos de reconhecimento de Charles Taylor e de habitus de Pierre Bourdieu constitui a base para a construção de uma teoria sobre o imaginário social na modernidade periférica. No Brasil uma hierarquia moral do que chamamos de “habitus precário” independente de qualquer rede de relações pessoais, permite, mesmo numa sociedade complexa e seletivamente modernizada como a brasileira, a atribuição do valor diferencial dos seres humanos: fato que permite a reprodução da (sub)cidadania e a naturalização da desigualdade. Palavras-chave: Sub-cidadania. Naturalização da desigualdade. Modernidade Periférica. Habitus Precário.

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Publicado

04.12.2005

Como Citar

Souza, J. (2005). (SUB)CIDADANIA E NATURALIZAÇÃO DA DESIGUALDADE: um estudo sobre o imaginário social na modernidade periférica. Política & Trabalho: Revista De Ciências Sociais, 22(22), 67–96. Recuperado de https://periodicos.ufpb.br/index.php/politicaetrabalho/article/view/6577

Edição

Seção

Nº 22 - DOSSIÊ: COSMOPOLITISMO OU GLOBALIZAÇÃO? REPUBLICANISMO E CIDADANIA NO SÉCULO 21