CORONAVÍRUS COMO PESSOA: PADRÕES SEMÂNTICO-SINTÁTICOS NAS METÁFORAS DO CORONAVÍRUS

Autores

  • Alice Ribeiro Dionizio UFSC
  • Heronides Maurílio de Melo Moura

Palavras-chave:

Metáforas do Coronavírus, Teoria Ecológica da Metáfora, Gramática das Construções, Linguística de Corpus

Resumo

Este artigo apresenta reflexões inicias de uma pesquisa relacionada às metáforas do coronavírus. Os objetivos deste trabalho são: (i) refletir sobre a perspectiva ecológica da cognição e das metáforas; (ii) sistematizar estatisticamente as ocorrências metafóricas do termo <coronavírus> e <gripe> encontradas no jornal Folha de São Paulo (www.uol.folha.com.br) no período compreendido entre 10 de maio a 10 de junho de 2020; (iii) analisar e descrever instâncias de ocorrências metafóricas da categoria Pessoa e, por fim, (iv) relacionar a Teoria Ecológica da Metáfora à Gramática das Construções no estudo das metáforas sobre o coronavírus.  O referencial teórico que dá suporte a esta pesquisa é a Teoria Ecológica da Metáfora (JENSEN; GREVE, 2019), (GIBBS, 2013), (GIBBS, 2012); a discussão sobre metáfora e doença (SONTAG, 2007), (NERLICH; HAMILTON; ROWE, 2002), (NERLICH; HALLIDAY, 2007); e as relações simbólicas (semântico-sintáticas) das metáforas a partir das construções e das valências verbais (PERINI, 2008), (GOLDBERG, 2019), (GOLDBERG; JACKENDOFF, 2004); (GOLDBERG, 1995). A metodologia utilizada nesta pesquisa pode ser sumarizada a partir dos seguintes passos: (i) procura ativa de artigos com menção ao termo <coronavírus> no site www.uol.folha.com.br no período de 10 de maio a 10 de junho de 2020; (ii) conversão dos artigos encontrados para o formato .txt; (iii) utilização do software AntConc para a sistematização quanti-qualitativa dos dados; (iv) sistematização dos dados a partir de tratamento estatístico; (v) busca ativa pelo termo <gripe> no mesmo período e conversão dos artigos em .txt; (vi) utilização do software AntConc para a sistematização quanti-qualitativa dos dados; e (vii) análise dos dados com base no referencial teórico escolhido. Os resultados apontam para a predominância da categoria Pessoa (79,09%) e, dentro dessa categoria, predomínio do veículo Inimigo de Guerra (61,35%), o que ressalta a frequência do processo de personificação do patógeno coronavírus.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Downloads

Publicado

2022-08-01

Como Citar

Ribeiro Dionizio, A., & Maurílio de Melo Moura, H. . (2022). CORONAVÍRUS COMO PESSOA: PADRÕES SEMÂNTICO-SINTÁTICOS NAS METÁFORAS DO CORONAVÍRUS. PROLÍNGUA, 17(1), 89–105. Recuperado de https://periodicos.ufpb.br/index.php/prolingua/article/view/62547