DURANTE LEITURA, ESTÍMULOS VISUAIS, COMO A IMAGEM DO(A) AUTOR(A), PODEM PREJUDICAR O DESEMPENHO DE LEITORES

Autores/as

  • Wagner Lima UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA (UEL)

DOI:

https://doi.org/10.22478/ufpb.1983-9979.2020v15n2.53924

Palabras clave:

Educação. Compreensão leitora. Multimodalidade.

Resumen

Durante a leitura, estímulos visuais, como a imagem fotográfica do(a) respectivo(a) autor(a), podem influenciar a compreensão textual de leitores juvenis? Essa questão motivou um estudo sobre significados outros, presentes na comunicação, além do significado do falante. Assim, um grupo de alunos de 9. ano escolar (n = 26) foi solicitado a ler textos em dois níveis de multimodalidade (unimodal (só texto) vs bimodal (texto + foto)); e a executar testes de inferências específicos (escolha de alternativas) acerca do assunto lido (testes de inferência). No final, cada participante informou, em uma escala ordinal (1 a 10), seu nível de certeza quanto à escolha feita por ele (testes de avaliação). Os dados encontrados apontam para a existência de efeito de bimodalidade sobre as inferências acerca dos textos (p = 0.000). E isso foi reforçado pelos resultados dos testes de avaliação. Contudo, uma análise mais minuciosa, considerando o tema dos textos como variável independente (texto a “As redes sociais” vs texto b “Gravidez na adolescência”), mostrou que o efeito observado foi de interferência e não de facilitação, como era esperado. Isso foi evidenciado especialmente na situação de leitura do texto a (p = 0.01). Em suma, entre leitores juvenis, as fotos não funcionaram como dicas extraverbais, nem foram relevantes para a compreensão leitora. Portanto, conclui-se que a expressividade do(a) autor(a) contribui exclusivamente com a recepção da mensagem, e não com a compreensão do significado do texto.

Durante a leitura, estímulos visuais, como a imagem fotográfica do(a) respectivo(a) autor(a), podem influenciar a compreensão textual de leitores juvenis? Essa questão motivou um estudo sobre significados outros, presentes na comunicação, além do significado do falante. Assim, um grupo de alunos de 9. ano escolar (n = 26) foi solicitado a ler textos em dois níveis de multimodalidade (unimodal (só texto) vs bimodal (texto + foto)); e a executar testes de inferências específicos (escolha de alternativas) acerca do assunto lido (testes de inferência). No final, cada participante informou, em uma escala ordinal (1 a 10), seu nível de certeza quanto à escolha feita por ele (testes de avaliação). Os dados encontrados apontam para a existência de efeito de bimodalidade sobre as inferências acerca dos textos (p = 0.000). E isso foi reforçado pelos resultados dos testes de avaliação. Contudo, uma análise mais minuciosa, considerando o tema dos textos como variável independente (texto a “As redes sociais” vs texto b “Gravidez na adolescência”), mostrou que o efeito observado foi de interferência e não de facilitação, como era esperado. Isso foi evidenciado especialmente na situação de leitura do texto a (p = 0.01). Em suma, entre leitores juvenis, as fotos não funcionaram como dicas extraverbais, nem foram relevantes para a compreensão leitora. Portanto, conclui-se que a expressividade do(a) autor(a) contribui exclusivamente com a recepção da mensagem, e não com a compreensão do significado do texto.

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Publicado

2021-02-12

Cómo citar

Lima, W. (2021). DURANTE LEITURA, ESTÍMULOS VISUAIS, COMO A IMAGEM DO(A) AUTOR(A), PODEM PREJUDICAR O DESEMPENHO DE LEITORES. PROLÍNGUA, 15(2), 86–100. https://doi.org/10.22478/ufpb.1983-9979.2020v15n2.53924