Estrutura de Capital e sua Relação com a Geração de Valor para o Acionista de Companhias Brasileiras
Resumo
Objetivo: Analisar se a estrutura de capital de companhias abertas brasileiras contribuiu para a geração de valor econômico para seus acionistas entre o período de 2010 a 2017.
Fundamento: A decisão de financiamento está diretamente relacionada com o custo de capital da empresa, sendo um determinante para a geração de valor.
Método: Técnica econométrica de dados em painel de empresas brasileiras não financeiras listadas na B3.
Resultados: Destaca-se a dificuldade que as empresas brasileiras têm em conseguir resultados que excedam o custo de oportunidade e que possibilite a criação de valor econômico para seus acionistas.
Contribuições: Constatar empiricamente que menores níveis de endividamento estão associados de forma positiva com a geração de valor do acionista.
Downloads
Referências
Albanez, T. (2012). Efeitos do market timing sobre a estrutura de capital de companhias abertas brasileiras. 257f. 2012. Tese de Doutorado em Controladoria e Contabilidade, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, SP, Brasil.
Almendra, R. S., Vasconcelos, A. C., Aragão, R. N., & Cysne, I. A. (2017). Influência da estrutura de capital nos investimentos em inovação das indústrias listadas na BM&FBOVESPA. Revista Eletrônica de Ciência Administrativa, 16(1), 40-61.
Angonese, R., dos Santos, P. S. A., & Lavarda, C. E. F. (2011). Valor Econômico Agregado (VEA) e estrutura de capital em empresas do IBRX 100. ConTexto, 11(20), 7-17.
Araújo, A. M. P. D., & Assaf Neto, A. (2003). A contabilidade tradicional e a contabilidade baseada em valor. Revista Contabilidade & Finanças, 14(33), 16-32.
Assaf Neto, A. (2003). Contribuição ao Estudo da Avaliação de Empresas no Brasil–Uma Aplicação Prática. 2003, 202 f. Tese de Livre Docência, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, SP, Brasil.
Assaf Neto, A. (2014). Valuation: métricas de valor e avaliação de empresas. São Paulo: Atlas.
Assaf Neto, A., Lima, F. G., & de Araújo, A. M. P. (2008). Uma proposta metodológica para o cálculo do custo de capital no Brasil. Revista de Administração-RAUSP, 43(1), 72-83.
Bacidore, J. M., Boquist, J. A., Milbourn, T. T., & Thakor, A. V. (1997). The search for the best financial performance measure. Financial Analysts Journal, 53(3), 11-20.
Banco Central do Brasil. (2018). Séries de Estatísticas Consolidadas. Disponível em: <http://www.bcb.gov.br/>. Acesso em: 1 out. 2018.
Baker, M., & Wurgler, J. (2002). Market timing and capital structure. The journal of finance, 57(1), 1-32.
Beattie, V., Goodacre, A., & Thomson, S. J. (2006). Corporate financing decisions: UK survey evidence. Journal of Business Finance & Accounting, 33(9‐10), 1402-1434.
Brander, J. A., & Lewis, T. R. (1986). Oligopoly and financial structure: The limited liability effect. The American Economic Review, 956-970.
Breusch, T. S., & Pagan, A. R. (1980). The Lagrange multiplier test and its applications to model specification in econometrics. The review of economic studies, 47(1), 239-253.
Corrêa, A. C. C., Neto, A. A., & Lima, F. G. (2013). Os indicadores financeiros tradicionais explicam a geração de valor no Brasil? Um estudo empírico com empresas não financeiras de capital aberto. Práticas em Contabilidade e Gestão, 1(1), 9-39.
CPI. (2018). Consumer Price Index. Disponível em: https://www.bls.gov/cpi/data.htm. Acesso em: 1 out. 2018.
Cunha, D. R., & Frezatti, F. (2004). Gestão baseada em valor: uma pesquisa no setor hoteleiro do Rio Grande do Norte. Revista Eletrônica de Administração, 10(4).
Damodaran Online. (2018). Disponível em: <http://pages.stern.nyu.edu/~adamodar/>. Acesso em: 1 out. 2018.
Durand, D. (1952, January). Costs of debt and equity funds for business: trends and problems of measurement. In Conference on research in business finance, 215-262.
Ehrbar, A. (1999). EVA - valor econômico agregado: a verdadeira chave para a criação de riqueza. Rio Janeiro: Qualitymark.
Fama, E. F., & French, K. R. (1998). Taxes, financing decisions, and firm value. The journal of Finance, 53(3), 819-843.
Fávero, L. P. L., Belfiore, P. P., Silva, F. L. D., & Chan, B. L. (2009). Análise de dados: modelagem multivariada para tomada de decisões. Rio de Janeiro: Elsevier.
Federal Reserve. (2018). Disponível em: <http://www.federalreserve.gov/>. Acesso em: 1 out. 2018.
Hamada, R. (1969). Portfolio analysis, market equilibrium and corporate finance. Journal of Finance, 24(1), 13-31.
Harris, M., & Raviv, A. (1991). The theory of capital structure. The Journal of Finance, 46(1), 297-355.
Ipedata. (2018). Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. Disponível em: <http://www.ipeadata.gov.br/>. Acesso em: 1 out. 2018.
Jensen, M. C. (1986). Agency costs of free cash flow, corporate finance, and takeovers. The American economic review, 76(2), 323-329.
Jensen, M. C., & Meckling, W. H. (1979). Theory of the firm: Managerial behavior, agency costs, and ownership structure. Journal of Financial Economics, 3(4), 305-360.
Kakani, R. K., Saha, B., & Reddy, V. N. (2001). Determinants of financial performance of Indian corporate sector in the post-liberalization era: an exploratory study. National Stock Exchange of India Limited, NSE Research Initiative Paper, 1(5).
Modigliani, F., & Miller, M. H. (1958). The cost of capital, corporation finance and the theory of investment. The American economic review, 48(3), 261-297.
Modigliani, F., & Miller, M. H. (1963). Corporate income taxes and the cost of capital: a correction. The American economic review, 53(3), 433-443.
Moyo, V., Wolmarans, H., & Brümmer, L. (2013). Dynamic capital structure determinants: some evidence from South African firms. Journal of Economic and Financial Sciences, 6(3), 661-682.
Myers, S. C. (2001). Capital structure. The Journal of Economic Perspectives, 15(2), 81-102.
Myers, S. C. (1984). The capital structure puzzle. The Journal of Finance, 39(3), 575 -592.
Myers, S. C.; Majluf, N. (1984). Corporate financing and investment decisions when firms have information that investors do not have. Journal of Financial Economics, 13(2), 187-222.
Nakhaei, H., Hamid, N. I. H., Anuar, M. A., & Nakhaei, k. (2016). Is refined economic value added more associated with stock return than accounting measures? The Malaysian evidence, Society and Economy, 38(1), 69-85.
Narang, S., & Kaur, M. (2014). Impact of firm-specific attributes on shareholder value creation of Indian companies: An empirical analysis. Global Business Review, 15(4), 847-866.
O’Brien, J. P. (2003). The capital structure implications of pursuing strategy of innovation. Strategic Management Journal, 24(5), 415-431.
Perobelli, F. F. C., Cerqueira, J. E. A., Castro, G. D. S., & Pazos, R. B. (2007). Relação Eva® estrutura de capital: uma análise em painel em empresas brasileiras do setor de siderurgia e metalurgia. Encontro da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração, Rio de Janeiro, RJ, Brasil, 31.
Perobelli, F. F. C., & Famá, R. (2003). Fatores determinantes da estrutura de capital para empresas latino-americanas. Revista de Administração Contemporânea, 7(1), 9-35.
Poker, L. H., Murakami, V. M., & Belli, M. M. (2015). Relation between EVA® and capital structure in the worldwide steel mill industry in economic crises: a study from 2006 to 2011. International Proceedings of Economics Development and Research, 85(1).
Rajan, R. G.,& Zingales, L. (1995). What do we know about optimal capital structure? Some evidence from international data. The Journal of Finance, 50(5), 1421-1460.
Saona, P., Martín, P. S., Jara, M. (2018). Group affiliation and ownership concentration as determinants of capital structure decisions: Contextualizing the facts for an emerging economy. Emerging Markets Finance and Trade, 54(14), 3312-3329.
Shahreza, M., & Ghodrati, H. (2014). A study on relationship between capital structure and economic value added: evidence from Tehran Stock Exchange. Management Science Letters, 4(10), 2241-2250.
Silva, J. P., & Silva, D. C. (2017). Análise da relação entre estrutura de capital, crescimento, lucratividade e valor de mercado das companhias brasileiras. Revista Mineira de Contabilidade, 18(1).
Silva, L. C., & Albanez, T. (2017). Impacto dos lucros retidos sobre a criação de valor para o acionista de companhias abertas brasileiras. Enfoque, 36(3), 15-32.
Smaniotto, E. N., Alves, T. W., & Decourt, R. F. (2018). Determinantes da estrutura de capital nas ofertas primárias iniciais de ações no Brasil: uma análise com dados em painel. Enfoque Reflexão Contábil, 37(4), 67-84.
Stiglitz, J. (1972). Some aspects of the pure theory of corporate finance: bankruptcies and take-overs. The Bell Journal of Economics and Management Science, 3(2), 458-482.
Teixeira, B. R., Prado, M. F., & Ribeiro, K. C. S. (2011). Um estudo da teoria de Modigliani-Miller através do caso de empresas brasileiras: analisando a irrelevância da estrutura de capitais. FACEF Pesquisa, 14(1), 67-79.
Vo, X. V., & Ellis, C. (2017). An empirical investigation of capital structure and firm value in Vietnam. Finance Research Letters, 90-94.
White, H. (1980). A heteroskedasticity-consistent covariante matrix estimator and a direct test for heteroskedasticity. Econometrica, 48(4), 817-838.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Revista Evidenciação Contábil & Finanças
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Autores que publicam na RECFin concordam com os seguintes termos:- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista;
- Em virtude de aparecerem nesta revista de acesso público, os artigos são de uso gratuito, com atribuições próprias, em aplicações educacionais e não-comerciais;
- A revista permitirá o uso dos trabalhos publicados para fins não-comerciais, incluindo direito de enviar o trabalho para bases de dados de acesso público.