A LÍNGUA PORTUGUESA NA ESCOLA: PALAVRAS DE PROFESSORES E DE CRIANÇAS DOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL DE 9 ANOS

Résumé

Considerando o tema “Práticas de fala e de escrita na Educação Infantil e nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental”, o objetivo deste artigo é apresentar dados de estudos desenvolvidos no contexto do Ensino Fundamental de 9 anos, no âmbito de escolas das redes privada e pública de municípios do Sul do Brasil. Em um primeiro momento, trazem-se considerações a partir de registros de alunos e professores de uma escola pública e graduandos do curso de Pedagogia de uma universidade privada do Rio Grande do Sul. Tais registros dizem respeito ao que alunos, professores e futuros professores pensam sobre o porquê de as crianças irem à escola, o que gostam de fazer nos espaços da escola, entre outros aspectos relacionados a onde se ensina/aprende, o que se ensina/aprende. Foi possível verificar, assim como Silveira (2006), Fabris (2007) e Stolf (2010), que, pelas percepções indicadas, ensinar e aprender na escola parecem estar relacionados, de modo geral, a expectativas em termos de CONHECIMENTO e SOCIALIZAÇÃO, ou seja, a escola é o local de aprender e de socializar a leitura e a oralidade, no que se refere ao domínio linguístico. Nesse sentido, é preciso assegurar a todos os alunos a apropriação do sistema alfabético-ortográfico e possibilitar-lhes o uso da língua nas práticas sociais de leitura e escrita, como é apontado em Brasil (2008; 2012). Entretanto, isso não é verificado em todos os espaços escolares, principalmente no contexto de educação de surdos brevemente apresentado neste artigo, a partir de dados de Muck e Fronza (2008) e de Didó (2012), comparativamente ao que tem sido verificado em produções orais e escritas de ouvintes. Estudos sobre essas vivências permitem que se conheça ainda mais sobre como e para que se escreve e se lê na escola, neste caso, no contexto do Ensino Fundamental de 9 anos para ouvintes e surdos.