ORALIDADE E RESISTÊNCIA EM TERRA SONÂMBULA, DE MIA COUTO

Abstract

Este artigo tem como objetivo analisar as formulações pós-coloniais, sobretudo no que se refere à oralidade como valor simbólico de resistência e resgate da memória moçambicana. A oratura coloca-se como clave da análise do romance Terra Sonâmbula, de Mia Couto, autor moçambicano, cujas marcas estão imbricadas ao logo da narrativa, principalmente a partir de gêneros orais, assim como práticas do coletivo que remetem ao passado mais original e primitivo de Moçambique. A resistência e a cultura do povo africano são uma das premissas mais importantes da literatura pós-colonial, desenvolvendo-se na hibridez das formas orais às formas escritas.