Os Impactos da Rentabilização do Estoque de Capital Sobre a Probabilidade de Ruína e o Capital de Solvência Para Seguradoras
Resumo
Objetivo: Avaliar a solvência técnica de seguradoras por meio da verificação do efeito de rentabilização do estoque de capital sobre a probabilidade de ruína de tais entidades e seu Capital de Solvência, principal instrumento regulatório e prudencial do setor.
Fundamento: Baseado na Teoria da Ruína e na Teoria do Risco Coletivo utilizou-se o modelo de risco clássico de Cramér-Lundberg, cuja dinâmica operacional é regida por um Processo de Poisson Composto, considerando uma carteira hipotética com distribuição Exponencial para a severidade de sinistros.
Método: Empregando dados simulados, propôs-se uma modificação no modelo de Cramér-Lundberg, incorporando uma estrutura de rentabilização dos ativos garantidores. Para simular os processos de risco aplicou-se a abordagem via Método de Monte Carlo.
Resultados: Capitais de Solvência elevados reduzem drasticamente a probabilidade de ruína no curto prazo, e rentabilidades oriundas de aplicações financeiras são mais efetivas para evitar falências em médio e longo prazo. Assim, recomenda-se uma gestão de capital baseada no equilíbrio do binômio: (i) alocação de ativos garantidores em títulos que proporcionem rentabilidades sustentáveis, e; (ii) dimensionar o capital de solvência ideal para lidar com sinistros extremos nos primeiros anos de operação.
Contribuições: Em um contexto de queda das taxas reais de juros, este trabalho contribui: (i) sob a ótica gerencial, de maneira que os gestores possam antecipar efeitos adversos da menor rentabilização dos ativos garantidores em suas companhias, adequando sua política de investimentos, e; (ii) para o regulador, que deve estar atento a efeitos sistêmicos que ruínas podem provocar no setor.
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