Intrumentos Financeiros Derivativos: Comparação do Nível de Disclosure das Empresas com o Conteúdo Ofertado pelos Cursos de Graduação em Ciências Contábeis
DOI:
https://doi.org/10.22478/ufpb.2318-1001.2020v8n1.44989Resumo
Objetivo: analisar a relação entre o nível de aderência do disclosure de empresas listadas na B3 e o conteúdo curricular ofertado pelos cursos de graduação em ciências contábeis sobre instrumentos financeiros derivativos.
Fundamento: no atual ambiente de negócios complexo e dinâmico, as empresas vêm utilizando instrumentos financeiros derivativos para a gestão e mitigação dos riscos financeiros e, segundo a norma contábil, esses instrumentos devem ser evidenciados nas demonstrações contábeis. Conforme pesquisas anteriores demonstram, o ensino das normas de contabilidade pode refletir na qualidade das demonstrações contábeis.
Método: com base nos pronunciamentos técnicos CPC 39, 40 e 48 do Comitê de Pronunciamentos Contábeis, elaborou-se um instrumento de coleta de dados com 40 itens. Estes itens foram utilizados, então, para analisar i) as notas explicativas do ano de 2017 relativas aos exercícios contábeis de 2016 e 2017 de 44 empresas (carteira teórica do Ibovespa do quarto trimestre de 2017); bem como ii) os projetos pedagógicos e fichas de disciplinas de 250 cursos de graduação em Ciências Contábeis brasileiros.
Resultados: os resultados mostram que não necessariamente os itens com menor aderência de conteúdo dos cursos são os de menor aderência nas notas explicativas, exceto para os itens relacionados a operações e contabilidade de hedge, cujos índices de aderência foram os menores tanto na oferta de seu conteúdo quanto na divulgação de suas informações pelas empresas.
Contribuições: o trabalho evidencia a necessidade de melhorias na divulgação das informações sobre o tratamento contábil dos instrumentos financeiros derivativos designados como hedge por parte das empresas estudadas.
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